André Moz Caldas, secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros no último governo, ex-chefe de gabinete do antigo ministro das Finanças, Mário Centeno (2015-2019), ex-presidente da Junta de Freguesia de Alvalade eleito pelo PS, licenciado em Medicina Dentária e em Direito, ex-membro do Conselho Geral da Universidade de Lisboa (2008-2012) e ex-Presidente do Conselho de Administração do OPART-Organismo de Produção Artística, E.P.E. (2019) - é, segundo revela hoje a imprensa e nomeadamente o jornal "Inevitável" na sua primeira página desta quarta-feira (em baixo), o sucessor de Graça Fonseca como ministro da Cultura do novo Governo de António Costa.
Nascido em Lisboa em 1982 - tem 40 anos -, o novo titular da pasta da Cultura tem um curriculum universitário brilhante: é licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, onde também obteve o grau de mestre em História do Direito (Direito Romano) e é também licenciado em Medicina Dentária pela Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa, onde também concluiu o ciclo de estudos conducente ao grau de mestre.
Exerceu advocacia e foi médico dentista, mas tem actualmente as inscrições suspensas voluntariamente nas respectivas ordens profissionais devido ao exercício de funções públicas.
Em Dezembro de 2020, numa entrevista à revista "Ulisboa" da Universidade de Lisboa, revelou, sem complexos, que é casado com um homem: "Sou o primeiro membro do governo casado com uma pessoa do mesmo sexo".
"Não faço disso especial alarde público, mas também não sinto que seja apenas um aspecto da minha vida pessoal", disse nessa entrevista, onde assumiu ser o primeiro governante português com casamento gay. André Moz Caldas é casado em regime de comunhão de adquiridos com Álvaro Ribeiro Esteves, conselheiro da Embaixada de Portugal em França, que conheceu na Faculdade de Direito.
"Espero que isso possa significar, para os jovens portugueses, que não estão condenados a um ostracismo. Se houver um jovem que, pelo meu exemplo, se possa sentir mais livre para viver a sua orientação sexual abertamente, eu ficaria muito feliz", respondeu, na referida entrevista, quando questionado sobre se há homofobia em Portugal.
O novo ministro da Cultura considerou que as "pessoas públicas viverem a sua homossexualidade com naturalidade" é um caminho para combater o estigma. "As pessoas não são diminuídas por integrarem uma minoria, de índole sexual ou outra. E quem pertence a uma minoria tem de ter uma grande energia para se dar permanentemente ao respeito”, disse ainda nessa desassombrada entrevista em Dezembro de 2020.
Sucessor de Graça Fonseca, governante que não deixa ao mundo da Tauromaquia gratas recordações enquanto ministra da Cultura, desconhecem-se para já as ideias de André Moz Caldas quanto a esta área da Cultura portuguesa, esperando-se contudo que a não desrespeite, como o fez a anterior titular da pasta.
Fotos D.R.
Novo ministro da Cultura exerceu medicina dentária e advocacia |
André Moz Caldas foi chefe de Gabinete do ministro Mário Centeno (Finanças) entre 2015 e 2019 |
Jornal "Inevitável" revela na sua edição desta manhã o novo elenco do Governo |