O matador português Nuno Casquinha acusa o Sindicato dos Toureiros do Perú (SITOPE) de estar "a violar os meus direitos fundamentais nos comunicados que, sem sustento algum, vem pondo a circular" inclusivamente "na imprensa internacional".
Casquinha e o também matador luso Diogo Santos, bem como um diestro mexicano e outro peruano, foram sancionados pelo Sindicato dos Toureiros pelo facto de no passado dia 20 terem participado numa corrida de toiros em San Antón na qual não intervieram picadores. Na sequência dessa participação, Nuno Casquinha e os outros toureiros ficaram proibidos de se voltar a anunciar como matadores de toiros e foram classificados como novilheiros...
Casquinha lembra que "as disposições e regulamentos das associações e muito menos dos sindicatos se podem contrapor à Constituição Política do Perú" e alega que já se realizaram outras corridas sem picadores naquele país "sem que algum dos matadores que lidaram nessas datas tenham recebido a infundada sanção que hoje me pretendem impor, a qual transgride ante a lei que impõe a Constituição Política do Perú".
O toureiro vilafranquense - que no próximo sábado, 1 de Fevereiro, reaparece em Portugal, no festival de Mourão, após dois anos radicado no Perú - acusa ainda o Sindicato dos Toureiros peruano de procurar, com tudo isto, "desprestigiar a minha reputação pessoal e profissional" e de "actuar de costas para a lei e em seu proveito próprio".
Nuno Casquinha, num comunicado em que contesta a sanção do SITOPE, afirma que a sua condição de matador de toiros "não mudou" e acaba por deixar transparecer que a esta atitude do orgão representativo dos toureiros no Perú não será totalmente alheio o facto de em 2013 se ter classificado no primeiro lugar do escalafón naquele país.
Foto D.R.