terça-feira, 18 de abril de 2023

"Alto e pára o baile!" - Polícia interrompe Assembleia-Geral da APET para cumprir notificação judicial interposta por António Nunes

Dois agentes da PSP à paisana acompanhando um agente de execução interromperam esta tarde a Assembleia-Geral Ordinária da Associação Portuguesa de Empresários Tauromáquicos (APET), que se realizava no Hotel Lezíria Parque, em Vila Franca de Xira, para darem cumprimento a uma notificação judicial avulsa ordenada pelo Tribunal Judicial de Lisboa ao presidente cessante da associação, Ricardo Levesinho, para num prazo de cinco dias apresentar as contas dos últimos quatro anos - a fim de que as mesmas sejam auditadas.

A presença dos agentes policiais da corporação de Vila Franca de Xira e do agente de execução do Tribunal Judicial de Lisboa aconteceu logo ao início dos trabalhos e deixou estupefactos todos os empresários tauromáquicos que participavam neste reunião, agendada sobretudo para a tomada de posse dos novos orgãos sociais recentemente eleitos e agora presididos por Paulo Pessoa de Carvalho.

Esta acção judicial para a auditoria das contas da APET nos últimos quatro anos foi interposta pela empresa Aficcion de António Nunes (foto de cima), que ali esteve esta tarde representada pelo Dr. João Camacho.

Na última Assembleia-Geral, o presidente cessante enumerou alguns sócios que teriam dívidas para com a APET e um deles foi precisamente António Nunes - que esclareceu ao "Farpas" ter em dívida apenas as quotas do último ano e que agora interpôs esta acção, disse-nos, "para passar as contas da associação a pente fino, saber para onde vai o nosso dinheiro, quem assina os cheques da APET e tudo o mais".

Interpelado pelos agentes da PSP logo ao início da sessão, Paulo Pessoa de Carvalho esclareceu que ainda nem sequer tinha tomado posse e que, por isso, o presidente da APET a notificar era Levesinho e não ele. 

Depois de devidamente notificado e identificado pela PSP, Ricardo Levesinho esclareceu os associados, intrigados com a cena que presenciavam, que se tratou de uma notificação referente a um processo interposto por António Nunes à presidência cessante da APET a exigir uma auditoria às contas dos últimos quatro anos.

Este foi a primeira bomba despoletada pelo empresário António Nunes, que em breve vai fazer explodir outra em que acusa a IGAC de alegadas "ilegalidades" na instauração das "novas regras" impostas no ano passado para a realização das corridas de toiros, nomeadamente no que diz respeito às senhas de trincheira...

A procissão ainda agora vai no adro... mas já deixou muito boa gente com umas valentes dorzinhas de cabeça...

Fotos D.R. e M. Alvarenga