O concurso para adjudicação da praça de toiros de Reguengos de Monsaraz, que tem o nome do saudoso cavaleiro José Mestre Batista, pode ser anulado e acabar por se resolver na barra dos tribunais por, segundo noticia o site "Touro e Ouro", haver suspeitas de que a Santa Casa da Misericórdia não terá cumprido com o próprio caderno de encargos e com o procedimento concursal que elaborou.
Houve cinco concorrentes e a escolha recaiu sobre a Associação "Reguengos Aficion", composta por antigos forcados do Grupo de Monsaraz, formada no dia 13 do mês passado e sediada em Évora. O prazo para a entrega de propostas era o dia 16 de Dezembro, mas a Santa Casa prorrogou-o por mais dois dias, até 18, ao que agora se diz, para a nova associação ter tempo de se formar e concorrer...
Por outro lado e segundo ainda o site "Touro e Ouro", uma jurista da Santa Casa da Misericórdia de Reguengos será casada com um dos antigos forcados que compõem a Associação, havendo suspeitas de "estar a 'ajeitar' o concurso à medida".
Para além de irem votar contra a entrada da Associação "Reguengos Aficion" na APET (Associação Portuguesa de Empresários Tauromáquicos) na Assembleia-Geral que terá lugar no próximo dia 16 no Hotel Lezíria Parque, em Vila Franca, as quatro empresas taurinas que foram candidatas ao concurso podem avançar para a barra dos tribunais com o objectivo de aferir a legalidade de todo este processo.
As empresas concorrentes foram a de José Maria Charraz, a Toiros e Tradições de Nuno Leão, a Toiros e Tauromaquia de Margarida e António José Cardoso, e a Tertúlia Óbvia de José Luis Zambujeira e João Anão.
Teme-se agora que toda esta trapalhada possa vir a atrasar ou mesmo a inviabilizar a realização de corridas de toiros nesta temporada em Reguengos.
Foto M. Alvarenga