sábado, 9 de novembro de 2024

Toda a Verdade sobre o final infeliz do festival da Golegã

Falta de inspecção à praça de toiros portátil, falta de inspecção dos curros na Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária, e falta do seguro dos forcados terão sido os tais "incumprimentos por parte da pessoa a quem foi cedida a organização do evento" referidos ontem por Nuno Matos no comunicado da sua empresa Ritmo Conveniente - e que levaram a Inspecção-Geral de Actividades Culturais (IGAC) a não autorizar a realização do festival que estava agendado para a tarde deste sábado na Golegã.

Damos à estampa o email enviado ontem, sexta-feira, às 15h33, pela IGAC à empresa Ritmo Conveniente, dando conta de que "na sequência do pedido apresentado a esta Inspecção-Geral, relativamente ao espectáculo tauromáquico em epígrafe (Festival Tauromáquico na Golegã dia 9 de Novembro), informamos que não foram reunidas as condições exigidas para que a Inspecção-Geral das Actividades Culturais possa licenciar o mesmo".

"Neste sentido, o espectáculo mencionado não tem autorização para ser realizado" - conclui o documento oficial da IGAC enviado ontem à empresa de Nuno Matos, que era - e depois deixou se o ser - a promotora do festival.

Esta é a verdadeira - e única - razão pela qual não se realizou o festival esta tarde na Golegã. Tudo o mais, incluindo a peixeirada e o lavar de roupa suja a que se assistiu durante o dia nas redes sociais, procurando fazer crer que houve boicotes, conluios secretos e conspirações de gente perigosa para inviabilizar a realização do festejo (com um cartel-salganhada mais ou menos impróprio para consumo), são, apenas e só, historietas da Carochinha...

Historietas da Carochinha que constituem mais uma fortíssima e muito desagradável machadada na credibilidade da tauromaquia, como referiu ontem a Associação Portuguesa de Empresários Tauromáquicos (APET), mas não só: elas retratam também a falta de nível e a total ausência de categoria que grassam neste Portugalzinho das Toiradas...

E nós a lembramo-nos dos tempos em que os Senhores da Festa se chamavam Manuel dos Santos, Américo Pena, José Cardal, Alfredo Ovelha, Nuno Salvação Barreto, José Lino, Manuel Gonçalves, José Agostinho dos Santos, Rogério Amaro, António Manuel Cardoso e tantos outros.

Tempos de fidalguia e seriedade, de categoria e de nível. Nada a ver com a Porcalhota destes tempos. 

Ainda há quem consiga ser - ou parecer - aficionado num bairro de barracas como este?

Credo, cruzes, canhoto!

Foto D.R.