sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Grupo de Cascais quer discutir antiguidade na próxima reunião magna da ANGF


José Luis Zambujeira, antigo cabo do Grupo de Forcados Amadores de Cascais, esclareceu ontem ao "Farpas" que a antiguidade do mesmo remonta a 1963, tendo por isso 48 anos de existência... apesar de oficialmente estar a comemorar o seu 30º aniversário...
"Pode parecer um contrasenso - explica o antigo cabo - mas a verdade é que embora estejamos a assinalar 30 anos de existência, esse período diz respeito ao tempo em que o grupo esteve ininterruptamente em actividade, apesar de a sua fundação ter ocorrido há 48 anos, em 1963, tendo a estreia sido efectuada a 19 de Setembro desse mesmo ano, sendo primeiro cabo o saudoso José Júlio Pelouro Costa. O grupo depois parou em 1976, houve um interregno de cinco anos e ressurgiu em 1981, chefiado por Francisco Cano (foto), cabo a que eu sucedi".
Esta explicação, a propósito de uma notícia aqui publicada esta semana, na qual Jorge Martins, cabo dos Forcados de Turlock (Califórnia), contestava a atitude de Zambujeira na corrida de 4 de Agosto no Campo Pequeno, "obrigando" os norteamericanos a pegar em terceiro lugar apesar de terem 35 anos de existência, alegando que o Grupo de Cascais tinha mais.
"E na verdade, tem, só que isso oficialmente não é reconhecido pela Associação Nacional de Grupos de Forcados, pelo interregno que o grupo sofreu entre 1096 e 1981..." - explica Zambujeira.
O antigo cabo, hoje apoderado do cavaleiro Tito Semedo, promete levar a situação a ser discutida na próxima assembleia-geral da Associação Nacional de Grupos de Forcados, por considerar que a antiguidade de um grupo remonta ao dia da sua fundação oficial e não ao seu ressurgimento, independentemente de ter havido ou não um interregno no seu historial.
"Há toureiros, cavaleiros ou matadores, que se retiraram e reapareceram, depois de alguns anos sem actividade, e o seu tempo de alternativa é sempre contado desde o dia em que a receberam, independentemente de terem ou não feito interregnos nas suas carreiras. Porque razão não se passa o mesmo com os forcados?..." - interroga-se Zambujeira.

Foto D.R.