José Luis Zambujeira, antigo cabo do Grupo de Forcados Amadores de Cascais, esclareceu ontem ao "Farpas" que a antiguidade do mesmo remonta a 1963, tendo por isso 48 anos de existência... apesar de oficialmente estar a comemorar o seu 30º aniversário...
"Pode parecer um contrasenso - explica o antigo cabo - mas a verdade é que embora estejamos a assinalar 30 anos de existência, esse período diz respeito ao tempo em que o grupo esteve ininterruptamente em actividade, apesar de a sua fundação ter ocorrido há 48 anos, em 1963, tendo a estreia sido efectuada a 19 de Setembro desse mesmo ano, sendo primeiro cabo o saudoso José Júlio Pelouro Costa. O grupo depois parou em 1976, houve um interregno de cinco anos e ressurgiu em 1981, chefiado por Francisco Cano (foto), cabo a que eu sucedi".
Esta explicação, a propósito de uma notícia aqui publicada esta semana, na qual Jorge Martins, cabo dos Forcados de Turlock (Califórnia), contestava a atitude de Zambujeira na corrida de 4 de Agosto no Campo Pequeno, "obrigando" os norteamericanos a pegar em terceiro lugar apesar de terem 35 anos de existência, alegando que o Grupo de Cascais tinha mais.
"E na verdade, tem, só que isso oficialmente não é reconhecido pela Associação Nacional de Grupos de Forcados, pelo interregno que o grupo sofreu entre 1096 e 1981..." - explica Zambujeira.
O antigo cabo, hoje apoderado do cavaleiro Tito Semedo, promete levar a situação a ser discutida na próxima assembleia-geral da Associação Nacional de Grupos de Forcados, por considerar que a antiguidade de um grupo remonta ao dia da sua fundação oficial e não ao seu ressurgimento, independentemente de ter havido ou não um interregno no seu historial.
"Há toureiros, cavaleiros ou matadores, que se retiraram e reapareceram, depois de alguns anos sem actividade, e o seu tempo de alternativa é sempre contado desde o dia em que a receberam, independentemente de terem ou não feito interregnos nas suas carreiras. Porque razão não se passa o mesmo com os forcados?..." - interroga-se Zambujeira.
Foto D.R.