António Luis Raimundo (à esquerda na foto, com o seu genro e sócio Engº José Palhais) lamentou a rejeição, esta noite, por parte dos sócios da Sociedade Moitense de Tauromaquia, da proposta da sua empresa "TopToiros", que fora a única a apresentar-se ao concurso para adjudicação da praça de toiros da Moita.
"Se não aceitaram a nossa proposta, espero agora que expliquem por quê", disse-nos.
"Já gerimos a praça de toiros da Moita do Ribatejo em ocasiões anteriores, conhecemos o terreno e estamos conscientes do momento difícil que se atravessa. A nossa proposta era séria e honesta e cumpria todos os requisitos exigidos pelo caderno de encargos da Sociedade Moitense de Tauromaquia", acrescentou.
Questionado sobre se iria novamente concorrer, António Luis Raimundo disse que "sim", apesar de hoje "terem rejeitado a nossa proposta". E sobre o facto de a S.M.T. elaborar um novo caderno de encargos, afirmou:
"Acho muito bem que o façam. O caderno de encargos anterior era o mesmo de sempre... há uns 50 anos! Ainda falava da obrigação de dar corridas com picadores, quando a intervenção de picadores está interdita em Portugal há já não sei quantos anos... Por isso, acho muito bem que façam um novo caderno de encargos, mas que tenham em conta a realidade do momento de crise que o país atravessa. É necessário e urgente que os proprietários das praças, e não falam apenas da Sociedade Moitense de Tauromaquia, mas de todos os proprietários de praças deste país, deixem de explorar os empresários e tenham em conta a realidade que vivemos. Já noutros tempos os toureiros se queixavam, e com imensa razão, que os empresários davam valores exorbitantes pelas praças e depois queriam pagar menos aos toureiros. Temos todos que ser conscientes. Vou concorrer de novo, mas sem loucuras. Tenho seis netos para criar... Não entro em loucuras".
Foto Emílio de Jesus/fotojornalistaemilio@gmail.com