Depois do Presidente da República ter ontem deixado em aberto a possibilidade de o Governo avançar para o "confinamento local", não abrindo por completo os concelhos onde se registe maior média cumulativa de casos de infecção por covid-19, o país espera pela comunicação, hoje, depois do Conselho de Ministros, do primeiro-ministro António Costa - que apresentará as novas medidas do plano de desconfinamento para a nova fase que se inicia na próxima segunda-feira, 19 de Abril.
Na segunda-feira, Portugal entra no seu o 15.º Estado de Emergência no contexto de pandemia de covid-19 e as medidas que António Costa anunciará hoje irão traduzir "um justo equilíbrio" entre desconfinamento e restrições, ou mesmo de suspensão do processo de reabertura, nas zonas mais atingidas pela covid-19, declarou ontem ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, no debate sobre a prorrogação do Estado de Emergência, no Parlamento.
O plano de desconfinamento do Executivo prevê quatro fases de reabertura - duas já avançaram em 15 de Março e 5 de Abril - , a próxima será na segunda-feira, 19 de Abril, e a última em 3 de Maio.
As medidas podem ser revistas se Portugal ultrapassar os 120 novos casos de infecção com o novo coronavírus por 100 mil habitantes em 14 dias ou, ainda, se o índice de transmissibilidade (Rt) do vírus SARS-CoV-2 ultrapassar 1 - o que se tem verificado nas últimas semanas.
Na próxima segunda-feira está previsto o regresso das aulas presenciais no ensino secundário e no superior, a reabertura de todas as lojas e centros comerciais, bem como de cinemas, teatros, auditórios e salas de espetáculos, onde se incluem as praças de toiros.
Deverão também reabrir os restaurantes, cafés e pastelarias, embora com um máximo de quatro pessoas nas meses no seu interior ou seis, por mesa, em esplanadas. Estarão abertos até às 22h00 durante a semana ou 13h00 ao fim-de-semana e feriados.
Estas são algumas das aberturas que estão previstas - mas que podem via a ser adiadas para 3 de Maio. Aguardemos pela decisão do Governo.
Muitos empresários tauromáquicos esperam com justificada ansiedade pela comunicação ao país do primeiro-ministro. Já há cartéis montados e projectos na calha.
Foto D.R.
