Moura em dieta rigorosa, a caminho da grande comemoração em 2018 dos seus 40 anos de alternativa. Em baixo, os óculos de que muitos precisam para ver o que não vêem... |
E chegamos ao defeso, tempo das danças das praças e dos apoderados, sem que se avistem no horizonte alterações “bombásticas”…
A temporada do Campo Pequeno está agora na ordem do dia e sob os holofotes dos analistas. Três importantes lotações esgotadas, uma ou outra corrida menos brilhante, sobretudo no que se refere à afluência de público (mas isso não tem a ver muito mais com a falta de força e de carisma dos toureiros para arrastarem gente às praças, do que com o desempenho da empresa?…) e algumas visões mais catastróficas dos já conhecidos “Velhos do Restelo”, para quem nada está nunca bem… Às vezes, é preciso usar óculos (foto ao lado) para se ver a realidade… sem outras “interferências” a motivar a má língua…
E depois há ainda os meninos que, por raivinha de não terem senha para a trincheira, apontam as armas a tudo o que mexe, sem uma análise lógica, antes fruto do seu desespero por não serem tidos em conta na primeira praça do país…
Podem dizer que o “Farpas” é o “orgão oficial” do Campo Pequeno - é para o lado que durmo melhor e, mais que isso, enche-me de um orgulho desmedido. Antes isso do que ser o “orgão oficial” de uma qualquer praça desmontável… Ou, pior ainda, ter a esmagadora maioria das portas das praças fechadas, como “eles” têm, coitaditos. A verdade é que, com justiça, há que referenciar que, um ano mais, o trabalho de Paula Resende e de Rui Bento foi notável. E foi brilhante. E que o temos que aplaudir!
Faltaram algumas Figuras - como Ventura, como João Telles e como Marcos Bastinhas -, mas a praça não sai do sítio e, se Deus quiser (há-de querer!), vão ter muitos anos pela frente para lá triunfarem!
Vieram nomes grandes, houve noites de muito esplendor e voltou-se a tentar fazer ressurgir o toureio a pé, coisa que nem sempre foi bem aceite pela “parte à portuguesa” da nossa Festa, mas que teve o apoio do público - que é quem manda! Estiveram no Campo Pequeno figurões como Manzanares, António Ferrera, “El Fandi”, Juan del Álamo, Roca Rey e Padilla. E afirmou-se de uma vez por todas o nosso Manuel Dias Gomes. Foram canceladas duas datas. Mas, se calhar, com razão. Talvez estivessem a mais. Continuo na minha: para se voltar a viver o calor e o carisma de outroa tempos, há que realizar muito menos corridas por ano. Não só em Lisboa, em todas as praças. Menos e melhores - que sejam verdadeiros acontecimentos e levem gente às praças. Os tempos de hoje não são os de antigamente. Há corridas a mais, só por haver... e que são, apenas e só, "mais do mesmo"...
Padilla saíu em ombros, outra vez, na noite da abertura. Em Setembro deu um petardo e o público castigou-o severamente com a maior vaia que se ouviu no Campo Pequeno nos últimos anos. Também… nem 8 nem 80. De bestial, numa noite, passou a besta. Acabou-se o ídolo que começava a impor-se. Mas a culpa foi dele… E a Festa é mesmo assim…
Entretanto, dizia-se, Campo Pequeno ia ser vendido, Simón Casas era o próximo empresário… falou-se muito, mas cheira-me a que tudo ficará como está. E a empresa até já está a preparar a temporada de 2018, que terá a primeira corrida a 5 de Abril, a seguir ao Domingo de Páscoa…
Ao Campo Pequeno e à sua temporada comemorativa dos 125 anos hei-de voltar com mais análises muito em breve. Para já, o presente…
Para já, vivem-se os momentos da Feira da Golegã. Onde nem tudo é o que era. Poucos ou nenhuns negócios de cavalos, mais copos que outras coisas. E muita animação no Bar “Coparias”, que cumpre o seu 20º aniversário (é obra!) a animar as noites na Feira do Cavalo… E também no "Volapié", que este ano se estreou em grande na Golegã...
Fernando Marques põe fim à sua (curta) carreira de apoderado (dos Bastinhas), depois de a ter marcado com seriedade e empenho, sem dar demasiado nas vistas. Discreto…
Diz-se que o próximo apoderado dos Bastinhas vai ser Joaquim Pataca, o eterno braço-direito da casa. Mas que pode entrar um segundo “manager” na equipa…
Antes de rumar ao Perú, onde acompanhará Juan del Álamo (que dia 12 toureia na Feira de Acho, em Lima), Rui Bento vai esta semana reunir e acertar as agulhas com João Moura Júnior. Ambos decidirão se seguem unidos ou se separam, como foi falado. Sabe-se que Moura Jr. já estabeleceu contactos para o caso de Rui Bento não se manter a seu lado…
Os Rouxinóis continuam com Francisco Penedo e, segundo este, o “divórcio” nunca foi sequer equacionado… terá sido apenas inventado por quem tem pouco que escrever e precisa de criar factos…
Os ânimos aqueceram - e quase escaldaram - na marisqueira “A Torre”, ali ao Porto Alto, no jantar que se seguiu ao recente festival na "Palha Blanco" de homenagem à memória de José Palha…
Houve estórias que até meteram um copinho de leite, algazarra na rua e os mal amados passaram mais um mau bocado… já não há quem os suporte! Triste fim…
Paulo Pessoa de Carvalho deu uma entrevista ao jornal “Olé!”, mas, mais uma vez, não disse ainda tudo. Foi enganado pelos responsáveis da ganadaria Santa Maria, continua a sustentar. Não vieram para a “Palha Blanco” os toiros que tinha escolhido. O descalabro da Feira de Outubro fê-lo perder Vila Franca e continua no ar a suspeita de que havia quem estivesse interessadíssimo em que isso acontecesse…
Não há meio de chamarem os bois pelos nomes? Afinal, quem tramou Paulo Pessoa? E porque razão coisas destas só acontecem com ele e não sucedem com outras empresas? O Paulo é uma vítima. Mas… de quem?
Diz-se agora que Levesinho e “Nené” serão os dois mais certos candidatos à sucessão de Paulo Pessoa no comando da “Palha Blanco”. Estão de malas aviadas, mas diz-se também que ainda pode haver mais concorrentes…
Diz-se também que António Alfacinha vai gerir a praça de Évora e que “Nené” termina o seu reinado. Não há fumo sem fogo, mas…
O editorial de Luis Miguel Pombeiro na última edição do jornal “Olé!” está recheado de recados e de ameaços… Um dia vai contar tudo, afirma. E até há empresas que lhe devem dinheiro de publicidade… Quando Pombeiro falar - e se falar - cai o Carmo e a Trindade e pode a coisa não se ficar apenas por estas derrocadas…
António d’Almeida, promissor cavaleiro, ficou este ano na prateleira e não toureou uma corrida. Porquê? Diz-se que se vai estabelecer no México…
João Moura em dieta rigorosa para em 2018 se apresentar “como novo” na comemoração dos seus 40 anos de alternativa. Com pompa e circunstância, como deve ser!
2018 vai ser ano de grandes celebrações. Para além dos 40 anos de alternativa do Maestro Moura, comemoram-se os dez de João Telles e de Marcos Bastinhas. E ainda os vinte de Rui Fernandes. A coisa promete…
Joaquim Grave já se mexe na organização dos dois festivais que no início de Fevereiro abrem oficialmente em Mourão a temporada de 2018. Vai haver grandes surpresas! Os cartéis, como tem ocorrido, serão conhecidos no primeiro dia do ano…
Muitos portugueses, entre os quais Simão Comenda e João Simões, estarão no próximo dia 12 de Dezembro na Monumental do México na grande corrida a favor das vítimas dos terramotos…
Fotos D.R.