sexta-feira, 29 de maio de 2020

Representantes da PróToiro foram ao Parlamento dizer de sua justiça



A Federação PróToiro esteve esta manhã na Assembleia da República numa sessão na Comissão de Cultura e Comunicação, que ouviu também hoje o Movimento pelos Profissionais das Artes Perfomativas, a Associação de Defesa das Empresas e Artistas de Circo Portugueses e ainda a Associação Portuguesa de Defesa de Obras Audiovisuais.
Representaram a PróToiro neste acto o secretário-geral da federação, Hélder Milheiro (foto de cima) e o presidente da Associação Nacional de Toureiros, Nuno Pardal (foto ao lado), que expuseram, em elucidativas intervenções, os problemas que afectam os profissionais do sector desde que há três meses a actividade parou em virtude do surto da pandemia.
Hélder Milheiro, num discurso claro e didáctico, enunciou os princípios da tauromaquia e a importância que a arte tem nas festas populares e religiosas que se realizam por todo o país, recordando que o espectáculo tem uma adesão de meio milhão de espectadores em praças de toiros e de três milhões nas manifestações de rua denominadas tauromaquias populares.
Nuno Pardal falou sobretudo da importância social do Fundo de Assistência dos Toureiros, a que preside e das muitas dificuldades consequentes da paragem da actividade do sector.
Um e outro apresentaram números calculados dos prejuízos que sofreu o sector tauromáquico com a paragem neste período de crise e aí os dados que apresentaram não coincidiram. Pardal evocou um prejuízo de 4,5 milhões e Milheiro apontou para um valor bem superior próximo dos 12 milhões.
Os dois representantes da PróToiro foram unânimes em considerar que a reabertura das praças de toiros com a utilização de apenas 50% das lotações, sem apoios estatais, não é suficiente para garantir a rentabilidade do espectáculo.
Estiveram presentes na sala representantes dos grupos parlamentares do PS, do PSD, do PAN e do CDS (a representante deste partido participou por videoconferência).
Pardal e Milheiro abordaram ainda os termas quentes do Ministério da Cultura e da titular da pasta que se assume declaradamente como anti-taurina, do aumento do IVA no espectáculo para 23% e da descrimimação que o sector continua a ter por parte do Governo, tendo ambos reclamado igualdade para o sector.
A PróToiro entregou aos grupos parlamentares dos partidos ali representados o seu caderno de medidas reevindicativas para a retoma da actividade tauromáquica.

Fotos ARTV/Canal Parlamento