Bandarilheiro Duarte Alegrete foi o toureiro que mais vezes actuou este ano entre nós (58). Marcos Bastinhas foi o cavaleiro que liderou o ranking dos cavaleiros (45 actuações) |
A Federação PróToiro apresentou hoje "as contas" da temporada, isto é, os números oficiais de actuações de artistas e promoções de empresas, a que chamou "os rankings da tauromaquia portuguesa" neste ano de 2022.
O bandarilheiro Duarte Alegrete foi o toureiro que mais vezes actuou em 2022, somando o recorde de 58 actuações, enquanto que o cavaleiro Marcos Bastinhas liderou a sua categoria com 45 presenças em praças nacionais, quase o dobro das de Luis Rouxinol e João Salgueiro da Costa, que se classificaram ambos na segunda posição com 27 cada um. Mas vamos aos números.
Bastinhas foi o cavaleiro de alternativa que mais festejos somou nesta temporada (45), seguido por Luis Rouxinol e João Salgueiro da Costa (ambos com 27), Luis Rouxinol Júnior (24), Miguel Moura (22), o rejoneador espanhol Andrés Romero e Manuel Telles Bastos (ambos com 21), João Moura Júnior (20), Rui Salvador, João Moura Caetano e João Ribeiro Telles (19 cada).
No que respeita aos matadores de toiros portugueses e estrangeiros que este ano actuaram entre nós, Joaquim Ribeiro "Cuqui" e João Silva "Juanito" (6 actuações cada) lideram a lista, seguidos por Manuel Dias Gomes (4), António João Ferreira e João Diogo Fera (3 cada), António Ferrera, Emílio Laserna e Morante de la Puebla (2 cada) e, com uma única presenças em arenas nacionais: Álvaro Lorenzo, Curro Díaz, Daniel Luque, David Miranda, "El Dani", "El Juli", José Garrido, Manuel Escribano, Manuel Perera, Michelito Lagravere, Oliva Soto e Pepe Moral.
Os Amadores de Vila Franca foram o grupo de forcados que mais vezes actuou em Portugal (24), seguindo-se os grupos de Montemor e Ribatejo (18 cada), Évora, São Manços e Real de Moura (17), Coruche (16), Santarém (14), Académicos de Elvas (13), Alcochete, Aposento da Moita e Monsaraz (12).
Passando para a classe de cavaleiros praticantes, António Ribeiro Telles (filho) ficou em primeiro com 21 actuações, seguido por Tristão Telles Guedes de Queiroz (20), Paco Velásquez (13), Mara Pimenta e Joaquim Brito Paes (11 cada, tendo o segundo somado depois mais corridas já com a alternativa), Diogo Oliveira (7), António Núncio (4, somando mais já com a alternativa), Duarte Fernandes (3 em Portugal e 12 no estrangeiro, o que totaliza 15 e lhe dá assim a primazia do terceiro posto no ranking desta categoria) e Paulo D'Azambuja (1).
Diogo Peseiro, com duas actuações contabilizadas, se bem que tivesse toureado muito mais festejos em Espanha e França, ficou em primeiro na categoria de novilheiros, seguido por João D'Alva, a que também a PróToiro regista apenas uma actuação, embora tivesse tido mais além-fronteiras.
Gonçalo Alves (5 actuações) e Filipe Martinho (2) são os únicos novilheiros praticantes referidos nas "contas" da PróToiro.
Quanto aos bandarilheiros, o que mais vezes toureou foi Duarte Alegrete, contabilizando 58 actuações, sendo portanto o toureiro que mais actuou este ano em arenas nacionais, seguido por Pedro Paulino "China" (54), Diogo Malafaia (52), João Bretes e João Oliveira (49 cada), Ricardo Alves (45), Nuno Oliveira (44), Miguel Batista (43), Gonçalo Veloso (42) e Jorge Alegrias (41, mais duas no estrangeiro).
Na categoria de bandarilheiros praticantes, a primeira posição é de Miguel Maltinha (34 actuações), seguido por Fernando Fetal (30), Francisco Honrado (28), Francisco Marques "Robleño" (18), Diogo Fernandes (17), Luis Silva e Sérgio Nunes (12 cada), Mariano dos Santos (11), Rodrigo Recatia (8) e Diogo Damas (4).
A "Palha Blanco" de Vila Franca de Xira foi a praça onde se realizaram mais espectáculos taurinos em 2022 (13), seguindo-se as de Angra do Heroísmo na Ilha Terceira (7), Moita e Alcochete (6 em cada), Montijo, Nazaré e Évora (5 em cada), Coruche, Campo Pequeno, Mourão e Barrancos (4 em cada).
Quanto a ganadarias, a de Passanha liderou com o recorde fantástico de 91 toiros lidados esta temporada em arenas nacionais. Seguem-se as ganadarias Palha (76), Murteira Grave (69), Canas Vigouroux (60), Santa Teresa (59), Couto de Fornilhos (54), Passanha Sobral (49), Veiga Teixeira e Nuñez de Tarifa (45 cada, sendo de referir que a segunda, embora propriedade de ganadero espanhol, pasta e está registada em Portugal), Guiomar Cortes de Moura/Luis Terrón (45), Casa Prudêncio (36), Paulo Caetano e Francisco Romão Tenório (35 cada).
No que respeita a ganadarias que mais lidaram no estrangeiro, liderou a de Santa Teresa com 56 toiros, seguida pelas de Guiomar Cortes Moura (48), Couto de Fornilhos (45), Nuñez de Tarifa (45), Passanha Sobral (30), Murteira Grave (28), Santa Maria (24), Francisco Romão Tenório (20), David Ribeiro Telles (18), Álvaro Nuñez, Voltalegre e Condessa de Sobral (17 cada).
Por fim, os números referentes aos produtores de espectáculos (empresários), tendo sido a empresa RACG a que mais festejos organizou, um total de 28. Um parêntesis para esclarecer que esta empresa RACG (iniciais dos nomes do empresário Ricardo Levesinho, de de sua Mulher Ana Pimenta e de seus filhos Carolina e Gonçalo) é a empresa que todos conhecemos pelo nome de Tauroleve (marca da RACG).
Em segundo lugar ficou a empresa Ovação e Palmas de Luis Miguel Pombeiro (20 espectáculos que foram todos corridas de toiros), a Toiros & Tauromaquia de Margarida e António José Cardoso (15), José Charraz e Tiago Graça (10), Tertúlia Óbvia de João Anão Madureira e José Luis Zambujeira (9), Luis Pires dos Santos, Rafael Vilhais, NEPE (Évora) e Toiros com Arte (6 cada), Doses de Bravura (Rui Bento), Sociedade Campinas (José Luis Gomes) e António Pedro Vasco (5 cada).
Fotos M. Alvarenga