sábado, 6 de outubro de 2012

Francisco Morgado responde a Hugo David "Niño del Rio"



Francisco Morgado, director do jornal "Olé" (na foto de cima, com Mila Loureiro na corrida de sábado passado em Elvas) responde aqui ao bandarilheiro/forcado e ex-novilheiro Hugo David "Niño del Rio" (foto ao lado), que esta semana e conforme aqui noticiámos, "atacou forte e feio" aquela publicação na sua página da rede "Facebook", insurgindo-se contra a capa da edição desta quarta-feira, que fazia manchete com o "espectáculo" dos Bastinhas a duo na última corrida de Elvas. Hugo David defendeu que o triunfador dessa corrida foi Moura Caetano e insinuou mesmo que os colaboradores do jornal "Olé" eram "uns vendidos". Morgado diz agora de sua justiça:


Da publicação da peça no "Farpas Blogue" - Sendo eu jornalista, tal como o Miguel, ambos sabemos que a publicação de matérias escritas respigadas do âmbito de um meio privado de comunicação (Facebook) depende sempre de critérios editoriais e seria eu o último a denegar essa liberdade de escolha.
Cada um veicula no meio de comunicação de que é responsável o estilo que entende e sob este ponto de vista, não me compete comentar a decisão que, repito, é livre e cabal.

Do conteúdo da prosa - O autor da prosa tem obviamente toda a liberdade para discordar dos critérios editoriais do Jornal "Olé" e sobre isso estamos definitivamente conversados.
Só que o escriba foi mais longe e porventura entusiasmado em se fazer notar, resolveu entrar pela porta do insulto, acusando soezmente não só a publicação mas, mais do que isso, englobou no insulto todos os colaboradores do jornal, sob a capa de uma suposta ignorância, usada em tom de sarcasmo. Ele é ignorante, mas é macaquinho e sabe que o insulto tem sempre eco!
Ora é a esse ignorante e mal-intencionado que eu quero dizer o seguinte:
Se não sabe quem escreve, quem é o proprietário, quem é o director do "Olé" e quem assinou a crónica, então é um asno encartado - porque embora conseguindo juntar umas letras e fazer umas palavras, parece não ter tido capacidade para pegar num jornal e ler, inteirando-se do que diz não saber. Vem lá tudo explicado na segunda página, em rodapé.
Se o caso ficasse por aqui, dispensava eu uma contestação. Mas o atrevido, que tem uma página dessas onde ele pode vomitar as suas frustrações, resolveu "corajosamente" apelidar de vendidos os colaboradores do jornal, ampliando quase no fim a sua acusação ao afirmar que quando olha para os jornais e revistas taurinos só vê mentiras .... Enquanto ele, ele sim, é que sabe toda a verdade!
Será que o autor deste texto bilioso folheou o Jornal em causa? Será que conseguiu ler e compreender que o título da crónica da corrida de Elvas refere precisamente e dá como primeiro destaque, a actuação do artista que quer enaltecer? (de amigos destes .... devemos nós livrar-nos e depressa!)

Do Jornal "Olé" - É sobretudo em defesa da honra de todos os colaboradores do "Olé" que tomo o tempo para esta resposta, porque muitas vezes, uma acusação sem contraditório é vista como uma aceitação, já que o povo diz que quem cala consente.
Fique a saber que nesta casa os critérios jornalísticos se regem por motivos exclusivamente taurinos e que as capas do jornal "Olé" não estão nem nunca estarão à venda. O critério do que vai para a capa é de minha exclusiva responsabilidade e orgulhosamente assumo essa tarefa.
Os toureiros têm à sua disposição a possibilidade de ter publicidade paga, em anúncios titulados como tal, nos termos da lei e alguns o têm feito. Mas a capa do "Olé", essa não se vende!
Dentro da subjetividade e do difícil que é descrever ou analisar o trabalho de um toureiro na arena, os nossos colaboradores o fazem com o rigor e com os conhecimentos que têm, com o maior dos empenhamentos, prestando todos um serviço gratuito ao Jornal e à tauromaquia nacional.
E sabe porquê? Porque o nosso gosto pela tauromaquia e pela sua dignidade, é maior do que as nossas necessidades monetárias individuais.
Vivemos exclusivamente dos nossos leitores, dos nossos anunciantes. Não recebemos apoios estatais nem dinheiro em envelopes. Estamos no limiar da sobrevivência, é certo. Mas temos as obrigações fiscais em dia, pagamos a quem nos imprime o jornal e a quem o distribui.
Andamos na rua de cara descoberta, não temos nada a temer e por tudo isto, firmemente repudiamos e não aceitamos que nos chamem de vendidos e ficou por saber a quem, para o seu disparate ficar ainda mais completo.
Todos nós temos um passado e o podemos mostrar sem reservas. Será que o mesmo se passa com o autor daquela prosinha? 
Ele, que já pisou as arenas nas mais variadas condições - novilheiro, bandarilheiro e forcado - sabe ou devia saber, que na vida e na profissão não basta ter habilidade. É preciso ter senso, humildade, respeito, numa palavra, é preciso ter cabeça!
Definitivamente, você não tem nada disto e o resultado está à vista aqui e em outras truculências que tem tido na vida, algumas nada agradáveis.
Mesmo assim, pode-se entreter a escrever o que quiser e a quem quiser. Cada um dar-lhe-á a importância que entender. Mas ofender a honorabilidade dos outros, isso é um caso mais sério, coisa para homens!
O seu minuto de fama termina aqui! E acredite que só o teve, porque ainda há por aí gente que aceita tudo o que lê. Não fora isso e a resposta que esperava, ficava reduzida à sua importância que é nenhuma.

Francisco Morgado
Director do Jornal "Olé"

Fotos Hugo Teixeira/diariotaurino.blogspot.com e Emílio de Jesus