segunda-feira, 1 de junho de 2020

Todos ao Campo Pequeno a partir das 18 horas!

Lisboa amanheceu hoje com toureiros acorrentados à porta do
Campo Pequeno em protesto pela discriminação do Governo em
relação ao sector tauromáquico. Eles voltam a concentrar-se à
porta da "sua casa" das 18 às 21h30


Foi às 8h da manhã desta segunda-feira, dia 1 de Junho, que três dos mais importantes e conhecidos cavaleiros tauromáquicos, Luis Rouxinol, António Ribeiro Telles e Rui Fernandes e o antigo forcado José Luís Gomes, se acorrentaram à porta da praça de toiros do Campo Pequeno.
Os artistas tauromáquicos protestam pelo facto de terem sido reabertas todas as atividades e espectáculos culturais com a excepção da tauromaquia – que ficou excluída em virtude de uma discriminação por parte do Governo
Ao contrário do que a ministra da Cultura garantiu há uma semana, no Parlamento, de que todas as áreas culturais regressariam ao mesmo tempo, a tauromaquia foi a única excluída de retoma a partir de hoje.
Recorde-se que hoje à noite, vai acontecer o espetáculo de Bruno Nogueira no Campo Pequeno, que contará com a presença da ministra da Cultura e do primeiro-ministro, tendo também alguns orgãos de comunicação social anunciado a presença do Presidente da República
O protesto vai continuar a partir das 18h da tarde com uma concentração de alguns artistas e de acordo com todas as normas da DGS.
O sector tauromáquico sempre se disponibilizou para dialogar com o Governo e com a DGS para que nada obstaculiza-se a retoma dos espetáculos taurinos, a 1 de Junho. Nos últimos três meses, o primeiro-ministro, o Ministério da Cultura e a DGS nunca responderam aos apelos pedidos de reunião do sector. 
“Só podemos interpretar esta situação como forma de censura e discriminação, o que é inaceitável em pleno século XXI”, disse o secretário-geral da Federação PróToiro, Hélder Milheiro.
Há artistas e famílias a passar dificuldades e o Governo despreza o sofrimento destes trabalhadores e não os deixa trabalhar. O sector quer igualdade de tratamento perante a lei e a abertura urgente das praças de toiros.
“Esta situação é intolerável e vamos mobilizar todos os recursos para o fim desta situação de discriminação arbitrária. A cultura não se censura”, afirma Nuno Pardal, presidente da Associação Nacional de Toureiros.

Fotos D.R.