Depois da notícia avançada ontem à noite pelo "Farpas Blogue", a empresa "Gestoiro" (de Paulo e Rodrigo Tendeiro) emitiu já de madrugada um comunicado onde afirma que "sempre se pautou pela dignificação e cumprimento dos compromissos assumidos não compactuando com interesses mesquinhos e circunstanciais de determinadas figuras da festa que de forma inglória não vêem os seus objectivos cumpridos criando na Gestoiro um bode expiatório".
Não é verdade. No ano passado, a "Gestoiro" levou seis meses (de Julho a Dezembro) a cumprir com o jornal "Farpas" os compromissos assumidos (publicidade da Feira de Julho inserida no jornal).
Este ano, Rodrigo Tendeiro acertou com o jornal "Farpas" o pagamento da intensa publicidade da corrida de Portalegre no dia da própria corrida. Após termos estado cerca de uma hora à porta da bilheteira, pagou-nos um terço da dívida, estilo "esmola aos pobres", prometendo, como fizera no ano anterior, que pagaria o resto na semana seguinte. Até hoje. Não é, portanto, verdade que a empresa sempre se tenha pautado pela dignificação e cumprimento dos compromissos assumidos.
Diz ainda o comunicado que não deu entrada no Sindicato dos Toureiros, na Associação de Forcados, na Associação de Ganadeiros e da Associação de Empresários "qualquer queixa contra a empresa". Mas vai dar entrada - podem estar certos.
No comunicado a empresa "penaliza-se pelo facto de não ter sido possível até à presente data cumprir parte do compromisso assumido com o jornal "Farpas" referente ao pagamento da publicidade em relação à corrida de toiros de Portalegre".
"Não foi possível", diz a empresa... apesar das enchentes verificadas nas praças de Portalegre e de Moura. Ontem mesmo, à noite, através de mensagem telefónica, Rodrigo Tendeiro predispõs-se por todas as formas a pagar "a correr" ao "Farpas". Ainda não o fez até ao momento.
Quando ao incidente com o apoderado do cavaleiro Tiago Carreiras no domingo em Moura, a empresa dá a sua versão:
"Foi acordado com o apoderado Diogo Malafaia o mesmo cachet para as corridas a realizar em Amareleja a 14 de Agosto e Moura no passado dia 18. No final do espectáculo de dia 18, dirigiu-se o mesmo ao escritório da Gestoiro exigindo uma verba maior que a acordada inicialmente. Considerando que os homens sérios são só de uma palavra, a empresa Gestoiro cumpriu o valor acordado inicialmente e não um valor 'criado e decidido' no momento pelo apoderado do cavaleiro em causa".
Diogo Malafaia e Tiago Carreiras viajam neste momento de França (onde o cavaleiro toureou ontem à noite) para Portugal. Aguardemos pela chegada de ambos para termos a versão do apoderado.
