sexta-feira, 10 de junho de 2016

Triunfaram todos ontem no Pinhal Novo!

Os anos passam, Moura é sempre Moura! Como o vinho do Porto!
António d'Almeida em grande. Pouco visto, este cavaleiro demonstrou estar
apto e mais que apto a entrar nas grandes competições. Têm a palavra os
senhores empresários! Sempre os mesmos já chega!
Luis Rouxinol Jr. obteve dois grande triunfos no Pinhal Novo
A pega de André Marques, primeira da corrida, dos Amadores do Montijo,
que tiveram também uma noite triunfal ontem no Pinhal Novo
A excelente pega de Pedro Gil (Alcochete), quarta da noite; e, em baixo, João
Belmonte
(vencedor do prémio em disputa) e Francisco Costa, glória da
forcadagem (o troféu tinha o seu nome)


Miguel Alvarenga - Menos público que em anos anteriores, o que certamente teve a ver com o super-feriado que encaminhou todo o mundo para o reino dos Algarves, mas mesmo assim uma agradável noite de toiros, aquela que se viveu ontem no Pinhal Novo (Palmela), na que é já uma corrida tradicional do calendário taurino nacional, por ocasião das festas que têm Santo António por padroeiro - desta vez a favor dos Bombeiros Voluntários locais.
João Belmonte, do Grupo de Forcados Amadores de Alcochete, recebeu o troféu que estava em disputa para a melhor pega e que tinha o nome de Francisco Costa, glória sempre lembrada dos Amadores do Montijo e posteriormente dos Amadores Lusitanos, grupo que comandou a seguir ao fundador Fernando Hilário. Foi o próprio Francisco Costa (foto ao lado) que entregou o galardão ao forcado vencedor. A escolha não teve qualquer reacção negativa por parte do público, antes pelo contrário, foi calorosamente aplaudida, apesar de não ter sido fácil. As seis pegas, três do Grupo de Alcochete e três do Grupo do Montijo, foram todas executadas ao primeiro intento. O júri era formado por Joel Zambujeira (cabo dos Amadores de Cascais) e pela repórter fotográfica Maria João Mil-Homens.
No contexto geral, os dois grupos estiveram bem e as pegas resultaram emotivas dado o empenho dos toiros do Engº Jorge de Carvalho, que se arrancaram sempre com alegria e raça. Pelos Amadores do Montijo pegaram André Marques, Nuno Timóteo e Ruben Pratas e pelos Amadores de Alcochete foram caras Jorge Marujo, Pedro Gil e João Belmonte. Ambos os grupos estiveram bem nas ajudas.
Pequenos, de apresentação qb, mas bom comportamento no geral, os toiros de Jorge de Carvalho proporcionaram um excelente espectáculo e permitiram, sem transmitir muito e sem emocionar, triunfos aos cavaleiros.
João Moura está de novo bem montado e com as condições reunidas para regressar à ribalta, como tem acontecido nas suas últimas corridas e muito em particular na do Campo Pequeno. A bregar e a lidar como só ele sabe, imprimiu ritmo às duas lides e brilhou, galvanizando o público. À maneira antiga. À Moura de outros tempos.
António d'Almeida é um toureiro de valor, está também bem montado, arrisca, emociona e tem um bom conceito de toureio. Está pouco visto, pode integrar qualquer cartel, que não fica mal e também não deixa ficar ninguém mal. Tem garra e valor de sobra e isso viu-se ontem. Protagonizou duas apuradas actuações, onde a emoção e a técnica se misturaram, triunfando. Está apto a entrar nas grandes competições - assim lhe dêm as oportunidades, assim não o queiram travar, por que incomoda. E muito. Por ser bom.
Luis Rouxinol Júnior é, não me canso de o repetir, um caso muito sério e, dos mais jovens, aquele que promete, na realidade, ir mais longe - muito mais longe. Esteve siimplesamente fabuloso nas duas lides, destacando-se sobretudo na última. Tudo o que fez, fez bem feito, com gosto, com saber e a conquistar o apoio do público. Vai ser um grande toureiro. Está num momento excepcional.
A corrida foi bem dirigida, com compasso, sem intervalo, com bom ritmo, por Tiago Tavares, assessorado pelo médico veterinário Dr. Jorge Moreira da Silva.

Fotos Emílio de Jesus/fotojornalistaemilio@gmail.com