Depois da apoteose em Santarém na tarde que era para ser de Roca Rey, mas foi dele, João Moura Júnior criou um verdadeiro anticiclone nos Açores, deixando em duas tardes em perfeito delírio o público que encheu a Monumental da Ilha Terceira, em Angra do Heroísmo - primeiro, no sábado passado, na primeira corrida da Feira de São João; depois, ontem, na segunda, em que actuou mano-a-mano com o cavaleiro local Tiago Pamplona.
Sem desprimor para Pamplona, que tem um valor tremendo pela raça e pela arte com que supera todas as dificuldades impostas pela insularidade, mantendo-se há anos num plano de grande superioridade, bem montado e a dar a volta aos toiros com maestria; ontem, Moura Júnior distanciou-se dele próprio, esteve muitos pontos acima daquilo que todos conhecemos como o seu melhor. Marcou a diferença outra vez. Sempre.
Frente a toiros de Rego Botelho - que foram complicados, transmitiram seriedade e emoção e pediram contas -, João Moura Júnior foi autor de três lides para a História, terminando esta sua passagem pela Ilha Terceira com o público todo de pé, em clima de verdadeira apoteose, aclamando-o.
Os toiros foram duros para os forcados, mas os grupos de Alcochete e da Tertúlia Tauromáquica Terceirense estiveram muito por cima das dificuldades, saindo também triunfadores.
Mais logo, vamos trazer-lhe a análise detalhada de Miguel Ortega Cláudio.
João Moura Júnior regressa agora ao continente para na próxima semana, na quinta-feira 4 de Julho, tourear o primeiro toiro - de Murteira Grave - da temporada do Campo Pequeno na corrida inaugural, em que terá como companheiros de cartel Marcos Bastinhas e António Telles Filho e os forcados de Santarém e Montemor, em noite de homenagem a duas das maiores glórias dos Forcados, Nuno Megre e João Cortes.
Fotos Facebook/João Moura Jr./cortesia Francisco M. Mira