Miguel Alvarenga - São muitas e variadas as razões pelas quais todos devemos estar na praça de toiros do Campo Pequeno - e esgotá-la! - no próximo dia 21 de Julho:
1º - Primeiro que tudo, é necessário e é, sobretudo, urgente, que saibamos mostrar a força da Tauromaquia, o cunho da nossa aficion e a importância que a Catedral do Toureio Nacional tem para todos nós. Ainda é cedo para tirar ilações e afirmar que o Campo Pequeno corre perigo. Mas a realidade é que este ano a empresa nova que gere o Centro de Lazer concedeu apenas quatro datas ao empresário Luis Miguel Pombeiro para realizar os espectáculos para que a praça foi feita (corridas de toiros), já lá vão 130 anos.
2º - A primeira corrida tem um cartel atractivo e reúne todos os ingredientes para ser uma noite de sucesso e de grande esplendor para a Festa, com a presença de cavaleiros das três mais antigas dinastias mundiais do toureio a cavalo, de dois consagrados grupos de forcados e de uma ganadaria com garantias de sucesso e que já saíu triunfadora da primeira praça do país em outras ocasiões.
3º - Toma a alternativa um dos mais promissores cavaleiros da nova geração, Joaquim Brito Paes, que sábado passado obteve um triunfo memorável na Chamusca, na sua última corrida antes do doutoramento, reafirmando estar mais que preparado - e bem montado - para tão importante passo em frente.
4º - Regressam a Lisboa dois dos mais emblemáticos cavaleiros nacionais, os Maestros António Ribeiro Telles e João Salgueiro, acompanhados dos respectivos filhos, o praticante António Telles (outra estrela que já é um caso) e o genial João Salgueiro da Costa. E regressa também à arena da capital o cavaleiro António Maria Brito Paes, irmão do novo ginete, indiscutivelmente um toureiro de valor.
5º - Para pegar os toiros de António Raul Brito Paes, vão estar em praça dois dos grupos de forcados que mais público arrastam às praças e que ainda no passado domingo ganharam, ex-aequo, o troféu para a melhor pega que se disputava na corrida de Alcácer - os Amadores de Montemor e os Amadores de Lisboa, capitaneados respectivamente por António Cortes Pena Monteiro e Pedro Maria Gomes.
6º - O cartel não é um cartel qualquer. É um cartel para aficionados, um cartel de lançamento de uma nova estrela do toureio a cavalo, o novo Brito Paes, acompanhado por um elenco de luxo - e de primeira.
7º - Mas, acima de tudo, o que é preciso na noite do próximo dia 21 de Julho é que os aficionados mostrem que o são de verdade e saibam dizer, a quem de direito, quanta importância e quanto significado a Monumental do Campo Pequeno tem - e nunca pode deixar de o ter - para a Tauromaquia Nacional, não apenas como Catedral do Toureio Português, mas também como uma das primeiras praças de toiros do mundo há mais de cem anos.
8º - Obrigatório: esgotar o Campo Pequeno no dia 21!
Foto M. Alvarenga