Apoteose ontem em Lisboa: Miguel Moura colossal levou o público ao rubro! Deu duas voltas à arena! |
Praça cheia, toca o Hino! "Foi uma grande tourada, disse da mesa avinhada, um campino que ali estava!".
A temporada (mini, de apenas quatro corridas) do Campo Pequeno encerrou ontem da melhor forma, com praça cheia, quase esgotada, um ambiente à antiga, um extraordinário curro de toiros da ganadaria Charrua (o jovem ganadeiro Diogo Charrua premiado com volta à arena logo no segundo e no quarto merecia também) e triunfos apoteóticos (apoteóticos, mesmo!) dos cinco cavaleiros (Luis Rouxinol, Pablo Hermoso de Mendoza, Duarte Pinto, Miguel Moura, Luis Rouxinol Jr. e Guillermo Hermoso de Mendoza) e dos dois grupos de forcados (Aposento da Moita e Cascais).
Tourearam todos muito bem, indiscutivelmente. Mas nenhum toureou tão bem como Miguel Moura, máximo e absoluto triunfador desta majestosa corrida de gala à antiga portuguesa, antecedida pelo cortejo evocativo das Touradas Reais e na qual se prestou significativa e emotiva homenagem, ao início do espectáculo, ao emblemático rejoneador jerezano Álvaro Domecq (e a seus sobrinhos Luis e António), figura histórica que tantas vezes maravilhou os aficionados portugueses (quando nesta praça havia aficionados a sério!) nesta sua arena do Campo Pequeno.
Miguel Moura esteve, apenas e só, empolgante e colossal na lide do quarto belíssimo toiro de Charrua, levantando o público das bancadas a cada ferro, a cada pormenor de brega ou nos ousados remates em terrenos de grande compromisso. Uma lide que marca a temporada, que marca o Campo Pequeno e que marca a temporada brilhante e de absoluta consagração de Miguel Moura entre os primeiros do pelotão da frente. Duas voltas deu à arena e o pessoal não se sentou mais a aplaudi-lo - de pé!
Pergunto apenas: por que não teve honras, mais que merecidas, de saída em ombros pela Porta Grande da Catedral onde ontem à noite honrou o apelido histórico que herdou e a própria história do toureio a cavalo, de que é hoje um dos maiores intérpretes?
Grandes pegas dos Amadores do Aposento da Moita e dos Amadores de Cascais, com destaque para a despedida de um grande forcado desde grupo, o alentejano Rui Grilo (que pegou à segunda o quarto toiro da noite).
A corrida, como a de quinta-feira, foi transmitida em directo pelo novo canal espanhol OneToro, desta vez com Paulo Caetano e outras vez João Vasco Lucas a comentar juntamente com David Casas.
Depois da corrida, a equipa "Farpas" esteve no Restaurante "Carnalentejana" com o empresário Luis Miguel Pombeiro e toda a equipa do canal OneToro. David Casas manifestou-nos a sua satisfação pelo êxito das duas transmissões, pela primeira vez, desde Lisboa, anunciando que na próxima temporada voltarão, provavelmente também para transmitir desde outras praças, mas de novo e também do Campo Pequeno.
A seguir, não perca a detalhada análise de Miguel Alvarenga e todas as reportagens fotográficas de uma grande noite de gala. Das que marcam. Das que não se esquecem mais.
O Campo Pequeno merecia um fecho de temporada assim. A temporada e a Festa mereciam que Lisboa acabasse com esta apoteose, igual à que este ano se tem verificado em tantas outras praças. E Pombeiro - que continua e já começou até a preparar a temporada de 2024! - também merecia um fim de festa como este, depois da meia casinha envergonhada e das trapalhadas que rodearam e prejudicaram a corrida mista da véspera.
Fotos M. Alvarenga
Praça cheia, noite de luxo no encerramento da temporada lisboeta Foto Ovação e Palmas |
Justíssima e emotiva homenagem ao histórico rejoneador Álvarito Domecq |
Triunfo grande: Pombeiro continua e já está a montar a temporada de 2024 |
Paulo Caetano, David Casas e João Vasco Lucas comentaram ontem a transmissão televisiva do canal OneToro |