sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Tertúlia Tauromáquica Setubalense com ordem de despejo e com espólio em risco

António Ferreira, presidente e um dos fundadores da Tertúlia Tauromáquica
Setubalense, fotografado pelo "Diário da Região" na sede da instituição
António Ferreira, o histórico presidente da TTS, num dos almoços de comemoração
do aniversário da instituição, habitualmente realizados no restaurante "O Quintal",
em Setúbal, aqui premiando o Maestro Paulo Caetano

A Tertúlia Tauromáquica Setubalense, instituição fundada em 14 de Fevereiro de 1974, continua em risco de não conseguir preservar o seu espólio, com mais de 40 anos, noticia o "Diário da Região Setubalense".
Com sede fixada no número 7 da Travessa Gaspar Agostinho, na cidade de Setúbal, a TTS foi informada em Outubro pelo proprietário do prédio, que não poderia permanecer no apartamento cedido, em mecenato, há vários anos para as actividades da tertúlia, adianta o jornal.
O despejo estava agendado para o passado dia 31 de Outubro, mas o actual proprietário que adquiriu o prédio, uma associação dedicada à actividade agrícola, não quis colocar todo o espólio da tertúlia em risco e tem aguardado por soluções, na esperança que a instituição venha a ser apoiada pela autarquia e todo o seu espólio colocado noutro lugar.
“Uma sala na praça de toiros 'Carlos Relvas' seria o ideal para nós”, referiu António Ferreira, presidente e um dos fundadores da Tertúlia Tauromáquica Setubalense, ao jornal "Diário da Região".
António Ferreira afirma já ter contactado a autarquia, no sentido de “procurar apoio para um novo espaço, sem custos”. Um local onde seja possível colocar o espólio da associação, “que é representativo da história da tauromaquia, não só de Setúbal, mas de todo o distrito”. Mas até ao momento, adianta o jornal, não foi possível obter qualquer resposta.
O actual proprietário, que pretende ocupar o apartamento para instalar o escritório da sua empresa, continua à espera de uma solução por “não querer deixar a Tertúlia sem tecto”, mas o facto é que “precisamos avançar”, comenta Vanda Lopes, da empresa agrícola.
Vanda Lopes esclarece que “tem sido esperada alguma solução de apoio, por parte de algum mecenas, mais que não seja para preservar o espólio em algum lugar. Porque, neste momento já não sabemos o que esperar nem o que fazer mais por esta associação”.

Fotos "Diário da Região Setubalense" e Fernando Clemente