sábado, 17 de julho de 2021

Director de corrida assume a culpa: ontem em Moura esqueceram minuto de silêncio em memória de João Cortesão...

Lamentavelmente, a memória de João Cortesão ficou ontem esquecida na primeira das duas corridas da mini-feira em Moura. Não houve ao início da função o minuto de silêncio que se impunha em sua homenagem.

A chamada de atenção para o triste esquecimento foi dada na rede social Facebook por Marco Gomes na sua página "Ramagens, Ouro e Prata", a que se sucederam diversos comentários de aficionados lamentando o sucedido.

Um dos comentários era precisamente de Domingos Jeremias, que foi ontem o director de corrida na praça de Moura e que teve a hombridade de assumir o erro/esquecimento.

"Lamento muito este meu 'esquecimento' e por esse motivo já falei com o Jaime Cortesão a pedir desculpa a ele e à família. No entanto, o que me deixa um pouco mais tranquilo é que sempre homenageei o Sr. João Cortesão em vida, dando-lhe toda a atenção, respeito e o devido carinho que ele merecia. Mesmo não sendo competência do director de corrida, devia ter sido eu a alertar para essa decisão e é aí que entra a minha culpa. Aproveito também para pedir desculpa a todos os aficionados", escreveu Domingos Jeremias, revelando, ao contrário de outros, uma enorme nobreza de carácter.

A corrida de ontem em Moura não deixou muita história. O toiro de Murteira Grave ganhou o prémio de bravura e o de São Martinho o de apresentação. O troféu para a melhor pega foi merecidamente conquistado por Valter Rico, cabo do Real Grupo de Moura, pela pega ao sexto toiro, o de Grave. Pegas duras e valentes pelos forcados dos três grupos. Além dos anfitriões, que estão a comemorar o seu 50º aniversário, pegaram os do Ribatejo e os de São Manços.

Sem história as lides de Moura Caetano e de Miguel Moura. Quem marcou a diferença, demonstrou raça e atitude e esteve em plano de triunfador-maior foi Manuel Telles Bastos.

Amanhã, domingo, Moura terá a segunda corrida, às 21h30, com um curro de Murteira Grave, os cavaleiros Luis Rouxinol e Marcos Bastinhas, o rejoneador Andrés Romero e os grupos de forcados Real de Moura e de Beja.

Foto Maria Mil-Homens