O Coliseu do Redondo registou ontem uma fraca presença de público - um terço de casa forte - no festival que se anunciava de beneficência para a delegação local da Cruz Vermelha e acabou por ser a favor do Centro Infantil Nossa Senhora da Saúde, alteração essa que não foi explicada...
Lidaram-se seis toiros da ganadaria Ribeiro Telles de nota alta, bem apresentados para um festival, a meterem mudanças, sem dificultar em demasia, mas a exigir dos toureiros e forcados.
Triunfos mais destacados dos jovens praticantes Joaquim Brito Paes e António Ribeiro Telles (filho); lides de valor de Filipe Gonçalves (que estreou um belíssimo cavalo com ferro de Diego Ventura, o "Taco") e de Luis Rouxinol Júnior (numa actuação de menos a mais); uma prestação sem falhas, mas algo irregular, de Mara Pimenta; e a estreia do mexicano Emiliano Gamero, uma intervenção diferente, com altos e baixos, que chegou ao público pelo espectáculo, mas que ficou infelizmente marcada pelo incidente sofrido pela sua égua, que partiu a perna direita quando citava o toiro. Não terá sido propriamente uma "revolução", mas Gamero deu sinais de que ela pode chegar e, pelo menos, não é "mais do mesmo", isto precisa mesmo é de emoção. Beja é o próximo desafio.
Pegaram os grupos de forcados Académicos de Elvas (Luis Carvalho à primeira e Eduardo Belfa ao segundo intento), os Amadores do Redondo (primeira pega executada pelo cabo Daniel Silva à quarta, a dobrar dois companheiros, e Diogo Brejo à segunda) e os Amadores de Monsaraz (Mauro Carrilho à primeira e Gabriel Oliveira também à primeira, naquela que foi a grande pega da tarde).
O festival foi bem dirigido com a usual competência por Domingos Jeremias, que esteve ontem assessorado pela médica veterinária Ana Gomes.
Mais logo, ao longo do dia, não perca a grande reportagem deste festejo: as sequências das seis pegas, os melhores momentos dos seis cavaleiros, as fotos dos Famosos - e a detalhada análise de Miguel Alvarenga.
Foto M. Alvarenga