O antigo forcado Mário Guarda e o cabo dos Amadores do Montijo, Ricardo Figueiredo |
Vitor Laginha, presidente dos Bombeiros e antigo forcado, um grande aficionado, no uso da palavra |
Rogério Amaro, antigo cabo, recebe medalha oferecida pelo presidente dos Bombeiros do Montijo |
... e depois cantou-se o Fado! O antigo cabo Rafael Figueiredo acompanhado por Sidónio e Pedro Vargas |
Pedro Gaiolas (texto e fotos) - No passado domingo, dia 4 de Dezembro, realizou-se o tradicional almoço de fim de época do Grupo de Forcados Amadores do Montijo.
O almoço decorreu no Salão dos Bombeiros
Voluntários do Montijo, num ambiente festivo e, para além de terem sido
relembrados os principais momentos da temporada, serviu também para o convívio
com antigos forcados, familiares, amigos.
Na hora dos discursos, o cabo Ricardo
Figueiredo agradeceu aos presentes não só por terem comparecido a este almoço
mas por todo o apoio e demonstração de amizade que foram dando ao Grupo ao
longo da temporada.
Vítor Laginha, presidente da Direcção
dos Bombeiros Voluntários, que noutros tempos também vestiu a jaqueta do grupo,
num emocionado discurso, afirmando-se orgulhoso de ser montijense, enalteceu o
papel desempenhado pelos Amadores que com os seus quase 50 anos, muito têm
honrado e engrandecido o nome da terra, não só em Portugal como no estrangeiro.
No final, o presidente, agraciou o cabo
Ricardo Figueiredo e os antigos cabos António Sécio e Rogério Amaro. Pelo seu
apoio não só ao grupo como por tudo o que têm feito em prol da tauromaquia no
Montijo, Albino Bruno e o antigo forcado Mário Guarda, foram também
homenageados.
Mas as emoções não ficaram por aqui. Com
a sua viola, Pedro Vargas, que também vestiu a jaqueta dos Amadores, juntamente
com o guitarrista Sidónio, começaram a tocar o fado. Incentivado pelo som da
guitarra, num espontâneo, o antigo cabo Rafael Figueiredo surpreendeu todos os
presentes com os seus dotes de fadista. As ovações não se fizeram esperar,
lembrando o famoso fado "Forcado fadista", imortalizado por Fernando
Farinha.
Incentivados pela coragem do antigo
cabo, também cantaram Jorge Saraiva, João Pinto e o forcado Cláudio Bernardino.
Porque reza a história que fado e toiros sempre andaram ligados, o convívio dos
Amadores do Montijo não poderia ter terminado da melhor forma, numa singela e
espontânea homenagem a esta música que hoje é Património Imaterial da
Humanidade.