segunda-feira, 22 de julho de 2019

Emoção na homenagem a Joaquim Bastinhas no sábado em Évora

Casaca e tricórnio de Joaquim Bastinhas expostos anteontem na praça de Évora
durante a corrida
Helena Nabeiro Tenório emocionada no momento em que se recordou o marido
Da esquerda para a direita: João Fortunato, João Pedro Oliveira, Guillermo
Hermoso de Mendoza, Marcos Bastinhas, Pablo Hermoso de Mendoza, o ganadero
Diogo Passanha e o maioral da ganadaria, José Bento
Miguel Alvarenga recordou em breves e sentidas palavras a carreira de glória
de Joaquim Bastinhas
Os intervenientes na corrida fotografados com os cinco empresários da praça de
Évora, Margarida Cardoso, Carlos Ferreora, Francisco Mendonça Mira, António
Alfacinha e António José Cardoso
Marcos Bastinhas já com a casaca de seu pai nas mãos,
depois de ter descerrado o cartaz, ladeado por Guillermo
e Pablo Hermoso de Mendoza. Em baixo, recebendo de
Guillermo uma lembrança por esta data, que constituiu
também a sua estreia em arenas portuguesas


Emoção, lágrimas e muitas recordações na noite de sábado em Évora, onde a empresa Arena Eborense prestou homenagem à memória de Joaquim Bastinhas, que ali recebeu (na praça antiga, antes das obras de remodelação do espaço) a sua alternativa há 36 anos, apadrinhado pelo saudoso Mestre Batista, com o testemunho de João Moura.
Uma casaca preta e ouro e o tricórnio do Maestro Bastinhas permaneceram toda a corrida expostos junto à Banda e aos olhos de todos os aficionados que anteontem esgotaram a lotação da praça.
Ao início da corrida e antes das cortesias, com os três cavaleiros - Pablo Hermoso, Marcos Bastinhas e Guillermo Hermoso, que fez a sua estreia em Portugal -, os cabos dos dois grupos de forcados - João Pedro Oliveira (Évora) e João Fortunato (São Manços) - e o ganadero Diogo Passanha e o seu maioral na arena, Miguel Alvarenga recordou, desde a trincheira, em breves e sentidas palavras, a trajectória de glória de Joaquim Bastinhas nas arenas.
"Foi nesta praça, na antiga, que Joaquim Bastinhas escreveu há 36 anos a primeira página de um livro que viria a ser dos mais bonitos e dos mais marcantes da História da Tauromaquia. Ele foi mais que um grande toureiro, foi um ídolo de Portugal e dos portugueses, uma bandeira, um estandarte do mundo tauromáquico", afirmou Miguel Alvarenga.
"Deixou-nos de forma prematura no último dia do ano passado, mas estará sempre entre nós. Deixou-nos, mas nós jamais o deixaremos!", acrescentou, sob fortes aplausos do público, que se associou a tão emotivo momento de recordação.
Lamente-se apenas o facto de esta homenagem ter tido também como cenário, na arena, a presença de automóveis - que ali estavam a publicitar uma marca e que deveriam ter sido retirados antes de um acto com a solenidade deste.
A seguir, no páteo de quadrilhas, foi descerrado por Marcos Bastinhas o cartaz desta corrida em acrílico, que ali perpectuará esta data e esta grande homenagem a um toureiro que foi grande e entre os grandes foi o maior.

Fotos Maria Mil-Homens e M. Alvarenga