Miguel Alvarenga - O pequeno grande Forcado, foi como sempre referi a figura de Diogo Amaro, pequeno de estatura, gigante como Forcado e como Homem, porventura um dos melhores intérpretes dos últimos anos dessa tão nobre e tão portuguesa arte de pegar toiros.
Honrou durante anos, com a maior das dignidades e a mais aplaudida das artes, a jaqueta dos Amadores do Aposento do Barrete Verde de Alcochete, mantendo sempre aquela postura de humildade que caracteriza os grandes Homens e destaca, neste mundo dos toiros, os eleitos.
Em 3 de Agosto de 2017 abriu a porta grande da Catedral do Campo Pequeno e por ela saíu em ombros (foto) depois de uma pega que ficou na História.
Na passada terça-feira, despiu a jaqueta e despediu-se das arenas em Alcochete.
Na sua página do Facebook, deixou estas sentidas palavras:
"Entramos meninos e saimos homens. O amor a um grupo de homens, a uma flâmula, a um estandarte e a uma história de estoicismo. Aprendi o que é a camaradagem, a superação e a verdadeira essência de um grupo de amigos. Que tudo dá, sem nada pedir! Aprendi a humildade dos humildes, a gentileza do escutar, a gratidão do que se recebe dando. Meninos que se fazem homens de fé. Obrigado, Obrigado do fundo do meu coração".
Rendo-lhe a minha maior homenagem. Tiro-lhe o meu chapéu. Adeus, Forcado Grande!
Foto Maria Mil-Homens/Arquivo