Ricardo Relvas (correspondente em Espanha) - Rafael Cerro (na foto), ex-aluno da Escola Taurina de Badajoz, apoderado pelo Maestro Ortega Cano (que não pôde assistir ao seu triunfo, por se encontrar hospitalizado, vítima de acidente de viação, como temos vindo a noticiar) foi o mais destacado do três jovens diestros que ontem participarem na Monumental de las Ventas na última novilhada da Isidrada.
Toureia com a cabeça, "acopla-se" às investidas dos novilhos com tranquilidade e transmissão - factores óptimos para alcançar o triunfo. Foi assim ontem em Madrid, tendo apenas pecado por alargar em demasia as faenas, escutando avisos mesmo antes de entrar a matar. Há que revê-lo. Fixem o nome: Rafael Cerro! Foi ovacionado em ambos os novilhos, apesar de ter escutado aviso em ambos.
Diego Silveti, bisneto, neto, filho e sobrinho de matadores mexicanos de renome (que dia 19 estará em Lisboa na novilhada de abono da temporada do Campo Pequeno) realizou duas faenas de muita entrega, talvez estranhando a investida dos toiros espanhóis, diferente da dos mexicanos. Mas deixou ambiente. Matou mal e foi silenciado em ambos.
Victor Barrio (ovação no primeiro, com petição de orelha e silêncio no segundo) esteve bem nos seus dois novilhos, mas matou mal. No primeiro, uma estocada caída, mesmo assim o público pediu a orelha e deu depois forte bronca ao presidente Júlio Martínez, que a negou ao jovem diestro.
Lidaram-se seis novilhos de El Ventorillo, encaste Juan Pedro Domecq, mansos na generalidade, com excepção do sexto, muito encastado e nobre, que foi aplaudido no arraste.
O picador Teodomiro Caballero foi ovacionado no sexto novilho, bem como o bandarilheiro Vicente Yestera, da quadrilha de Rafael Cerro.
Foto Ricardo Relvas