Miguel Alvarenga - Esperei, esperámos (sentados, para ninguém se cansar...) por notícias da chamada APET, a Associação Portuguesa de Empresários Tauromáquicos, sobre o que se passou na sua Assembleia-Geral de quinta-feira no Hotel Lezíria Parque em Vila Franca. Mas nada.
Nem um comunicadozinho, nem uma palavra. Parece que se trata de uma sociedade secreta, de uma qualquer maçonaria onde tudo se passa entre quatro paredes e não convém passar nada para o exterior. Estranhei...
Diziam que ia ser explosivo, que ia haver porrada. E, no fim, lá estavam todos sorridentes, os que não se falam, os que se odeiam, os que fizeram mal uns aos outros, como se agora fossem todos amiguinhos e isto fosse um mundo de verdade, sem mentiras, sem facadas nas costas...
Fica em cima este cartaz de 1978 em Montemor. Porquê? Porque me apareceu hoje no Facebook, postado pelo amigo Velez, e lembra uma outra Tauromaquia, outros tempos, outras fidalguias. Quando a Tauromaquia era coisa séria. E era por todos levada a sério.
Hoje há empresas que fingem ser elas a dar um festejo porque as que o dão não podem dá-lo. Toda a gente sabe, toda a gente assobia para o lado. Vale tudo, se calhar até tirar olhos...
E os cachet's dos forcados, ficou a discussão adiada para a semana que vem. Mas já andam empresários a dormir mal, imaginando que vão ter que passar a pagar aos forcados mais do que pagam a muitos toureiros. Já agora, como perguntar não ofende... os forcados não eram amadores? Esse espírito de amadorismo acabou? Então tenham coragem, a mesma que têm para pegar os toiros, e passem-se a anunciar como Forcados Profissionais daqui e de acolá...
Valha-me Deus, ao que isto chegou... E eu a lembrar-me daqueles outros tempos em que a Tauromaquia tinha importância, era coisa séria e todos a levavam a sério...
E, senhores empresários, não tenham medo de tornar público o que decidem ou não decidem nas vossas nobres assembleias. Ninguém vos vai morder por isso... e o pessoal gosta de saber o que andam vocelências a fazer.
Foto M. Alvarenga