O veterano e valoros bandarilheiro Luís Miguel Gonçalves assinala este ano o 35º aniversário da sua alternativa. Recebeu-a em 1985 na Feira da Moita das mãos de José Tinoca
Luis Miguel Gonçalves (fotos) estreou-se com apenas 8 anos na Monumental "Celestino Graça", em Santarém, numa garraiada de Carnaval, espectáculos onde em tempos idos os toureiros começavam a dar os primeiros passos. E assim aconteceu também com Luís Miguel, sob a supervisão de seu pai, o saudoso e recordado bandarilheiro (que depois de se retirar foi um competente director de corrida) Joaquim Gonçalves, do qual foi colhendo ensinamentos, evoluindo, aperfeiçoando-se durante a sua juventude.
Santarém volta mais tarde a ser palco de mais um passo importante na sua trajetória, onde em 1982 presta provas para bandarilheiro praticante diante de um toiro de Simão Malta.
A 11 de Setembro de 1985, na Feira Taurina da Moita recebe a alternativa de bandarilheiro, tendo como padrinho José Tinoca e com toiros do Dr. Brito Paes. Logo nesse ano Luís Miguel Gonçalves deu nas vistas ao conquistar o troféu para o melhor par de bandarilhas da feira.
Ao longo destes trinta e cinco anos de alternativa integrou quadrilhas de grandes figuras de Portugal e Espanha, entre as quais as de muitos matadores do país vizinho que actuavam por cá, como Francisco Ruiz Miguel, "Niño de la Capea", "Espartaco" e "El Soro". Saiu às ordens dos mais importantes matadores de toiros portugueses, os Maestros Mário Coelho e Vítor Mendes, José Luís Gonçalves e Pedrito de Portugal.
Foram também muitos os cavaleiros que ao longo da sua trajectória contaram com o seu enorme profissionalismo como peão de brega, tais como o saudoso Gustavo Zenkl, Manuel Jorge de Oliveira, José Manuel Duarte, Ana Batista, Vítor Ribeiro e ultimamente Marcelo Mendes, entre outros.
Ao longo da sua extraordinária carreira, Luís Miguel Gonçalves tem conquistado nas arenas importantíssimos troféus, destacando-se como um dos melhores bandarilheiros que pisam as arenas, tendo deixada a sua arte marcada em muitos países, como Espanha, França, Estados Unidos ou Venezuela.
Fotos Emílio de Jesus/Arquivo e D.R.
