terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Maestro Moura em noite histórica ontem em Villaseca de la Sagra

João Moura, ladeado pelo jornalista Alfredo Casas e pelo presidente do
Ayuntamiento, foi ontem o primeiro homenageado nas Jornadas Taurinas
de Villaseca de la Sagra, em Toledo
João Moura viajou pela sua trajectória de glória em mais de uma hora de
conversa com o jornalista Alfredo Casas
O Salão de Actos Municipal encheu-se ontem para render tributo a João Moura,
que no final foi presenteado com um bonito troféu pelo presidente do Ayuntamiento
de Villaseca de la Sagra (foto de baixo)


O lendário cavaleiro português João Moura inaugurou ontem as XVIII Jornadas Taurinas de Villaseca de la Sagra (Toledo, Espanha), sendo homenageado pela sua histórica trajectória nas arenas e pelos 40 anos de alternativa que esta temporada comemora e que vão ter o seu ponto alto na noite de 7 de Junho na praça de toiros do Campo Pequeno, em Lisboa.
O acto, dirigido e apresentado pelo jornalista Alfredo Casas, teve lugar na noite de ontem no Salão de Actos Municipal de Villaseca de la Sagra, que se apresentava completamente cheio para render tributo ao cavaleiro de Monforte.
Ao longo da noite, passou-se em revista a trajectória gloriosa do "Niño Moura", "figura de lenda", como referiu Alfredo Casas.
João Moura referiu que, nos seus inícios, a competição travada com Álvaro Domecq o "ensinou a ser mais profissional", bem como a lide de toiros "muito para além dos Murube, que transmitiam e emocionavam o público".
Recordou depois as suas tardes mais importantes, frisando que "a praça que mais pesou foi sempre a de Las Ventas, em Madrid", de onde saíu em ombros em nove tardes, perdendo muitas  mais portas grandes "por falhar com o rojão de morte".
Falou também do seu grande relacionamento com Pablo Hermoso de Mendoza, a quem "um dia ajudou a não se ir embora do toureio, num momento em que o rejoneador navarro estava desanimado a ponto de se querer retirar". E recordou que apostou de novo na competição, "sempre necessária e boa para o toureio", com Pablo Hermoso e Diego Ventura, as figuras do momento.
Referiu mesmo que as ausências de Ventura, este ano, nas primeiras feiras taurinas da temporada, como Valência, Castellón e Sevilha, "são prejudiciais para o toureio e para os próprios rejoneadores".
João Moura terminou a sua intervenção de mais de uma hora à conversa com Alfredo Casas falando da sua faceta como ganadero e da sua condição de pai de toureiros, tudo com a humildade por bandeira e a aficion como receita para o êxito.
A noite terminou com a plateia toda de pé, brindando com uma estrondosa ovação o grande cavaleiro que marcará para todo o sempre uma época no toureio mundial.

Fotos José Luis Cardenas/Farpas