segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Campo Pequeno, 5ª feira: grupos de Santarém e Montemor prometem também noite de alta competição

A comemorar o seu centenário, o Grupo de Santarém regressa ao Campo Pequeno
depois de em Julho ter sido o primeiro grupo de forcados a sair em glória pela
porta grande da primeira praça do país
Grupo de Forcados Amadores de Santarém actua 5ª feira em Lisboa e no domingo
em Montemor, onde vai ser condecorado pela Presidência da República pelo seu
75º aniversário, comemorado no ano passado



São os dois grupos de forcados amadores mais antigos de Portugal. Voltam a encontrar--se já nesta quinta-feira, dia 3 de Setembro, no Campo Pequeno, no mano-a-mano João Moura Jr - João Ribeiro Telles Jr.
Santarém e Montemor protagonizam, há mais de 70 anos, uma rivalidade muito especial. Sã, mas muito vincada, uma rivalidade que é vivida, sobretudo, dentro da praça.
Diogo Sepúlveda (foto da esquerda), cabo do Grupo de Forcados Amadores de Santarém, em temporada de comemoração do centenário, considera esta temporada como "redonda", destacando três das 16 actuações que o grupo leva: "A corrida de 1 de Maio, em Montemor-o-Novo, na qual ganhámos o troféu em disputa, a 'Barra de Ouro', a de 6 de Junho, em Santarém, comemorativa dos 100 anos do grupo e a de 23 de Julho, no Campo Pequeno. Foram três grandes corridas, qualquer delas um verdadeiro hino ao forcado".
Por seu turno, António Vacas de Carvalho (foto da direita) destaca, das 13 actuações do Grupo de Forcados Amadores de Montemor, de que é cabo, a corrida de 18 de Junho em Lisboa (mano-a-mano Ventura/"El Juli"), a qual "devido ao extraordinário ambiente que a envolveu e ao resultado artístico, será não apenas a corrida da temporada, mas a corrida de várias temporadas". 
Ambos têm opiniões coincidentes quanto à rivalidade Santarém-Montemor. Para
Diogo Sepúlveda trata-se de "uma rivalidade saudável e com muita história e tradição. É sempre um atractivo para o aficionado ver estes dois grupos em competição". "Histórica e sã" definem para António Vacas de Carvalho essa mesma rivalidade."Estamos sempre dispostos a dar o melhor de nós em prol da competição e em prol da Festa", acrescenta.
Para dia 3, Diogo Sepúlveda deseja que "seja um triunfo para todos nós e que a figura do forcado saia, mais uma vez, enaltecida", enquanto António Vacas de Carvalho considera esta corrida como "um estímulo adicional, acentuado por decorrer no Campo Pequeno".
Sobre o mano-a-mano João Moura Jr - João Ribeiro Telles Jr, o cabo do grupo de Santarém define-o como "o mais esperado, pois qualquer dos cavaleiros está a atravessar um grande momento de forma, pelo que a competição promete um grande espectáculo". No entender de António Vacas de Carvalho, esta corrida será um momento alto da temporada: "Vão estar em praça os dois cavaleiros que mais se destacaram ao longo da temporada e, como tal, é uma corrida que interessa a todo o aficionado e ao público em geral, pelo momento artístico que cada um dos cavaleiros atravessa e pela diferença de estilos de cada um deles".

Fotos Emílio de Jesus e Maria João Mil-Homens