Miguel Alvarenga - Fique agora com as sequências das cinco pegas realizadas ontem em Salvaterra de Magos, na segunda corrida do ano na emblemática e bem cuidada praça ribatejana, pelos grupos de forcados Amadores de Santarém (capitaneados pelo novo cabo Francisco Graciosa) e Amadores do Ribatejo (capitaneados por Pedro Espinheira, que se despede das arenas em Setembro nesta mesma praça).
Foram lidados seis toiros da ganadaria Vale de Sorraia - que substituíram, sem qualquer explicação, os toiros inicialmente anunciados das ganadarias São Marcos e Falé Filipe.
Como já aqui ficou referido na detalhada análise de Miguel Alvarenga à corrida nocturna de ontem, os toiros de Vale Sorraia, bonitos e bem apresentados, primaram pela mansidão e pela falta de classe, em nada colaborando para o triunfo dos três cavaleiros (António Telles, Luis Rouxinol e Miguel Moura, o triunfador maior da corrida).
Aos Forcados, não criaram dificuldades. Arrancaram com força e com alegria mal os viam, mas não derrotaram, foram com nobreza pelo seu caminho - pelo que todas as pegas foram feitas à primeira, à excepção da quinta, consumada à segunda por, na primeira vez, o toiro ter passado ao lado do forcado. Digamos que não foi propriamente uma primeira tentativa, pelo que se pode dizer, com justiça, que o forcado consumou a pena na sua primeira reunião.
Pelos Amadores de Santarém, cujo cabo Francisco Graciosa rodou ontem novas estrelas (grupo em fase de renovação e com novos valores em ebulição), foram caras Francisco Faro (na primeira pega da noite, à primeira), Vasco Salazar (terceira pega, também ao primeiro intento) e Pedro Valério, que consumou à segunda, por, como anteriormente referi, na primeira tentativa o toiro ter passado a seu lado e não ter por isso permitido que reunisse. O forcado fechou-se bem, ficou inicialmente "de pernas para o ar", mas sem nunca sair da cara do toiro, acabando por se emendar e ficar bem colocado. O Grupo esteve muito bem a ajudar.
Pelos Amadores do Ribatejo, também ambos ao primeiro intento, pegaram o experiente e poderoso André Laranjinha (segunda pega da noite) e o valoroso e reconhecido Ricardo Regueira (quarta pega da ordem), também com excelentes ajudas de todos os companheiros, a demonstrar o bom momento que o Grupo atravessa.
A sexta pega, que seria a terceira e última do Grupo do Ribatejo, não chegou a ser sequer tentada porque o toiro, superiormente lidado por Miguel Moura e que fora o melhor da corrida, se deitou na arena no final da lide e se levantou depois aos trambolhões, parecendo que se inutilizara.
O médico veterinário José Luis da Cruz e o director de corrida Manuel Gama decidiram mandar recolher o toiro - se calhar, precipitadamente - e o cabo Pedro Espinheira compreendeu e acatou a decisão.
De repente, o toiro levantou-se e correu desalmado atrás de um campino, que por pouco se salvou de ser agarrado. Ficou a dúvida eterna: já estaria o toiro recuperado de uma momentânea indisposição e poderia ter sido pegado?
Fique com as sequências das cinco pegas. Mais logo, veja os melhores momentos das lides de António Ribeiro Telles, de Luis Rouxinol e do grande triunfador Miguel Moura.
Fotos M. Alvarenga
GFA de Santarém |
GFA do Ribatejo |
João Faro (Santarém) na primeira e rija pega da noite, brindada a António Telles (40 anos de alternativa celebrados ontem) |
O consagrado André Laranjinha (Ribatejo) na segunda pega da noite, também brindada a António R. Telles |
Excelente pega de Vasco Salazar (Santarém) ao terceiro toiro. Caso para dizer, sem medo: Viva Salazar! |
A grande pega do poderoso Ricardo Regueira (Ribatejo) ao quarto toiro da corrida de ontem à n noite |
Pedro Valério (Santarém) na quinta pega da noite |
Grupo do Ribatejo (o cabo Pedro Espinheira na foto de cima) acabou por nem tentar a sexta pega, porque o toiro pareceu congestionado e foi mandado recolher |