A propósito deste menino, mascarado de toureiro, que ontem saltou à arena (se não tinha idade, o papá ou a mamã deviam ter sido detidos pela polícia - não é o que acontece aos espontâneos?...) do Campo Pequeno e deu escandalosamente a volta ao ruedo, a agradecer de montera em mão, ao lado do cavaleiro Bastinhas e do forcado de Santarém Grave de Jesus, sem que ninguém o tenha posto na rua, escreveu hoje Manuel Peralta (antigo forcado e autor de vários livros sobre Tauromaquia e sobretudo sobre personagens da arte de pegar toiros) na sua página do "Facebook" (com a foto que aqui adicionamos, com a devida vénia):
"Como é possível que na primeira Praça do país, na Monumental do Campo Pequeno, em Corrida de Aniversário, entrar um menino mascarado de toureiro após a lide do 2º toiro e dar a volta de agradecimento com o cavaleiro Joaquim Bastinhas e o forcado António Grave de Jesus?
"A Corrida de Toiros é um espectáculo sério e na primeira Praça do país ou em qualquer outra não se deve deixar entrar na arena meninos a mando dos papás. Em Madrid aconteceria isso?
"Por cá, mais nas Praças da Borda D'Água, lá vão entrando meninos e meninas recomendados pela família para darem voltas à arena. É um abuso e uma vergonha para a Festa!".
Subscrevo, senhor Peralta - mas "explico-lhe": sabe tão bem como eu que aqui vale tudo, infelizmente. Desaparecidas que andam aquelas duas maninhas vestidas de amazonas que davam a volta ao Campo Pequeno, apareceu agora este menino mascarado. Coitadito, que culpa tem ele? Mas os papás têm-na e não entendo porque o director de corrida, o diligente César Marinho, bem como o Bastinhas, a quadrilha e o forcado Grave de Jesus, permitiram semelhante ultraje à grandeza e à mítica que deve ter uma arena e uma praça de toiros - sobretudo a primeira do país. Espero (penso que não) que não seja filhinho de ninguém ligado à empresa. Do Rui Bento creio que não é...
Fotos D.R.