terça-feira, 4 de novembro de 2014

"Nené" esclarece: "Entrevista à Rádio Campanário foi gravada antes de tomar a decisão de me ir embora"

"Nené" no domingo, ao jantar no restaurante "Molhóbico", onde anunciou a decisão
de abandonar a actividade empresarial taurina. "A entrevista que dei à Rádio
Campanário e que dentro de momentos vai para o ar foi gravada antes de tomar
essa decisão e por isso não aborda sequer esse tema"
, esclarece


A propósito da notícia que publicámos anteriormente e onde se anuncia a entrevista de António Manuel Cardoso "Nené", esta noite, ao programa "Tauromaquia" da Rádio Campanário (Vila Viçosa), esclarece o empresário que a mesma "foi concedida a Hugo Calado no domingo na praça de Évora, quando ainda faltava lidar o último toiro da corrida e antes da minha decisão, que nessa noite vos comuniquei ao jantar, de me retirar da actividade empresarial, razão pela qual esse assunto nem sequer é focado na conversa com o jornalista da Rádio Campanário, conversa essa em que até falo de projectos para 2015".
O empresário, com mais de 30 anos de prestigiada carreira, reafirmou ao "Farpas" a decisão de se retirar, explicando:
"Quando dei a entrevista que está gravada e que dentro de momentos irá para o ar, ainda não tinha decidido ir-me embora. Tomei essa decisão, a quente, depois de terminada a corrida e quando me dei conta da fraquíssima receita de bilheteira que o espectáculo tinha feito. E tomei-a pelas razões que vos disse ao jantar no restaurante 'Molhóbico', em Évora, razões que reafirmo: esto está mau, não há toureiros que levem público às praças e os empresários não podem continuar constantemente a perder dinheiro. Eu, pelo menos, não posso. Nas duas últimas corridas em Évora perdi mais de 40 mil euros...".
Quanto a uma possível reviravolta, "Nené" admite fazê-lo, mas só "depois da Golegã""Agora vem aí a Feira da Golegã e não estou com cabeça para pensar nisso, assim que terminar pensarei a sério na minha vida e no meu futuro".
Ontem e depois de conhecida a notícia da decisão de "Nené" abandonar a actividade empresarial, o antigo forcado recebeu "centenas de telefonemas". "Uns davam-me os parabens por ir embora, outros, a maioria, pediam-me por tudo para continuar. Não sei, de momento tomei a decisão de ir embora... depois da Golegã repensarei, mas é difícil que volte atrás, o tempo não está para aventuras...", acrescenta.

Fotos D.R. e Emílio de Jesus