segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

Os vencedores: tributo à memória do forcado Manuel Trindade abriu a última Gala da Tauromaquia

Os pais do saudoso Forcado Manuel Trindade, na foto com João
Quintella, na grande homenagem que abriu a Gala da Tauromaquia

Miguel AlvarengaA V Gala da Tauromaquia, uma noite de glamour e esplendor que este sábado teve lugar no Restaurante Kais, em Lisboa, com a lotação da sala esgotada (mais de 500 pessoas presentes), iniciou-se com um momento de solenidade, de solidariedade e de saudade - em homenagem à memória do jovem forcado Manuel Maria Trindade, do Grupo de São Manços, que morreu com 21 anos a pegar um toiro em Agosto na arena do Campo Pequeno.

Para homenagear os pais do malogrado Manuel Maria, Pedro e Alzira Trindade, subiu ao palco e juntou-se aos apresentadores João Lucas e Margarida Calqueiro, o antigo forcado e consagrado pintor João Quintella (presidente do Real Clube Tauromáquico Português), autor dos fantásticos quadros que foram, um ano mais, os prémios entregues aos triunfadores, também ele vítima da mesma dor por que passou este casal - em 2017, na praça de toiros da Moita, também colhido por um toiro, perdeu a vida seu filho Fernando Quintella, recordado forcado dos Amadores de Alcochete.

Foram exibidos alguns videos de actuações de Manuel Trindade, que os presentes aplaudiram com emotivas ovações, as mesmas com que depois brindaram os pais do forcado - que agradeceram, comovidos, este bonito tributo à memória de seu filho.

Posteriormente, já em fim de festa, o forcado Francisco Cabaço, do Grupo de Santarém, eleito pelo público como melhor forcado da temporada, fez questão de oferecer o seu quadro, o seu troféu, aos pais de Manuel Trindade, dedicando desta feita a sua distinção à memória do companheiro dos Amadores de São Manços.

E se a Gala da Tauromaquia - que, como anteriormente aqui explicámos, terá sido a última levada a efeito pela equipa que a criou há cinco anos e que esteve formada pelos pioneiros Francisco Mendonça Mira, Nuno Santana e Diogo Toorn (a que se juntaram depois outros voluntários, entre os quais João Lucas, Margarida Calqueiro e Miguel Ortega Cláudio) - se iniciou com uma homenagem póstuma ao forcado Manuel Trindade, terminou também com outro emotivo momento de saudade, lembrando todos os homens do mundo tauromáquico que nos deixaram este ano. Vamos aqui recordá-los, também em jeito de homenagem às suas nunca esquecidas memórias:

Os forcados Evandro Maria (Aposento da Moita), José Baião (Cascais), João Caeiro (Monsaraz), Engº João Dotti (Santarém), António Grade (Cascais), José Pedro Suspiro (Vila Franca), Martim Marques (Lisboa), José Polignac de Barros (Montemor), Manuel Trindade (São Manços), Carlos Galamba (Lisboa), Joaquim Maria Mendes (Aposento da Chamusca), Carlos Garcia (Santarém), Rui Souto Barreiros (Ribatejo) e António Castelão (Amad. Chamusca);

Os empresários José Cardal e Rui Domingues;

Os toureiros João Miranda, Zeca Fernandes, Rafael Peralta, Ramón Serrano, Rafael de Paula e Álvaro Domecq Romero;

Os ganadeiros Titá Vinhas, Luis Vinhas, João Vicente Saldanha (Marquês de Rio Maior) e Mariana Palha;

O maioral/campino Joaquim Carlos dos Santos (ganadaria Palha);

Os taurinos José Serrão de Faria (pintor), Luis Azevedo (fotógrafo), Luis Alberto Ferreira (jornalista), Maria Margarida Crato de Castro (Mulher do saudoso cavaleiro José João Zoio), Isabel Rilvas (sócia de honra da Real Tertúlia D. Miguel I, avó de Leonardo Mathias, a primeira Mulher páraquedista), Arménio Morais (médico) e Eduardo Arimateia (aficionado).

E agora os triunfadores!

Concorde-se ou não (alguns são os mesmos há cinco anos...), o júri decidiu, está decidido. E depois o público votou, está votado! Nada a acrescentar.

Na categoria de bandarilheiro/peão de brega, Duarte Alegrete foi o triunfador do júri e João Prates "Belmonte" o eleito pelo público. Estavam nomeados António Telles Bastos (que não esteve presente), Benito Moura, Duarte Alegrete, João Ferreira, João Pedro Silva "Açoreano" (também não esteve presente), João Prates "Belmonte", João Bretes e Joaquim Oliveira.

Os dois primeiros prémios da noite foram entregues por Bernardo Mendia, secretário-geral da Federação ProToiro, havendo a destacar o facto de "Belmonte" ter feito questão de dedicar esta distinção ao cavaleiro a cuja quadrilha pertence, João Moura Caetano.

Na categoria de novilheiro, Tomás Bastos arrecadou os dois prémios, o do júri e o do público, tendo recebido os quadros das mãos da socialite Lili Caneças, que fez um emotivo discurso recordando as suas raízes como aficionada e o seu gosto pelo espectáculo tauromáquico.

Na categoria de novilheiro estavam ainda nomeados o espanhol Javier Zulueta (ausente) e os portugueses Eduardo "Chibanga", João Fernandes e Vicente Sánchez.

Quanto ao cavaleiro praticante/amador (o prémio abrangia as duas categorias) foram vencedores Duarte Fernandes (eleito pelo júri) e o luso-mexicano André Gonçalves (eleito pelo público), ambos ausentes. Como já aqui noticiámos, Duarte Fernandes estava à mesma hora a receber em Roa de Duero (Burgos) o prémio com que foi distinguido como melhor cavaleiro da feira taurina local; e André Gonçalves estava a tourear em Tlaxcala, no México, onde obteve um triunfo memorável.

O prémio de Duarte foi recebido por seu pai, João Marques, enquanto que o de André foi entregue a Henrique Lázaro, conhecido aficionado de Alcácer, pai de um forcado do Grupo de Montemor e amigo da família do jovem cavaleiro/rejoneador. Os dois quadros foram entregues aos representantes dos cavaleiros galardoados pelo antigo cavaleiro Mateus Prieto, em cujo Pavilhão Dr. Miguel Quina, por si gerido, foram apresentados na Feira da Golegã os nomeados desta Gala da Tauromaquia.

Além destes, estavam nomeados os cavaleiros praticantes Francisco Maldonado Cortes (não esteve presente), Tomás Moura e Vasco Veiga.

Na categoria de forcado, foram vencedores José Maria Cortes Pena Monteiro, dos Amadores de Montemor, eleito pelo júri; e Francisco Cabaço, dos Amadores de Santarém, eleito pelo público.

Estavam ainda nomeados os forcados António Cortes Pena Monteiro (cabo dos Amadores de Montemor), Francisco Graciosa (cabo dos Amadores de Santarém), Guilherme Dotti (Vila Franca), João Cristóvão (Évora), João Prates (cabo dos Amadores de Coruche) e Miguel Faria (Vila Franca).

No que à melhor empresa diz respeito, foram vencedoras a Doses de Bravura, de Rui Bento e seus filhos (gestora das praças da Figueira da Foz, Nazaré e Almeirim), eleita pela júri; e a associação Reguengos Aficion (eleita pelo público), formada na maioria por antigos forcados locais e que pela primeira vez geriu com rigor e brilhantismo a praça de Reguengos de Monsaraz

Subiram ao palco todos os membros da associação de Reguengos e em representação da empresa Doses de Bravura foi ao palco Rui Pedro Cordeiro, filho de Rui Bento, que agradeceu a distinção do júri e fez questão de agradecer também a todos os seus familiares membros da empresa, especialmente a seu pai, e a todos os colaboradores, assim como a todos os toureiros, forcados e ganadeiros que integraram os seus cartéis, fazendo uma referência especial a Morante de la Puebla, que marcou a temporada com a sua memorável e inesquecível presença na corrida de abertura da temporada na carismática praça da Nazaré.

Estavam também nomeadas as empresas de José Maria Charraz (gestor de várias praças, entre as quais as do Campo Pequeno em parceria com Luis M. Pombeiro, e as de Moura, Montemor-o-Novo, Beja e Cuba); a Associação "Sector 9" (Santarém); e a Toiros & Tauromaquia (Alcochete e Estremoz). Todos os seus representantes estiveram presentes.

Como melhor ganadaria, foi vencedora a de Murteira Grave, que ganhou os dois prémios, o do júri e o do público. Estavam também nomeadas as ganadarias de António Raul Brito Paes (presente), Canas Vigouroux (ausente), David R. Telles (nenhum representante presente), Fernandes de Castro (esteve presente o seu representante Hugo Branquinho, mas os ganadeiros não), Palha (ausente), Passanha (ausente) e Veiga Teixeira (ausente).

No que ao melhor grupo de forcados concerne, foram vencedores da noite os Amadores de Vila Franca de Xira (prémio do júri) e os Amadores de São Manços (prémio do público). 

Os prémios foram entregues aos respectivos cabos, Vasco Pereira e João Fortunato, por Rui Cardoso, deputado do partido Chega, o mais jovem deputado desta legislatura no Parlamento, que foi toureiro amador na extinta Academia de Toureio do Campo Pequeno e que fez um dos mais vibrantes e emotivos discursos da noite manifestando o apoio do seu partido à Tauromaquia, depois de o Chega ter apresentado na Assembleia da República uma proposta que visava trazer de volta as transmissões de corridas de toiros à RTP, através da revisão do contrato de concessão ao canal estatal, que as abolira em 2015, proposta essa inviabilizada, que fique bem claro, pelos votos contra do PSD, do Livre e do PAN. Adiante...

Estavam também nomeados os grupos de forcados Amadores de Alcochete, do Aposento da Moita, de Évora, de Lisboa, de Montemor e de Santarém - que, ao contrário do que aconteceu com muitos dos nomeados noutras categorias, estavam todos presentes e representados não apenas pelos respectivos cabos, como por muitos outros elementos.

Abro aqui um parêntisis para destacar que, também ao contrário de cavaleiros, matadores, ganadeiros, etc., os forcados, últimos românticos da Festa, voltaram a manifestar a sua consideração e o seu apoio a esta importante promoção dos "Três Mosqueteiros" Francisco Mira, Nuno Santana e Diogo Toorn. Além dos grupos nomeados, vimos na sala mesas compostas por outros grupos de forcados, casos das dos Amadores das Caldas da Rainha e Amadores Académicos de Coimbra. Provavelmente estariam outros grupos, mas não andámos a ver todas as mesas...

Para o prémio de melhor matador de toiros estavam nomeados o português Manuel Dias Gomes (único dos cinco que esteve presente), os espanhóis Morante de la Puebla e Borja Jiménez, o peruano Roca Rey e o francês Sebastián Castella.

O vencedor dos dois prémios, do júri e do público, foi Morante de la Puebla - que momentos antes de se anunciar a sua vitória foi avisado por telefone pela organização e fez questão de que fosse o autor destas linhas a receber os seus dois galardões/quadros, pedindo-me que transmitisse, primeiro que tudo, o seu abraço solidário aos pais do saudoso forcado Manuel Trindade, os seus parabéns a todos os nomeados e a todos os vencedores e o seu carinho muito especial ao público aficionado de Portugal.

Transmiti ainda aos presentes que Morante se encontra muito bem, graças a Deus, como ele próprio minutos antes me informara... e que continuava à sua espera para em 2026 tourear na Corrida "Farpas" (no ano em que comemoro 50 anos de Jornalismo), como, aliás, estava combinado antes do seu inesperado "corte" de coleta em Madrid. Haja calma, vamos aguardar.

Os dois troféus de Morante foram-me entregues por José Peseiro, um apaixonado pela tauromaquia e um dos grandes nomes do mundo do futebol - que, como aqui se referiu anteriormente, protagonizou um dos momentos altos da noite, lamentando a falta de união dos homens dos toiros, que viram costas e não comparecem numa festa desta importância e desta relevância - uma falta de consideração e de respeito que terá causado a desmotivação dos três pioneiros promotores desta Gala da Tauromaquia, levando-os a anunciar, logo a abrir a noite, que esta seria a última por eles organizada...

Por fim, foram galardoados os cavaleiros distinguidos como triunfadores da temporada: João Moura Jr. foi o eleito pelo júri e João Moura Caetano foi o mais votado pelo público. Ambos manifestaram a sua satisfação e o seu orgulho pelas distinções recebidas, tendo sido o Chef Rodrigo Castelo (antigo forcado dos Amadores do Aposento da Moita) a fazer a entrega dos quadros aos primos de Monforte.

Moura Jr. dedicou o seu prémio ao apoderado Francisco Mendonça Mira e João Moura Caetano (que esteve acompanhado pela sua namorada Luísa Abreu) congratulou-se pela distinção com que o público reconheceu a sua triunfal temporada (em que foi, pelo terceiro ano consecutivo, líder do escalafón).

Além de Moura e Caetano, estavam nomeados na categoria de cavaleiro de alternativa Diego Ventura (que não esteve presente), Francisco Palha (que também não esteve presente), João Ribeiro Telles (também ausente), Luis Rouxinol Jr., Miguel Moura (também ausente) e Tristão Ribeiro Telles.

A meio das entregas de prémios houve um momento importante de fado interpretado pelo fadista Luis Caeiro (com que voz!), que interpretou três dos maiores sucessos de Amália, cantando os dois primeiros em palco acompanhado pelos músicos e depois o último misturado com o público na sala, sem microfone, só com a sua (magistral) voz.

Na mesa dos fadistas, ao lado da nossa, sentaram-se, entre outros, Nuno da Câmara Pereira, Luis Caeiro e sua Mulher, Tatiana, Tiago Andrade Nunes, Lili Caneças e o comentador televisivo António Leal Costa.

Desta vez, lamentavelmente, faltaram políticos (estiveram os dois já aqui referidos deputados, Rui Cardoso do Chega e Gonçalo Valente e Henrique do PSD; a ex-deputada Fernanda Velez e António Tereno, ex-presidente da Câmara de Barrancos) e faltaram grandes figuras do toureio.

Ao fim e ao cabo, a Gala da Tauromaquia foi uma grande festa, cheia de classe e de glamour, mas teve a importância que (não) teve. Afinal de contas, a importância que a tauromaquia, temos que reconhecer, não tem. Porque os seus agentes, nunca comparecendo em força nestes eventos, são, infelizmente, os primeiros a retirar-lhe toda e qualquer importância.

Se fosse uma gala desportiva ou uma festa como a dos Globos de Ouro, estavam lá as televisões e todas as revistas e jornais para cobrir a festa. Como é uma Gala da Tauromaquia, não estava lá ninguém. Nem mesmo os habituais fotógrafos que correm nas trincheiras de um lado para o outro. Nem os escribas dos sites...

Foi uma festa que ficou, toda bonitinha, entre as quatro paredes do bonito Restaurante Kais. Com muito pouco eco para o mundo exterior.

Francisco Mendonça Mira, Nuno Santana e Diogo Toorn têm todas e mais algumas razões para se sentir desmotivados e colocar um ponto final nesta bonita festa que idealizaram há cinco anos.

Como me confessava ontem, triste, Francisco Mira, "isto dá-nos imenso trabalho, 'ganhamos' imensos inimigos e ninguém nos agradece... pelo contrário, ainda criticam e dizem mal...".

É pena, mas é assim o Portugalzinho das Toiradas...

Obrigado, Mira, Santana e Toorn. Adeus, Gala da Tauromaquia!

Fotos M. Alvarenga

Ao longo do dia desta segunda-feira, feriado nacional, não perca todas as fotos desta quinta e última Gala da Tauromaquia.

Francisco Cabaço, forcado de Santarém (eleito pelo público), fez
questão de oferecer o seu prémio aos pais do saudoso Manuel
Trindade, dedicando a distinção à sua memória e ao Grupo de
São Mancos
Com que voz! Luis Caeiro interpretou três dos maiores sucessos
de Amália

A equipa fantástica da Associação Gala da Tauromaquia... adeus,
até ao nosso regresso!...

domingo, 30 de novembro de 2025

Discurso de José Peseiro foi o momento alto da (última) Gala da Tauromaquia

Miguel Alvarenga - Pelo quinto ano consecutivo e com a lotação do selecto salão do Restaurante Kais (Lisboa) esgotado há já alguns dias (mais de 500 pessoas), teve ontem lugar a Gala da Tauromaquia, em que foram distinguidos os triunfadores da temporada, este ano com dois prémios por cada categoria, o prémio do júri e o prémio do público. 

O prémio do público foi atribuído pelo voto dos aficionados expresso através de telefonemas; o do júri foi outorgado por um grupo de idóneos aficionados, entre os quais toureiros e forcados retirados, directores de corrida, médicos veterinários e outras personalidades do meio taurino, devidamente anunciados na apresentação dos nomeados que teve lugar na recente Feira da Golegã.

Este ano com a presença e a intervenção de menos políticos que nos anos anteriores - apenas subiram ao palco os deputados Rui Cardoso, do Chega (discurso brilhante), e Gonçalo Henrique, do PSD (que é um bom aficionado, foi um excelente forcado, mas está obrigado a falar pela "voz do dono" e por isso meteu nitidamente os pés pelas mãos para tentar tapar o sol com uma peneira e desmentir o indesmentável: o seu PSD, que fique bem claro, votou contra o regresso das transmissões das corridas na RTP, ponto final), estando também presente a aficionadíssima ex-deputada social-democrata Fernanda Velez e o antigo presidente da Câmara de Barrancos, António Tereno - e com a notadíssima e lamentável ausência de muitos dos artistas nomeados e da grande maioria dos toureiros, ganadeiros e demais intervenientes na Festa, a V Gala da Tauromaquia foi, um ano mais, uma festa de glamour, de muita classe, elegância e grande esplendor para o espectáculo tauromáquico - mas pode ter tido um final (in)feliz, precisamente por obra e graça do habitual desinteresse e falta de consideração que os homens das arenas têm por eventos deste género e por quem os organiza.

Infelizmente, há muitos anos que é assim, foi sempre assim: promovi algumas, as Galas dos Troféus "Farpas", que deixei depois de organizar precisamente pela falta de motivação provocada pelo desinteresse que os ditos taurinos têm por estas festas. Só vão a estas festas os artistas que são premiados... e muitas vezes, nem estes vão. Os outros, pura e simplesmente amuam e não põem lá os pés, despeitados por não terem sido agraciados com nenhum galardão.

O momento mais importante da Gala da Tauromaquia de ontem foi precisamente o discurso de José Peseiro, grande e distinto aficionado, figura de renome no mundo do futebol. Subiu ao palco para entregar os dois prémios - o do júri e o do público - outorgados ao matador Morante de la Puebla (que não pôde estar presente e delegou nesta vosso amigo a honrosa missão de receber os seus dois galardões) e fez um eloquente e muito emotivo discurso onde pôs o dedo na ferida: "No mundo da bola, podemos andar todos ao estalo", foi mais ou menos o que disse, mas o discurso fica aqui (video em cima) para que possam confirmar, "mas quando se trata de uma Gala, há união e estamos todos presentes... e aqui não"

A Gala da Tauromaquia nasceu, como recordaram os apresentadores João Vasco Lucas e Margarida Calqueiro no início, do "sonho de três amigos que, abnegadamente, quiseram dar à tauromaquia um evento grandioso e com categoria, que dignificasse artistas e agentes da Festa e que proporcionasse ao aficionado a oportunidade de estar junto dos seus ídolos num cenário idílico".

Do sonho desses três amigos, Francisco Mendonça Mira, Nuno Santana e Diogo Toorn, nasceu a primeira edição da Gala da Tauromaquia, um sucesso que se repetiu de ano para ano com cinco casas esgotadas. A estes três pioneiros juntaram-se mais voluntários, o André Leite, a Margarida Calqueiro, o João Lucas, o Miguel Ortega Cláudio e o Hugo Branquinho.

Como referiu João Lucas, "a organização nunca votou, escolheu ou elegeu qualquer triunfador, tomando um papel puramente operacional no sentido de garantir a justiça e a transparência. Apesar disso, deparamos-nos com a falta de confiança de alguns sectores da Festa, com falta de reconhecimento, críticas, mal entendidos e desafios constantes".

E anunciaram que esta era a última Gala da Tauromaquia promovida por esta equipa. A seguir, João Lucas tentou "passar a bola" à ProToiro...

"E por falar em quem possa abraçar esta missão da Gala da Tauromasquia, nem de propósito, para entregar o primeiro prémio da noite e porque sabemos que tem uma palavra importante a dizer... o secretário-geral da ProToiro, Bernardo Mendia".

Mas o secretário-geral da ProToiro chotou a bola para canto, alegando que "os promotores desta Gala são todos antigos forcados, já foram cinco vezes ao toiro (já organizaram cinco Galas), têm que ir outras cinco".

Um àparte final para lamentar a péssima aparelhagem sonora. Quem estava nas mesas laterais (como era o nosso caso), não percebeu patavina do que diziam os intervenientes no palco...

Durante o dia de amanhã vamos publicar todas as reportagens e contar e mostrar tudo o que aconteceu nesta V Gala da Tauromaquia... que pode ter sido a última. Infelizmente.

Ainda esta noite, veja as primeiras fotos e a relação de todos os vencedores.

Video D.R.

André Gonçalves com triunfo apoteótico em Tlaxcala à mesma hora a que era distinguido na Gala da Tauromaquia com o prémio do público como melhor cavaleiro praticante de 2025

No mesmo dia e à mesma hora em que foi galardoado na Gala da Tauromaquia com o prémio do público como cavaleiro praticante triunfador da temporada nacional, o jovem rejoneador luso-mexicano André Gonçalves obteve um triunfo apoteótico na novilhada celebrada em Tlaxcala (México), onde bordou o toureio no seu segundo novilho e cortou uma orelha, tendo forte petição da segunda, que injustamente a presidência lhe negou.

Mesmo privado da mais que merecida saída em ombros pela porta grande, o jovem André (16 anos) deu aplaudida volta à arena com o ganadero de Zacatepec (foto de cima), com o público a aclamá-lo aos gritos de "Torero! Torero!".

No novilho que abriu praça, André teve também uma actuação de muito mérito e grande impacto, perdendo pelo menos uma orelha com o rojão de morte.

Há muito tempo, referem os cronistas mexicanos, que uma novilhada em Tlaxcala "não deixava tão grato sabor e tão fortes emoções como esta, onde, se não tivesse havido falhas na sorte suprema, se teriam cortado várias orelhas e os três toureiros teriam saído em ombros".

André repartiu cartel com os novilheiros Jesús Sosa (palmas e volta à arena) e Miriam Cabas (volta à arena nos dois novilhos) e com os Forcados de Tlaxcala, de que se destacou Luis Tenório com uma grande pega ao primeiro novilho. Lidaram-se a cavalo dois novilhos de Zacatepec e, a pé, quatro das ganadarias Atlanga, Tepetzala e Monte Caldera.

Foi enquanto participava nesta novilhada que André Gonçalves soube da distinção que acabara de receber na Gala da Tauromaquia como melhor cavaleiro praticante eleito pelo público, enquanto que o distinguido pelo júri foi Duarte Fernandes. Uma distinção que assume particular importância e especial relevância se tivermos em conta que o jovem ginete apenas participou em dois festejos na temporada portuguesa, o primeiro em Paio Pires e o segundo em Évora.

André Gonçalves, filho do reputado equitador Tiago Perna e de mãe mexicana, Fernanda Vásquez-Mellado Aguirre, esteve representado na Gala da Tauromaquia por seu tio David Perna e por Henrique Lázaro, conhecido aficionado de Alcácer do Sal, amigo da família Perna e que foi quem subiu ao palco para receber o prémio - que, como todos os outros, foi um bonito quadro pintado por João Quintella.

Fotos D.R.

Duarte Fernandes recebeu ontem o prémio de cavaleiro triunfador da feira taurina de Roa de Duero (Burgos)

Duarte Fernandes recebeu ontem em Roa de Duero (Burgos) o prémio com que foi distinguido pela Peña Taurina "El Tinte" como cavaleiro triunfador da feira taurina daquela localidade espanhola - e essa foi a razão pela qual não esteve presente na Gala da Tauromaquia, onde foi galardoado com o prémio do júri como melhor cavaleiro praticantee da temporada, tendo o galardão sido recolhido por seu pai, João Marques.

O acto de entrega dos prémios de Roa de Duero, apresentado e moderado pelo jornalista Carlos Martín Santoyo, director e apresentador do programa "Grana y Oro", teve lugar no Centro Cívico Villa de Roa (foto) e além de Duarte Fernandes foram também galardoados o matador de toiros Morenito de Aranda, o novilheiro David Cob e a ganadaria Guadalest.

Foto "Mundotoro"

Ontem, sábado: 7.444 leram o "Farpas"

 

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sábado, 29 de novembro de 2025

PSD não nos consegue enganar com falsos esclarecimentos: é preciso que fique bem claro que votou contra as transmissões de corridas e contra a tauromaquia!

Miguel Alvarenga - Apesar dos vários "esclarecimentos" dados à estampa nas redes sociais por simpatizantes do PSD e até por deputados do partido, a realidade é que nessas mesmas redes sociais continuam muitos aficionados a interrogar-se: "Ainda não consegui entender se o Partido Social Democrata (PSD/PPD) votou ou não contra a transmissão pela RTP de corridas de toiros" - escreveu ontem um conhecido aficionado no Facebook.

O PSD, através dos seus vários porta-vozes nas redes sociais, procurou tapar o sol com uma peneira, "esclarecendo" que "não votou contra a tauromaquia nem contra a sua presença na televisão pública", mas sim "contra a a revisão artificial e desnecessária de um contrato acabado de assinar (Março)".

Mas a realidade é que, votando contra a proposta do Chega para a revisão do contrato de concessão da RTP, o PSD também votou contra o regresso das transmissões de corridas de toiros na RTP. Que constituía, precisamente, como se pode ler no documento que transcrevemos em baixo, a razão de ser desta proposta para revisão desse contrato. 

Por isso, a verdade é essa, por mais areia que o partido do Governo nos queira atirar aos olhos - o PSD inviabilizou e votou contra o regresso da tauromaquia à RTP. Quem disser o contrário, mente. Mas já ninguém se admira com isso. Há 50 anos que esta gente nos mente. Chega!

Foi no tempo de António Costa que o Governo celebrou com a RTP o contrato de concessão do serviço público de rádio e televisão (6 de Março de 2015) onde se eliminam as transmissões de corridas de toiros no canal público.

Com a proposta apresentada - e na qual o PSD votou contra - o Chega pretendia fazer aprovar na Assembleia da República a revisão do contrato de concessão da RTP, com o objectivo de voltar a proceder à transmissão de corridas de toiros.

Que fique bem claro:

Como "Nota Justificativa" desta sua pretensão exposta na proposta, o Chega lembrou aos deputados da Assembleia da República:

"O Decreto-Lei nº 306/91 de 17 de Agosto, declara que a tauromaquia é parte integrante do património da cultura popyular portuguesa, afirmação reiterada pelo Decreto-Lei nº 89/2014, de 11 de Junho, ao dispor que a tauromaquia é parte integrante do património da cultura portuguesa"

E acrescentou:

"A importância cultural e social da tauromaquia encontra, ainda, eco no Deecreto-Lei nº 23/2014, de 14 de Fevereiro, cujo artigo 2º, nº 2, inclui a tauromaquia no elenco dos espectáculos de natureza artística, a par do teatro, da música, da dança e do circo".

Mais refere o texto da proposta do Chega - não aprovada pelos votos contra do PSD, do Livre e do PAN (são todos a mesma coisa, afinal...):

"A tauromaquia integra ainda o Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, inscrita sob a designação "corrida de toiros em Portugal"', e dispõe de representação própria no Conselho Nacional de Cultura, através da respetiva Secção de Tauromaquia, criada pelo Decreto-Lei n.° 132/2013, de 5 de Setembro.

"Do ponto de vista económico, segundo o Relatório da Actividade Tauromáquica 2024 da IGAC, realizaram-se 143 espectáculos, com receitas globais de € 4.874.538, o que confirma a vitalidade do setor e o seu papel nas economias locais, no emprego sazonal e na manutenção de ofícios tradicionais associados à criação brava, à música e ao artesanato.

Do ponto de vista sociológico, a tauromaquia faz parte da memória coletiva e da vivência popular das comunidades, conferindo-lhes sentido de pertença e continuidade cultural, por exemplo, em festas e romarias de localidades como a Moita, Alcochete, Coruche, Barrancos ou a Ilha Terceira.


"Assim, a presente proposta garante cobertura e tratamento editorial equilibrados de um património vivo e legalmente reconhecido, reforçando a coesão territorial e o direito dos cidadãos a uma programação cultural representativa da realidade portuguesa".


Não venha agora o PSD tentar atirar-nos poeira aos olhos, dar (falsos) vivas à tauromaquia, pedir que "venha vinho"... Pura e simplesmente, o PSD votou contra esta proposta do Chega que visava repor na grelha da RTP a transmissão de corridas de toiros, alegando que "apenas" votou contra a revisão "artificial e desnecessária da revisão de um contrato".


Que fique bem claro: o PSD votou contra o regresso das transmissões de corridas à RTP. E votou contra a Tauromaquia.


Estamos fartos de 51 anos de bandalheira e corrupção a que chamaram "democracia" e a que este partido esteve sempre aliado. PSD e PS são exactamente o mesmo. 


É por essas e por outras que o Chega e André Ventura têm cada dia mais apoio do povo português, farto desta gentalha. É por essas e por outras que eles se incomodam tanto cada vez que Ventura abre a boca. Nunca imaginaram que ao fim de 50 anos aparecesse um político com coragem para os denunciar e para dizer que "o rei vai nu". Julgavam que ficavam sempre impunes...



Construa a sua casa de sonho!


Ontem, 6ª feira: 9.766 leram o "Farpas"

 

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Os melhores momentos da temporada triunfal de Paco Velásquez

O video tem 3 minutos e passa em revista alguns dos melhores momentos da temporada do cavaleiro Paco Velásquez - que foi, sem dúvida, dos jovens da nova geração, um dos que mais se destacou e mais triunfos obteve - a par, por exemplo, de António Ribeiro Telles (filho) e de Tristão Ribeiro Telles, outros dois triunfadores desta época - classificando-se entre os da frente.

2025 foi um ano de afirmação concreta e absoluta para Paco Velásquez - mesmo assim e à semelhança do que aconteceu, como já aqui protestámos, com António R. Telles (filho), também não foi sequer nomeado para a Gala da Tauromaquia, que esta noite se realiza em Lisboa...

Vá lá a gente entender estes mistérios deste Portugalzinho das Toiradas...

Video D.R.

sexta-feira, 28 de novembro de 2025

Jesuíno Mesquita hospitalizado por ter sofrido um acidente de viação

Jesuíno Mesquita, recordado forcado, antigo cabo dos Amadores de Coruche, há vários anos a residir na cidade do Montijo, onde é proprietário de um afamado Salão de Cabeleireiro, está internado no Hospital Garcia de Orta, em Almada, depois de ter sofrido, há mais de uma semana, um acidente de viação quando se dirigia para Coruche.

Jesuíno Mesquita, a quem endereçamos um forte abraço e os desejos de rápido restabelecimento, teve que passar na semana passada pelo bloco operatório, tendo corrido bem a intervenção cirúrgica.

Foto Fernando Clemente/www.parartemplarmandar.com

V Gala da Tauromaquia: amanhã são conhecidos os Triunfadores da Temporada!


Penedo sondado para apoderar Duarte Pinto

Diz-se que Pedro Penedo poderia ser o senhor que se segue no apoderamento do cavaleiro Duarte Pinto, que há uma semana anunciou ter-se separado de Luis Miguel Pombeiro, depois de uma união de 18 anos que todos imaginavam interminável.

Penedo - apoderado de Manuel Telles Bastos, Miguel Moura e António Prates e representante de diversas ganadarias - já terá sido sondado nesse sentido, mas, ao que sabemos, para já não aceitou o desafio...

Fotos M. Alvarenga

Rouxinóis em Agosto na Ilha Graciosa

Os cavaleiros Luis Rouxinol e Luis Rouxinol Jr., agora apoderados por Rui Palma, já estão contratados para actuar em Agosto na tradicional feira taurina da Ilha Graciosa, Açores, na emblemática praça de toiros (foto em baixo) erguida na cratera de um antigo vulcão.

Deverão completar os cartéis os irmãos terceirenses Tiago e João Pamplona.

Fotos M. Alvarenga e D.R.

Amanhã no Restaurante Kais, em Lisboa: V Gala da Tauromaquia com lotação esgotada!

Está esgotada a lotação do Restaurante Kais (Lisboa) para a V Gala da Tauromaquia, que se realiza amanhã, sábado. Uma vitória da Tauromaquia!

Não se esqueça: dress code (ou seja: vestimenta) obrigatório - fato escuro!

Foto D.R./Arquivo


Ontem, 5ª feira: 10.690 leram o "Farpas"!

 

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quinta-feira, 27 de novembro de 2025

Fadista Luis Caeiro anima no sábado a V Gala da Tauromaquia

Em 2018 no Campo Pequeno cantando a homenagear Padilla; e
em baixo, no mesmo ano em Elvas, onde voltou a cantar para
homenagear o Maestro Joaquim Bastinhas

O fadista Luis Caeiro (fotos), nascido no Alentejo, psicólogo de profissão, já com muitas provas dadas no meio da tauromaquia (já lá vamos...), é o artista que vai abrilhantar a V Gala da Tauromaquia - este sábado no Restaurante Kais, em Lisboa.

Estreou-se em 2012 numa Gala dos Troféus "Farpas" no "Alfoz" em Alcochete. E em 2018 deu nas vistas com a sua fantástica voz cantando flamenco na bancada da praça do Campo Pequeno homenageando o matador espanhol Juan José Padilla, proeza que repetiu uns meses depois, nesse mesmo ano, no Coliseu de Elvas, homenageando desta vez o inesquecível Maestro Joaquim Bastinhas naquela que foi a sua última actuação, três meses antes de nos deixar. Recordamos esses dois momentos de Luis Caeiro nas fotos de cima.

Foi o vencedor da Grande Noite do Fado de 2007 em Lisboa e ganhou também em 2008 o programa "Novos Talentos" da TVI, Nesse mesmo ano foi finalista do programa "Uma Canção para Ti", ficou em primeiro lugar na Gala "Nasci para o Fado" da RTP-1, de Filipe La Féria (2010) e integrou o elenco do espectáculo musical "Fado - História de um Povo", no Casino Estoril.

Em Dezembro de 2012, trazido pela mão do saudoso guitarrista mestre Sidónio Pereira, uma referência da guitarra portuguesa e do Fado, Luis Caeiro cantou na Gala dos Troféus "Farpas" no Restaurante "Alfoz" em Alcochete, onde constituiu uma agradável surpresa para todos os presentes.

A V Gala da Tauromaquia (programa em baixo) terá no próximo sábado o seu início às 19h00 com o habitual cocktail de boas vindas, seguindo-se às 20h00 o jantar e a entrega de prémios aos Triunfadores da Temporada, acto que será abrilhantado pelas actuações de Luis Caeiro.

Depois da Gala, a partir das 00h00, na discoteca "Skones", mesmo ao lado, a festa continua com as actuações de Luis Romero e dos Dj's Eduardo Fortes e Pedro Beja.

Não se esqueça deste importante pormenor - dress code obrigatório: fato escuro. Quer isto dizer: tratando-de se uma noite de muita classe e glamour, quem for trajado "à balda", não entra!

Fotos Emílio de Jesus/Arquivo

Enrique Ponce estreia-se como apoderado ao lado de David de Miranda

O Maestro Enrique Ponce estreia-se nas funções de apoderado passando a dirigir a carreira do matador David de Miranda, um dos principais nomes das arenas nesta temporada de 2025 - foi hoje anunciado por ambos, que deram conta de que a união se saldou com o tradicional aperto de mãos e por tempo indefinido.

David de Miranda separou-se do apoderado/empresário José Luis Pereda e, segundo constou, tinha praticamente fechado o novo apoderamento com Ramón Valência, o empresário da Real Maestranza de Sevilha que esta semana saíu (inesperadamente) de cena para dar entrada a José Maria Garzón à frente dos destinos da mítica praça de toiros.

Na equipa de apoderamento de David de Miranda mantém-se Juan Ruiz Palomares (Filho), que continuará a desempenhar um papel-cheia na carreira do matador onubense.

Foto D.R.

Mérito Agrícola: António Francisco da Veiga Teixeira condecorado pelo Presidente da República

O muito prestigiado ganadeiro e afamado lavrador António Francisco Malta da Veiga Teixeira foi esta segunda-feira agraciado pelo Presidente da República, Prof. Marcelo Rebelo de Sousa, com a condecoração do grau de Comendador da Ordem do Mérito Empresarial, na classe do Mérito Agrícola. A cerimónia teve lugar no Palácio de Belém (foto).

A distinção reconhece o contributo de António Francisco da Veiga Teixeira para o desenvolvimento do associativismo agrícola nacional, com especial destaque para o Ribatejo, bem como o seu percurso enquanto empresário agrícola de referência nessa região.

Veiga Teixeira, filho e digno seguidor do sempre lembrado ganadeiro António José Teixeira, desempenhou diversos cargos de relevo, entre os quais se destacam os de presidente e vice-presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal; presidente da Assembleia Geral da Associação de Criadores de Toiros de Lide; fundador e dirigente da Associação dos Orizicultores de Portugal e da Associação de Jovens Agricultores de Portugal, além de vice-presidente da Union Européenne de Riziculteurs, entre outros destacados cargos que desempenhou.

António Francisco da Veiga Teixeira mantém neste momento uma actividade activa no sector da tauromaquia, sendo director da Real Unión de Criadores de Toros de Lidia e um dos mais conceituados ganadeiros nacionais, estando a sua prestigiada ganadaria entre as nomeadas na Gala da Tauromaquia, que se celebra este sábado em Lisboa.

Foto D.R.