domingo, 25 de setembro de 2016

Um jantar fantástico com a Tertúlia Zé Maria Cortes

A verdadeira e genuína associação de forcados no jantar de 6ª feira no
restaurante "Carnalentejana" na praça do Campo Pequeno
A espectacular e tão significativa lembrança que a Tertúlia Zé Maria Cortes teve
a amabilidade de me oferecer. Um quadro inspirado numa foto original de João

Costa Pereira obtida na praça de Évora



Miguel Alvarenga - Há sete anos (Fevereiro de 2009) tive a honra, o orgulho e o privilégio de ter sido o primeiro convidado do primeiro jantar de uma tertúlia fantástica formada por jovens forcados de distintos grupos que se denominava Tertúlia Tauromáquica da Amizade. Esse jantar coincidiu, imaginem, com o dia em que foi conhecido o folclórico veto da Associação de Forcados, ou antes, de Potier, ao "Farpas".
Escrevi, ao tempo, ainda no jornal "Farpas" (o blog nasceria uns meses depois deste célebre jantar), que esta sim, era a verdadeira e genuína associação de (também verdadeiros) forcados. Deu alguma polémica. Agora voltei a confirmá-lo. Entre este punhado de jovens forcados defende-se, na realidade, o espírito da forcadagem da camaradagem. Aqui não existem forcados de primeira e forcados de segunda. Apenas forcados. E bons, ainda por cima.
Seguiram-se outros jantares, muitos, em que os convidados foram, sucessivamente, figuras destacadas do meio taurino, desde cavaleiros a matadores, a forcados, empresários, etc. Cada jantar consiste num convívio durante o qual os jovens membros da tertúlia questionam o convidado sobre diversos temas, profissionais, pessoiais e até do foro privado, por forma a conhecê-los melhor. E tudo, sempre, em saudável e fraterna confraternização.
O presidente da tertúlia era, há sete anos, e agora voltou a ser, o Francisco Mendonça Mira, valoroso elemento do Grupo de Forcados Amadores de Lisboa, que entretanto fez um interregno na liderança desta instituição por cumprimento de deveres profissionais em Angola. Já voltou e está de novo aos comandos. Entretanto, a tertúlia mudou de nome, chama-se agora Tertúlia Tauromáquica Zé Maria Cortes, em homenagem ao saudoso cabo dos Amadores de Montemor, que pertencera ao grupo fundador. E o número de associados aumentou. São agora, salvo erro, vinte e três.
Na passada sexta-feira, passados sete anos do nosso primeiro encontro, deram-me outra vez a honra de me convidaram para um jantar, desta vez no aprazível restaurante "Carnalentejana" em plena praça de toiros do Campo Pequeno. Comeu-se maravilhosamente, bebeu-se melhor e a conversa deslizou pela noite dentro em clima de muita animação, abordando até alguns temas mais íntimos e outros mais escaldantes... e ficou assente, doa a quem doer e haja as pressões que houver, que se para o ano regressar a Corrida "Farpas", quem pega é o grupo da Tertúlia Zé Maria Cortes.
Estiveram presentes neste magnífico jantar Duarte Cortes (irmão do Zé Maria), Miguel Viana, António Dentinho, Francisco Mendonça Mira, Francisco Zenkl, Frederico Caldeira, João Braga, João Cabral, Tiago Telles de Carvalho, Francisco Mira, João Pedro Mota Ferreira, António Alfacinha, Pedro Coelho dos Reis, José Pedro Pires da Costa, José Sousa Dias, António Vinagre e Miguel Roquete. Ao final do jantar, juntou-se ao grupo a minha filha Maria Ana e o meu genro Bruno, entretanto já convidado para na próxima temporada alinhar num dos grupos de forcados representados nesta fantástica tertúlia...
Por fim, ofereceram-me o quadro que aqui partilho com todos vós, onde se imortaliza uma pega espectacular do Zé Maria Cortes - que já está em lugar de destaque mesmo em frente ao computador. Para me inspirar.
Jovens como estes, com o espírito aberto, a educação, o querer fazer coisas em prol da Festa, não existem muitos. Adorei, uma vez mais, ter estado com todos eles. Já conhecia alguns, passei a conhecer outros. Eles ficaram a conhecer-me. A saber o que penso de tudo o que me quiseram perguntar.
Que venha depressa outro jantar. Mas que não leve sete anos a realizar-se!

Fotos Miguel Viana e D.R.