Interior do Real Coliseu Portuense com o curro de toiros a lidar numa corrida à antiga portuguesa |
Tourada à antiga portuguesa no Real Coliseu Portuense |
Pormenor da assistência a uma corrida de toiros no Real Coliseu Portuense |
Quando liderou a Câmara Municipal do Porto, Rui Rio tomou a iniciativa de reproduzir em alguns espaços públicos e paredes da cidade pinturas ilustrativas de fotos relacionadas com locais históricos e edifícios emblemáticos, alguns dos quais já inexistentes, dando assim um contributo para a preservação da memória histórica e colectiva da Cidade Invicta. Entre esses antigos monumentos que foram recordados aos portuenses está a antiga praça de toiros da Rotunda da Boavista, que se denominava Real Coliseu Portuense e que foi um dos oito tauródromos que ali existiram. Foi construído em 1899 e tinha capacidade para 8.000 espectadores. A esta praça sucedeu a da Praça da Alegria (foto ao lado), construída em 1902 e que ardeu em 1926.
A cidade do Porto foi palco de inúmeros festejos taurinos durante a Idade Média, que decorreram com grande fervor nas ruas e praças da Invicta até ao Século XIX, mas que acabaram por desaparecer com o fim da Monarquia.
Além das já referidas praças de toiros na Rotunda da Boavista e na Praça da Alegria, existiram outras, nomeadamente em Vila Nova de Gaia (Serra do Pilar), Matosinhos e na Granja. Já no Século XX e ainda antes da implantação da República, houve duas outras praças de toiros no Porto, a da Areosa e a de Bessa, mas a sua história foi breve e existem poucos registos de actividade significativa nesses redondéis. Ainda se tentou erguer outra praça nas Antas, na actual Praça Velásquez, mas o projecto não saíu do papel. O Porto teve ainda praças de toiros em Cadouços, na Rua da Boavista e no Largo da Aguardente, mas as três desapareceram em menos de cinco anos, com fracas receitas e a falência das empresas que as geriram.
Posteriormente, nos anos 60, houve corridas de toiros, esporadicamente, no Pavilhão dos Desportos e a última ocorreu em 1993 numa praça desmontável no campo do Lima, marcada por distúrbios causados por populares "defensores dos animais".
Fotos D.R.