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| Sereno e tranquilo |
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| Aqui com o cavalo das "mordidelas"... |
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| Com o cavalo "Mancha Branca" |
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| Não era fácil o seu primeiro toiro, mas Miguel deu-lhe a volta |
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| Toureio-emoção do jovem Moura empolgou público espanhol |
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| Miguel Moura com o "descabelho" no primeiro toiro que matou em Espanha |
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| Um bom ferro do desembaraçado Iván Magro |
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| J. Ganhão esteve diligente e oportuno na brega |
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| Gonçalo Simões também coadjuvou as lides de Miguel Moura - e bem |
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A primeira (e histórica) orelha cortada em Espanha. Toledo, 18 de Agosto de 2012, fica na história da carreira de Miguel Moura |
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Foi assim, pisando terrenos de compromisso, que Miguel Moura mostrou ontem aos espanhóis que não veio para "ser mais um"... |
Miguel Alvarenga - Por ausência de repórteres fotográficos (estava eu e uma jornalista espanhola), hão-de ficar para a história estas fotos como
"das únicas" do dia em que o jovem cavaleiro
Miguel Moura debutou em
Espanha - ontem na praça de
Toledo.
Repartindo cartel com o espanhol
Iván Magro - desenvolto rejoneador de
Aranjuez que integra o
"montão" da divisão secundária, mas que se evidenciou desembaraçado e com noção, bem montado e arrojado, dando volta ao ruedo no primeiro toiro e cortando uma orelha no segundo, por certeiro rojão - e com seu irmão
João Moura Júnior, o grande triunfador da corrida (
não perca as fotos já a seguir),
Miguel Moura acusou ontem algum nervosismo inicial, natural, por se tratar da sua estreia entre
nuestros hermanos, mas nem por isso deixou os seus créditos por mãos alheias, tal como sucedeu também anteriormente na sua estreia em
França, em que saiu aos ombros com o irmão
João e com
Pablo Hermoso de Mendoza. Desta vez, porém, não conseguiu alcançar essa
honraria.
"O que me preocupa é o matar...", dizia-me antes da corrida. E os nervos acompanharam-no, de facto, na hora da sorte suprema. Matou o seu primeiro toiro em terra, com o
"descabelho". Já mais desontraído e sem o peso da actuação inicial,
despachou o segundo de um valente
"rejonazo", pena que não fosse logo ao primeiro intento, cortando uma orelha que, por ser a sua primeira em
Espanha, fez questão de guardar e levar consigo, em lugar de a atirar ao público, como é usual os toureiros fazerem.
A tourear, absolutamente nada a apontar. Frente a toiros de
Castillejo de Huebra, com trapio, excelente apresentação e
"entrega", transmitindo, mas
"arreando" e não perdoando descuidos, o mais jovem dos
Mouras esteve em plano superior, lidando com técnica e saber, cravando com emoção e rematando as sortes com graça e arte.
Que é bom toureiro já todos o sabemos. Mas em Espanha há que matar. E com o tempo, lá chegará... se não sair à costela paterna, convém frisar. A
Dinastia Moura tem agora mais um digno representante em
Espanha. Surgido no ano em que seu irmão
João se consagrou em definitivo entre os primeiros. Não vai ser fácil, convenhamos, ao jovem
Miguel chegar onde o irmão já chegou e ao
palmarés ou ao lugar onde seu Pai ainda hoje é lembrado e respeitado por todos. Mas
Miguel tem todas as qualidades e todo o sangue
Moura para subir os degraus um a um. Até final desta temporada, tem cerca de dez corridas agendadas em
Espanha. À procura de assegurar um posto no
"circuito" dos eleitos. Ontem em
Toledo deixou
"escrito" que também lá pode chegar.
Fotos M. Alvarenga