Alguma polémica e uma dose de celeuma - à portuguesa, concerteza... - em torno da realização da IV Gala da Tauromaquia, que no próximo dia 7 de Dezembro se realiza, como nas edições anteriores, com toda a pompa e circunstância, no Restaurante "Kais" em Lisboa, espaço com capacidade para 500 pessoas e que se encontra já praticamente esgotado. Neste momento, os últimos que se inscreveram já estão em lista de espera, sem a garantia de que consigam ter lugar.
Polémica e celeuma porquê?
Porque a organização - composta por três antigos forcados que deitaram mãos a um evento com o objectivo de promover e engrandecer a Tauromaquia, sendo estes Francisco Mendonça Mira, Nuno Santana e Diogo Toorn - voltou a usar a fórmula de serem os próprios intervenientes (cavaleiros profissionais e praticantes/amadores, matadores e novilheiros, bandarilheiros/peões de brega, forcados, ganadeiros e empresários) a votarem e a elegerem os cinco nomeados e depois os vencedores de cada categoria, mas há artistas que continuam a não aceitar esta forma de eleger os Triunfadores da Temporada e recusam-se a votar, não sendo, portanto, nomeados.
Alguns alegam que só o público, "que é quem paga o bilhete para nos ver", deveria ter a palavra na eleição dos triunfadores de cada temporada - e não os próprios artistas. E por isso recusam-se a "entrar em jogo" e, simplesmente, não votam, não sendo nomeados.
Exactamente para dar voz ao público, apesar de terem mantido o registo dos anos anteriores (os intervenientes a votarem uns nos outros) na eleição dos Triunfadores da Temporada, os organizadores criaram este ano uma nova categoria, a de Triunfador do Público, onde aí, sim, é o público a votar e a eleger os "seus" triunfadores.
Já foram nomeados 24 candidatos (três por categoria) e a partir do próximo domingo (último dia para o público votar, através de chamada telefónica) ficarão apenas cinco, cujo vencedor será anunciado no dia 7 de Dezembro.
Suspeitas propriamente ditas não existem. Nem poderiam existir. A eleição é clara e transparente. Os organizadores investem em softwares auditados para que cada um tenha a máxima segurança a votar, trabalham com a NOS Telecomunicações.
O objectivo da Gala, além de premiar quem os próprios intervenientes elegem - e desta vez, dando ainda um prémio-extra outorgado pelo público -, é também levar a efeito eventos de promoção junto dos mais novos, como há um ano aconteceu na quinta da cavaleira Ana Batista em Salvaterra de Magos e este ano na Monumental do Montijo. Haverá ainda no início do ano um festival taurino.
Por tudo isto, é importante que todos votem e todos participem. Se a opinião dos intervenientes na Festa for outra, então deixará de fazer sentido a realização da Gala, porque a participação vai ser diminuta.
É preciso que entendam: não votar é acabar com a Gala!
Participem! Não deixem que morra um evento que é a manifestação de maior dimensão e mais categoria de promoção à Tauromaquia em Portugal.
Foto D.R.