sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Se os outros calam... contamos nós!




Apesar do meu tempo e das tempestades, as hostes taurinas andam meio calmas e algo apagadas neste início de ano. Poucas novidades, mas muito "diz que disse" nos mentideros... grande expectativa entre a aficion...

O fim da era das "exclusivas", que foi também o fim da empresa "Campo e Praça", está na ordem do dia... mas o silêncio continua a ser de ouro e o respeito (e a amizade) de quem escreve (ou pensa que escreve...) por António Manuel Barata Gomes tem justificado, ao que se constata, a ausência de referências nos "sites da especialidade" a um caso que, jornalisticamente, tem importância e merece todo o interesse... Uma coisa é a amizade e o respeito que nos merece o sócio principal da desaparecida empresa e do projecto que se esvaziou, se calhar, por si próprio: outra coisa é a total ignorância dos mais básicos e elementares princípios - e obrigações - do exercício da actividade jornalística. Mas, infelizmente, a esmagadora maioria dos que hoje (pensam que...) escrevem de toiros, ao deus-dará, em tudo o que é sítio da internet, não sabem nem sonham da poda... E como as Carteiras Profissionais de Jornalista, hoje em dia, se conseguem nas embalagens da Farinha Amparo... valha-nos Deus, Nosso Senhor... O que ontem era super-importante (apareceu a "Campo e Praça"), hoje é pura e simplesmente ignorado (desapareceu a "Campo e Praça")...

A "Campo e Praça" desapareceu tal como tinha aparecido: em silêncio e sem explicar nada a ninguém. Desta vez, até, sem qualquer referência ao fim no "site dos sites" que, da outra vez (e depois se entendeu por quê...) se apressara a divulgar em grande "exclusivo" (mundial...) o nascimento da empresa...

Pelo meio, contam-se em surdina (ou nem tanto...) histórias de problemas (domésticos...) envolvendo casos que dizem respeito, apenas e só, à vida íntima de um dos sócios da famosa empresa que tanto deu que falar em 2013. Ninguém, aqui, aplaude o mal de ninguém. A hora deve ser de solidariedade e o que nos compete a todos é respeitar e dar força e ânimo a quem, apesar da aparente antipatia, nunca foi, como outros o foram, uma figura nefasta para a Festa. Força, homem!

Aos toureiros que estiveram ligados à "Campo e Praça", fica agora pela frente um caminho meio duro. O que ganharam em dinheiro, acabaram por perder em prestígio, toureando, na maior parte das vezes, em praças esvaziadas do interesse popular. O que vale é que, por cá, tudo se esquece a correr... E cada ano é um ano, como bem disse o "papá das exclusivas"João Salgueiro... Venha o de 2014! E depois se vê...

Vitor Ribeiro continua a ser a grande incógnita. Do grupo dos cinco "exclusivados", é o único que ainda não arrumou a casa e de quem não se sabe nada. Dizem que continua agora apenas com Caçoete e dizem também que se pode juntar a um outro apoderado. Fala-se em José Carlos Amorim, o último grande representante dos apoderados de outros tempos...

Feitas as contas, à empresa "Campo e Praça" o que faltou, principalmente, foi diálogo. E estratégia. Entrou e saíu em surdina, sem explicar ao que vinha e sem justificar por que se foi. Deu azo a mal entendidos e agora, dará azo a más interpretações. Barata Gomes e Caçoete continuam em silêncio. Sem ter ainda percebido que o marketing, para o bem e para o mal, é cada vez mais necessário...

Falta agora saber quem vai dar as corridas em Estremoz - e se a Câmara vai dar, por fim, uma oportunidade à Tertúlia Tauromáquica local. Quanto às restantes praças a que a "Campo e Praça" já não concorrerá, há empresas perfiladas. Em Coruche, joga em força a "Tauroleve" de Levesinho. Na Moita, o caminho está aberto para o regresso em força da "TopToiros" de Raimundo e Palhais. Se não houver novidades, claro...

O caderno de encargos para o aluguer da praça de toiros de Reguengos de Monsaraz está a deixar os empresários à beira de um ataque de nervos. "Nené" diz que já teve a praça alugada por mais dinheiro do que agora a Santa Casa exige (60 mil euros por três temporadas), mas isso foi "no tempo em que se ganhava dinheiro nos toiros", longe ainda dos anos da crise... Pode acontecer o que muitos esperam: não aparecerem candidatos em Reguengos...

Rui Bento "à beira" de apoderar João Moura Jr., que há cinco anos vem tentando ter como "manager" o gerente taurino do Campo Pequeno. No último domingo, jantaram os dois no Carregado. Bento pôs as cartas sobre a mesa e exigiu "mudanças" no "esquema" do jovem cavaleiro de Monforte. Moura ficou de ponderar e as arestas podem finalmente ser limadas já neste fim-de-semana...

Ventura à vista no Campo Pequeno! O "furacão" abriu a porta às negociações em declarações prestadas ao site "mundotoro"... e Rui Bento já manifestou hoje ao "Farpas" a sua "satisfação" pelas intenções do rejoneador. Ventura faz falta ao Campo Pequeno e o Campo Pequeno faz falta a Ventura. Já estou a antever um cartel de arromba na abertura da temporada... verdade, Rui?... Arrisco o meu prognóstico: Moura (pai), Pablo e Ventura! Que mais era preciso para esgotar Lisboa?...

Quem não arrisca, não petisca. E em 2014, com menos corridas anunciadas, o Campo Pequeno precisa de elencos ousados... para que não volte tudo a ser "mais do mesmo"...

O promissor cavaleiro David Gomes "mamou" dois troféus no último fim-de-semana: o do Concelho de Mourão e o do site de Maria João Mil-Homens. A sua esperada alternativa (onde e com quem) continua no segredo dos deuses...

Um exemplo que vem de Espanha: o matador de toiros José Maria Manzanares fechou acordo com a produtora audiovisual Globomedia, que passa a gerir a sua imagem publicitária. Os "tugas", esses não há meio de entenderem a importância e a necessidade do marketing... depois, queixem-se...

O anúncio oficial tarda a ser feito, mas o acordo está há muito fechado, como aqui temos vindo a noticiar: a empresa "Eventauro" apoderará o cavaleiro João Ribeiro Telles Jr. depois de se ter desligado de Moura Jr.

A Associação de Empresários tem novos dirigentes, mas Paulo Pessoa de Carvalho continuou na presidência, agora secundado por dois nome de peso, Ricardo Levesinho e Ferreira Paulo "Cachapim". O eborense não costuma brincar em serviço e também não manda recadinhos por ninguém: diz na cara o que tem a dizer. Ou muito me engano, ou vai finalmente haver ordem e vai-se separar o trigo do joio. Fica quem deve, vai para casa quem insiste em brincar às empresas... e alguns, até, com empresas que não existem oficialmente...

Logo na "sessão de abertura", os novos dirigentes da Associação de Empresários deixaram bem claro que não vão passar cartão às exigências de um pequeno grupo de bandarilheiros... e, como resposta, surgiu em alguns sites um comunicado assinado pelos "bandarilheiros no activo"... quais, quantos?...

Apesar de "anónimo"... e do pedido expresso de anonimato de quem o enviou (cala-te, boca!), alguns sites publicaram o comunicado. Os bandarilheiros-revolucionários tiveram medo de dar a cara?... E afinal o que queriam? Ninguém chegou a perceber bem...

Entretanto, os nossos bons bandarilheiros estão a passar-se de armas e bagagens para as quadrilhas de toureiros espanhóis... Primeiro foi o "Grenho", depois o Pedro Gonçalves, o "Juca", o Márinho Figueiredo, agora o Hugo Silva... qualquer dia, que será dos nossos toureiros?...

Lamentável, a todos os níveis, a polémica que tanta tinta tem feito correr nas revistas "del corazón", sobre quem é quem e que importância tem ou teve na vida do malogrado José Luis Gonçalves, sobre quem o visita e deixa de visitar na clínica onde se encontra, já sem esperanças de que recupere e volte a ser quem foi. Deviam estar todos caladinhos e respeitar a tragédia...

Fotos D.R.