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| Numa foto recente durante uma entrevista à revista "Aplausos" |
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| Pepe Limeño gozou de grande carinho e popularidade em Sevilha, tendo saído quatro vezes consecutivas em ombros pela Porta do Príncipe, um feito até hoje nunca superado por outro toureiro |
Faleceu esta madrugada em sua casa em Sanlúcar de Barrameda (Espanha), vítima de prolongada doença, aos 79 anos de idade, o antigo matador de toiros e empresário José Martínez Ahumada "Pepe Limeño". Foi um dos toureiros importantes da sua época. Era filho de um modesto novilheiro que se anunciava como "Chocolate" e de uma grande aficionada.
Vestiu-se de luces pela primeira vez em El Puerto de Santa Maria em 21 de Outubro de 1950, cortando uma orelha e debutou com picadores em Sanlúcar a 10 de Agosto de 1952. Depois de vários êxitos como novilheiro (saíu em ombros na Monumental de las Ventas em 1959), tomou a alternativa na Real Maestranza de Sevilha em 29 de Junho de 1960, apadrinhado por Jaime Ostos, com o testemunho de Curro Romero, confirmando-a em Madrid em Maio de 1962 com Diego Puerta como padrinho. Foi um toureiro que desfrutou de um especial carinho por parte da aficion sevilhana, pois não foi em vão que saíu por quatro vezes consecutivas em ombros pela Porta do Príncipe, a primeira das quais em 1968, duas vezes em 1969 e mais uma vez em 1970 (foto ao lado), feito único e ainda não superado por ninguém, três delas depois de enfrentar toiros de Miura, uma ganadaria a que esteve muito ligado ao longo da sua carreira.
Pepe Limeño, cujas cerimónias fúnebres decorrerão amanhã em Sanlúcar de Barrameda, retirou-se das arenas em 1971, mas regressou de modo pontual em duas ocasiões, a última das quais em 1980, com 44 anos, quando na praça de El Puerto de Santa Maria concedeu a alternativa ao seu conterrâneo Manuel Rodríguez "El Mangui", cortando nesse dia a coleta.
Depois de abandonar definitivamente as arenas, foi empresário da praça de El Puerto de Santa Maria em 1987 e 1988 e exerceu até recentemente e ainda nesta temporada funções como vedor de toiros do empresário Simón Casas.
Fotos D.R./aplausos.es
