Miguel Alvarenga - Estamos a chegar ao final de Abril e a (mini) temporada do Campo Pequeno permanece uma incógnita, para além da corrida de abertura, a 14 de Julho, que todos sabemos já ser a da Família Ribeiro Telles.
O site "Tribuna da Tauromaquia Ibérica" de Eugénio Eiroa dizia isso mesmo esta semana, relatando as atribuladas esperas do empresário Luis Miguel Pombeiro pelas respostas de alguns toureiros (entre eles, Pablo Hermoso...), sem que haja meio de conseguir formar os cartéis. Cada dia as dificuldades são maiores.
As outras empresas todas vão anunciando os seus (grandes) cartéis e Lisboa continua a ficar para trás.
No panorama taurino actual, já não há nada para inventar. Eu confesso que não queria estar na pele do meu querido amigo Pombeiro. O que poderá ele agora anunciar de diferente, que cartéis poderá ele montar para encher o Campo Pequeno, depois de todas as empresas estarem a anunciar as suas grandes corridas?...
E com todo este atraso, o mais grave é que se começa a constar já alguma indiferença por parte dos aficionados quanto ao Campo Pequeno. Bem sei que Lisboa tem outro glamour e que assistir a uma corrida em Lisboa tem sempre um sabor especial. Mas isso começa a perder-se e a realidade é que todos começam a ficar indiferentes ao que possa ou não possa ser anunciado para a (mini) temporada da capital. O tempo passa e as grandes corridas estão a acontecer e a ser anunciadas noutras praças.
Pombeiro consegue dar a volta e ainda apresentar uma atractiva temporada em Lisboa? Acredito que sim. Seria um feito quase heróico. E, para muitos, inesperado. Acredito que sim. E vou estar a seu lado. Como sempre.
Mas o Campo Pequeno tende a ser, agora e cada vez mais, infelizmente para todos e infelizmente para a Festa, uma praça igual às outras. Ou até menos importante que as outras. E antes era diferente. Antes era o barómetro da temporada - e da Festa.
É muito triste - mas é esta a realidade.
Foto M. Alvarenga