sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Rui Bento faz balanço da temporada lisboeta em entrevista ao site "Naturales"


Rui Bento, director de Actividades Tauromáquicas da empresa do Campo Pequeno, faz hoje um balanço da temporada numa grande entrevista ao site "Naturales", em que aborda também, ainda que muito ao de leve, o tema do futuro da primeira praça do país num momento de algumas incertezas e quando não se encontra ainda concretizada a tão falada venda da concessão ao empresário Álvaro Covões.
Sobre a época lisboeta, concretiza:
"Nem tudo correu à medida dos nossos desejos. Ganhámos umas apostas e, noutras, reconhecemos que não fomos tão bem sucedidos quanto o desejaríamos, mas a vida é assim mesmo, com altos e baixos. Chegámos ao final com uma lotação esgotada, na corrida de Gala à Antiga Portuguesa, a 10 de Outubro e com a sensação de dever cumprido, dentro de uma gestão racional, correndo riscos e sem cometer loucuras, do ponto de vista económico".
Mesmo assim, os resultados apontam para um aumento de público nos espectáculos, refere Rui Bento:
"Temos indicadores de que registámos uma melhoria no que respeita a público presente. Apesar de menos um espectáculo que em 2018, o número médio de espectadores por corrida aumentou. Esse é um primeiro indicador. Outro indicador importante é o número de lugares de abono vendidos, cerca de 10% da lotação da praça, recorde estabelecido este ano".
Questionado sobre se houve ausências notórias de alguns toureiros na primeira praça do país, afirma:
"Pode sempre argumentar-se que faltou este, ou que aquele esteve a mais. Nunca haverá consenso sobre uma matéria tão subjectiva. Contudo, concordo que os principais estiveram no Campo Pequeno. Gostaria de ter podido dar mais oportunidades aos jovens. Mesmo assim, as que proporcionámos, entendo que foram bem aproveitadas. Em termos internacionais, naturalmente que faltou Diego Ventura. Não houve acordo de condições para que ele toureasse no Campo Pequeno. Oxalá se concretize em breve, pois esse é o desejo de ambas as partes".
O tão badalado caso da hipotética venda da concessão de exploração da praça ao empresário Álvaro Covões, ainda não concretrizada, e o futuro das corridas no Campo Pequeno foi também, como se impunha, um dos temas da entrevista. Sobre isso, Rui Bento afirma que "de momento" tem "muito pouco" a dizer:
"Apelo apenas aos profissionais do toureio, aos aficionados e público taurino em geral, para o facto de ser da maior importância que continue a haver corridas de toiros no Campo Pequeno, pois a tauromaquia está no ADN do edifício. Vamos, pois, aguardar serenamente".

Foto D.R.