domingo, 21 de dezembro de 2025

Balanço Cavaleiros/2025 - Ainda e sempre, Moura e Caetano!

Foto M. Alvarenga

Foto Pedro Batalha/@Paulo Caetano

João Moura e Paulo Caetano, Maestros da "Velha Guarda", protagonizaram, na óptica de Miguel Alvarenga, dois dos mais importantes momentos da temporada, deixando a marca de um passado que continua presente e se destaca do marasmo e do "mais do mesmo" em que vive, ou sobrevive, o toureio a cavalo actual, com raríssimas excepções e pouquíssimos casos de figuras que marcam a diferença. "Hoje, toureiam quase todos da mesma maneira" - escreve Miguel Alvarenga. Há um figurão que brilha além-fronteiras e que é pena não tourear mais por cá: Rui Fernandes. E há duas figuras que, quarenta anos depois, rescrevem a história que os pais protagonizaram nos seus anos de ouro: João Moura Jr. e João Moura Caetano. E há um quinteto de jovens que se destacam e chamam as atenções: Miguel Moura, Tristão Ribeiro Telles, Duarte Fernandes, António R. Telles filho e Paco Velásquez. É importante que os senhores empresários apostem nestes nomes e deixem de nos dar sempre a mesma música. No meio disto tudo, João Salgueiro (pai) anuncia o regresso às arenas em 2026. E já nada vai ser como estava. 2026 pode - deve! - ser um ano de grandes mudanças. O Director do "Farpas" analisa a temporada da nobre cavalaria. Onde há algumas esperanças a apontar, onde os "antigos" ainda são quem marca a diferença e onde os acomodados somam e seguem numa cantilena que é sempre a mesma...

 Miguel Alvarenga - Chamem-lhe saudosismo, chamem-lhe mau feitio, mas a realidade é que no meu tempo havia um punhado de cavaleiros de primeira linha e cada qual toureava à sua maneira, não se imitavam uns aos outros. Mais: levavam gente às praças... e hoje não há nenhum com essa força de bilheteira que eles tinham.

Só para entenderem de que tempo falo, recordo a classe de David Ribeiro Telles; a raça dos irmãos Manuel e Alfredo Conde; a irreverência e a revolução que vieram de São Marcos do Campo com o inigualável José Mestre Batista; a desenvoltura de José Maldonado Cortes; o classicismo e a popularidade de Luis Miguel da Veiga; a força de José Samuel Lupi, sobretudo em Espanha; mais tarde, a alegria do toureio de Gustavo Zenkl; a emoção e a verdade de José João Zoio; e por aí adiante...

Depois chegou João Moura e chegaram também Manuel Jorge de OliveiraJoão Ribeiro Telles, Paulo Caetano, Joaquim Bastinhas, Rui Salvador, depois António Ribeiro Telles, Luis Rouxinol, João Salgueiro e outros mais; a seguir Rui Fernandes. E todos estes continuaram a tourear cada qual com o seu estilo e marcando a diferença, apesar de já muito influenciados pelas novas regras do toureio a cavalo impostas pela revolução mourista. Mas, mesmo assim, diferentes uns dos outros.

Foto M. Alvarenga

Nos dia de hoje, toureia-se muito bem a cavalo, mas vivemos uma época de "mais do mesmo", quase todos toureiam igual, da mesma maneira, exceptuando um ou outro caso. E abro um parêntesis para referir a diferença de Marcos Bastinhas (foto de cima), cuja falta se sentiu neste ano de 2025 depois de ter anunciado que precisava de parar, logo no início da temporada. Diz-se que vai regressar. E oxalá o faça - porque todos sentimos a sua ausência. A sua alegria faz falta.

O mais constrangedor na actualidade é o facto de os toureiros da chamada nova vaga não arrastarem público às praças. O último grande toureiro com uma força brutal de bilheteira foi João Moura. Doa a quem doer, nunca mais houve outro assim.

Moura e Caetano: os momentos que marcaram o ano

Em 2025, houve, a meu ver, dois momentos altíssimos que marcaram a temporada: três ferros memoráveis do Maestro João Moura em Santarém na encerrona de seu filho João Moura Jr., que deixaram tudo e todos em delírio e ainda hoje se recordam; e a lição de cátedra, única, magistral, do Maestro Paulo Caetano (a celebrar 45 anos de alternativa e de glória) na corrida de abertura da mini-temporada do Campo Pequeno.

João Moura (mais magro, ao que sei, a fazer uma dieta, finalmente!), ainda sem novo apoderado, depois de se ter separado de Margarida Cardoso, voltará a cumprir temporada no próximo ano, uma temporada especial, a celebrar o 50º aniversário da sua primeira saída em ombros da Monumental de Madrid

Paulo Caetano, por seu turno, é previsível que nos proporcione mais uma lição de como se toureia a cavalo, já que deverá acompanhar seu filho João pelo menos numa corrida na celebração dos seus 20 anos de alternativa.

Há uns bons anos, ainda há-de haver quem se lembre, o saudoso empresário Rogério Amaro promoveu um cartel que deu a volta ao país e constituiu um sucesso: João Moura, Paulo Caetano e Joaquim Bastinhas. Num almoço com Rogério, sugeri-lhe que lhes chamasse o Trio da Apoteose. E assim foi. É de iniciativas destas que a Festa está a precisar. Mas já não há muitos empresários com visão, há só dois ou três. Muito menos com a cultura taurina que tinham os desse tempo. Hoje montam-se os cartéis "à balda", sem pensar primeiro nos interesses e no gosto do público aficionado de cada terra. Adiante.

Foto Plaza 1

E a completar o ramalhete de veteranos, há que registar também nesta temporada belíssimas actuações de António Ribeiro Telles (o mais clássico dos nossos cavaleiros), de Luis Rouxinol (a dar a cara todos os dias, sem conseguir estar mal vez nenhuma!) e, sobretudo, de Rui Fernandes (foto de cima) nas poucas vezes em que toureou em Portugal - um cavaleiro-figura com presença assídua nas primeiras praças e nas mais importantes feiras taurinas de Espanha, mas que continua (e muito bem!) a bater os pés à política de saldos a que chegou a tauromaquia nacional, lutando pela classe e pela dignidade da profissão e recusando-se a tourear por cachet's de cácárácá...

Diz-se que a jovem associação de antigos e muito aficionados forcados que gere a praça de Reguengos de Monsaraz vai promover em 2026 um mano-a-mano entre Rui Fernandes e João Moura Júnior. Ora aí está uma corrida com interesse e que foge à triste regra do mais do mesmo. Um "duelo" que importa ver: para concluir, afinal, quem manda nisto.

Foto Emílio de Jesus/Arquivo

O regresso de Salgueiro: nada vai ser como estava...

Resumindo: temos hoje muito bons cavaleiros, ninguém diz o contrário, mas falta-lhes o carisma e a força que ainda continuam a ter os veteranos, os que mantêm de pé a imagem eterna e jamais esquecida daqueles que foram os últimos tempos de ouro do toureio a cavalo - e aos quais se vem juntar outra vez no próximo ano o genial João Salgueiro (foto de cima), voltando, não duvido, a trazer uma nova e grande lufada de ar diferente - e mais puro - às grandes competições. Nada vai ser como estava. Esperem para ver...

Ana Batista celebrou em glória os seus 20 anos de alternativa. Cavaleira de grande profissionalismo e entrega à arte marialva. Está num grande momento, executando uma excelente temporada, destacando-se quando toureia com o cavalo "Hermoso".

Sónia Matias também comemorou duas décadas de alternativa, mas sem o mesmo brilho com que o fez Ana. Destacou-se numa corrida na Nazaré e pouco mais.

Também já catalogado como veterano, Gilberto Filipe não toureou muitas corridas, mas é sempre um gosto vê-lo montar e lidar com aprumo, continuando a dignificar a profissão de cavaleiro tauromáquico, a par da sua reconhecida arte na equitação de trabalho, de que é bi-campeão mundial.

Nesta temporada comemorou 30 anos de alternativa e disse adeus às arenas o cavaleiro Marco José. Sem ter alcançado o estatuto de primeira figura, andou três décadas a honrar a casaca e a arte que sempre protagonizou com aficion e dignidade.

Foto M. Alvarenga

Foto D.R.

Outra vez Moura e outra vez Caetano

João Moura Júnior toureou este ano um número reduzido de apenas oito corridas, das quais três foram encerronas (festas, digamos assim), uma em Santarém, outra em Angra do Heroísmo (a única com lotação esgotada) e a última em Portalegre. Apesar de apenas ter ido à guerra (entenda-se: à competição com os demais) em cinco corridas (o que não faz dele propriamente um triunfador de temporada, apesar de ter ganho o prémio do júri na Gala da Tauromaquia), reafirmou estar, na verdade, uns bons pontos à frente do pelotão.

Na linha da frente continuou João Moura Caetano (vencedor do importante prémio do público como cavaleiro triunfador da temporada na Gala da Tauromaquia), um artista que nos surpreende sempre pela sua entrega e afición à arte marialva, indo a todas as praças, cá e além-fronteiras, desenvolvendo o que sente. Foi um dos cavaleiros que marcou a temporada e, uma vez mais, pelo terceiro ano consecutivo, consagrou-se como líder do escalafón; e também João Ribeiro Telles, um cavaleiro de inspiração e muita afición, que acrescenta valor à sua arte trabalhando com cavalos postos por ele. 

Ainda no ramalhete dos da frente esteve um ano mais Francisco Palha, que, quando está bem, está bem a sério. Mas continua a ter um percurso muito irregular ao longo de cada temporada. Tudo pode sempre acontecer de cada vez que entra em praça! Em Alcochete viveu, na encerrona frente a seis sérios e exigentes toiros da ganadaria Palha, aquela que recordo como uma das melhores e mais importantes corridas do ano.

Manuel Ribeiro Telles Bastos, cavaleiro que continua a executar a escola antiga. Neste momento, a quadra não o ajuda a atingir o sítio que já pisou. Teve uma temporada marcada por altos e baixos, mas sempre num plano de imensa classe, muita entrega e bom gosto a tourear. 


Foto M. Alvarenga

Ousado, irreverente e valente como as armas, João Salgueiro da Costa (foto de cima) começou a temporada num bom plano, mas terminou-a num plano muito inferior. Continua a ser um toureiro apetecido e que aquece e aperta em qualquer competição, mas do qual tudo se espera, sem nunca haver a certeza de irmos assistir a um êxito daqueles que não se esquecem ou a um fracasso... dos que também não se esquecem mais... Pode não ter a vida muito facilitada em 2026 com o anunciado regresso às arenas de seu pai, o génio do toureio a cavalo. Por muito bons que muitos deles sejam (e são), a realidade é que não houve ainda um filho que fosse melhor que o pai, e por isso...


Foto M. Alvarenga

Outros se destacaram em 2025: Miguel Moura (foto de cima) em primeiro lugar. Um cavaleiro de grande valor que gostaríamos de ver com cavalos novos e interessantes, tem potencial para alcançar um patamar superior; Duarte Pinto, um cavaleiro fiel ao seu estilo, que mantém a regularidade; Luis Rouxinol Júnior, um cavaleiro popular e regular, mas que não sobressaiu como nos primeiros anos pós-alternativa, em que muito prometeu; António Prates, outro cavaleiro da nova vaga com valor de sobra, que por norma surpreende sempre pela positiva com uma entrega e uma raça própria dos eleitos; Joaquim Brito Paes, um cavaleiro fino e muito bem montado, mas que ainda não encontrou o seu sítio dentro da praça, tendo-se caracterizado esta temporada por altos (nomeadamente nas Sanjoaninas, na Ilha Terceira) e alguns baixos. Um cavaleiro de quem se espera sempre mais, com a certeza de que tem valor e condições para chegar mais além.


Uma palavra de apreço e admiração pela luta além-fronteiras de Paulo Jorge Ferreira, há muito anos a engrandecer o toureio a cavalo em terras da Califórnia, nos Estados Unidos da América, onde também mantêm a sua actividade regular Alberto Conde e João Soller Garcia (seria curioso montar-se um dia uma corrida por cá com os triunfadores da América, vamos nisso, senhores empresários? A Festa precisa de coisas diferentes, é quase sempre tudo mais do mesmo...).


Nos Açores, continuam a deitar cartas os irmãos Tiago e João Pamplona, tendo este actuado em Agosto no Campo Pequeno na corrida que ficou tristemente marcada pela morte do forcado Manuel Trindade, que saltou as tábuas para pegar precisamente o toiro que tinha sido lidado, com toda a dignidade e todo o brio, pelo jovem ginete da Ilha Terceira.


O ano alegre de Tristão... com o primo António e Duarte Fernandes "à perna"...


Passando aos novos que mais de destacaram, as notas mais importantes foram dadas por Tristão Ribeiro Telles, António Ribeiro Telles filho e Duarte Fernandes - deixo mais uma ideia, senhores empresários, que tal apostar num cartel de competição com estes três cavaleiros?


Foto M. Alvarenga

No segundo ano como cavaleiro de alternativa, este foi uma temporada alegre, muito alegre mesmo, para Tristão Ribeiro Telles (foto de cima). Com o fabuloso cavalo "Nureyev" (ferro Manuel Paim) alcançou alguns dos mais emotivos momentos da sua brilhante temporada. Tristão é um dos grandes triunfadores desta temporada. Mas "tem à perna" o primo António e o amigo Duarte...


Foto M. Alvarenga

O outro é seu primo António Ribeiro Telles filho (foto de cima), um cavaleiro de arte e também de risco, que não se limita a cravar ferros - que toureia os toiros. Com uma raça, uma arte e um bom gosto que enchem as medidas aos verdadeiros aficionados.


Foto M. Alvarenga

Duarte Fernandes (foto de cima) segue os passos do tio Rui, isto é, baseia mais a sua actividade além-fronteiras e toureia pouco em Portugal, o que é pena e se lamenta, porque um jovem desde calibre é essencial e é preciso para alimentar a competição e criar a paixão dos aficionados. Diz-se que desta é que vai ser e que em Agosto tomará a alternativa no Campo Pequeno apadrinhado pelo tio Rui, com o testemunho de Diego Ventura. Já esteve para ser este ano e não foi - este cartel faz falta em Lisboa!


Muitos se lembram dos tempos da competição Mestre Batista/Luis Miguel da Veiga e das paixões que cada um deles despertava nos sectores, com o público dividido entre um e outro. É isso que hoje faz falta à nossa Festa - e que os empresários, se quiserem e tiveram talento para o fazer, podem trazer de volta, promovendo a competição e a "guerra" entre estes "meninos".


Foto M. Alvarenga

Paco Velásquez na linha da frente


Paco Velásquez (foto de cima) foi outro jovem que este ano veio para cima, chegando por mérito próprio às filas da frente, devendo por isso ser também um dos novos cavaleiros com que os empresários podem valorizar e renovar os seus cartéis. É preciso que tenham arte e valor para que não deixem isto cair no marasmo dos elencos mais do mesmo. 


Dos rejoneadores que actuaram em praças portuguesas, o maior de todos foi Diego Ventura, que regressou após oito anos sem por cá tourear. Marcou o arranque da temporada actuando no Montijo mano-a-mano com Duarte Fernandes, enchendo a Monumental, sem a esgotar. Em Agosto esgotou o Campo Pequeno e deixou bem clara a sua força de primeiríssima figura mundial.


Andrés Romero voltou a fazer campanha no nosso país, onde continua a desfrutar de bom ambiente; o mexicano Emiliano Gamero voltou também a animar alguns cartéis, mantendo o estatuto de toureiro muito popular e marcando a diferença (faz o seu número mediático, chega às bancadas, atira o sombrero ao ar, mas toureia bem e mexe com o público, agita as hostes, faz falta um toureiro assim); e Guillermo Hermoso de Mendoza esteve em duas corridas, mas sem chegar perto do estrelato que conquistou seu pai, esse sim, ainda e sempre um ídolo da aficion portuguesa.


As novidades: André Gonçalves e João Gregório de Oliveira


Noutra divisão e noutro campeonato, podendo qualquer um deles saltar de repente para a fila da frente, continuaram a sua luta cavaleiros como Paulo Jorge Santos e David Gomes (ambos mais em Espanha do que por cá), Mara Pimenta, Soraia Costa (dois valores do toureio equestre feminino que se lamenta tourearem tão pouco), Parreirita Cigano (injustamente esquecido pelas empresas, um toureiro de um valor tremendo e que muito prometeu no seu arranque), Gonçalo Fernandes (outro valor que nunca desilude), Marcelo Mendes, Diogo OliveiraTiago Carreiras e outros mais.


Mariana Avó foi a cavaleira praticante que mais toureou, manifestando uma evolução muito positiva, destacando-se também jovens como Francisco Maldonado Cortes (que tem prometido muito, mas tarde em se afirmar porque toureia pouco), Luis Pimenta e António Mendonça (estes dois últimos com triunfais participações em Espanha e também algumas por cá), o promissor Manuel de Oliveira (prestes a tomar a alternativa) e Vasco Veiga, que este ano fez a prova e se estreou de casaca, um cavaleiro bem recebido pelo público e também bem acarinhado pelos empresários pelas boas maneiras com que se está a revelar.


Foto João Silva

Foto D.R.

Por fim, uma palavra de apreço para o jovem luso-mexicano André Gonçalves (primeira foto de cima), que deixou excelente ambiente depois dos marcantes triunfos em Paio Pires e em Évora; e para o também jovem cavaleiro amador João Gregório de Oliveira (foto de cima), que este ano se estreou e que pode vir a ser um caso. Tomás Moura vai em crescendo, com a responsabilidade do apelido que tem às costas. Fez no final da época em Estremoz a prova para cavaleiro praticante, mas depois não se chegou a estrear de casaca. Pode ser uma boa cartada empresarial para uma das primeiras corridas da próxima temporada.


Em suma: há valores para assegurar o futuro do nosso toureio a cavalo. Há figuras acomodadas e instaladas que precisam de se agitar e não andar sempre a marcar passo todos iguais uns aos outros. Há ainda os Maestros a deitar cartas - e os filhos são todos muito bonzinhos, mas ainda não lhes conseguiram chegar aos calcanhares...


Os empresários precisam de ser mais ousados. De inovar os cartéis. De ter uma mais ampla visão quanto ao futuro. Se não, isto acaba por estagnar.


Venha 2026!


Fotos D.R.


Em entrevista ao site "Cultoro": Rui Bento fala das novas funções na FIT

Em declarações ao jornalista Pablo López Rioboo no site espanhol "Cultoro", Rui Bento fala das suas novas funções na Fusión Internacional por la Tauromaquia, FIT, afirmando que a sua vinculação à poderosa empresa mexicana "vem pela minha amizade com António Barrera, toureiro que apoderei junto com a Casa Chopera" e sublinhando que "agora a minha função principal é acompanhar Daniel Luque, toureiro que admiro por tudo o que foi capaz de conseguir no toureiro".

"Venho ajudar, serei uma peça mais na engrenagem da FIT. Quero seguir crescendo, enfrentando novos desafios. Com respeito ao futuro, serão eles que verão em que lugar encaixo melhor, ou seja, se vou passar muito tempo junto a Daniel, coisa que me motiva, ou gerir algumas praça num futuro. Tudo se fará de uma forma consensual; sou um homem de equipa" - acrescenta Rui Bento.

Sobre a sua relação com Daniel Luque (foto), disse: "Levo dois meses com ele e, para ser sincero, estou a ver-lhe coisas que, se chega a fazê-las em praça, vão dar que falar. Se bem que não levemos muito tempo juntos, entre toureiros entendemo-nos. Somos parecidos em muitos aspectos. Oxalá lhe invista de uma vez por todas um toiro em Madrid, porque está neste momento na fase em que vê tudo muito claro".

"Daniel tem claro que este é o seu ano, sabe que o aficionado o espera, daí que a responsabilidade seja alta. Ele não a ilude, por isso vai estar em Madrid" - diz Rui Bento.

Foto Huertas

Charraz continua em Beja e ataca Portalegre e Coruche

José Maria Charraz começa a assumir-se como "o dono disto tudo", deitando as mãos a quase todas as praças de toiros importantes do país. 

Na semana em que se soube que ganhara a adjudicação da Monumental do Montijo, sabe-se agora que, afinal, continua ao lema da praça de Beja, tendo mesmo o site "Touro e Ouro" publicado uma foto em que surge a apertar a mão a Tito Semedo, co-proprietário da mesma.

Pelos mentideros da Festa, constava que Tito iria negociar a exploração da praça "José Francisco Varela Crujo" com o seu ex-apodeardo José Luis Zambujeira, mas, pelos vistos, Charraz falou mais alto... e assim ainda não é desta que antigo cabo dos Forcados de Cascais regressa a Beja.

Mas Charraz pode não se ficar por aqui. Tem mais dois alvos na mira: as praçsa de Coruche e de Portalegre, que, tal como a do Montijo, também estavam nas mãos da empresa Toiros com Arte...

Fotos M. Alvarenga

Ontem, sábado: 6.655 leram o "Farpas"

 

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Construa a sua casa de sonho!


sábado, 20 de dezembro de 2025

Amanhã, não perca: Balanço/Cavaleiros 2025

Amanhã, domingo: Miguel Alvarenga faz finalmente a sua análise, em termos de balanço, à temporada de 2025 no que aos cavaleiros diz respeito, No início da semana, antes do Natal, será a vez de fazer a retrospectiva do que foi a temporada dos nossos (poucos) matadores e dos matadores que cá actuaram.

A não perder!

Foto M. Alvarenga

Rui Fernandes galardoado com o Prémio "Álvaro Domecq" em El Puerto de Santa Maria

Rui Fernandes acaba de ser galardoado com o honroso e prestigiado Prémio "Álvaro Domecq" (assim denominado em homenagem à memória do saudoso rejoneador recentemente falecido) na II edição dos Prémios Taurinos "Toros en El Puerto", como melhor cavaleiro da temporada em El Puerto de Santa Maria (Cádiz) - onde cortou duas orelhas e saíu em ombros na tarde de 8 de Agosto (fotos).

Rui Fernandes, o mais internacional dos toureiros portugueses nos últimos anos e o que goza de maior cartel e admiração na vizinha Espanha, com presença nas principais praças e nas mais importantes feiras taurinas, obteve um triunfo memorável nessa corrida em El Puerto de Santa Maria, cortando as duas orelhas ao seu primeiro toiro e dando aplaudida volta à arena no segundo, com forte petição de mais uma orelha.

Frente a toiros de nota alta da ganadaria portuguesa de David R. Telles, Rui Fernandes repartiu cartel nessa tarde com Diego Ventura (ovação no primeiro toiro e duas orelhas no segundo, tendo também saído em ombros) e com o também cavaleiro luso João Ribeiro Telles (ovação no primeiro toiro e silêncio no outro).

Os Prémios Taurinos "Toros en El Puerto", de que foi fundador e é promotor Raúl Capdevila, atribuídos pelo segundo ano por um júri nomeado para o efeito, serão entregues na Gala que se realizará  no próximo dia 30 de Janeiro na Bodega Caballero del Castillo de San Marcos em El Puerto de Santa Maria.

Fotos João Silva


FIT anuncia os grandes cartéis da Feira de Olivença/2026

A empresa mexicana Fusión Internacional por la Tauromaquia, FIT, agora integrada também pelo empresário e antigo matador de toiros Rui Bento, tornou oficiais na manhã deste sábado os quatro cartéis das três corridas e da novilhada que compõem em Março de 2026, nos dias 6, 7 e 8, a tradicional e sempre muito concorrida Feira de Olivença, desta vez a comemorar o seu 35º aniversário e com o genial gestor José Cutiño uma vez mais no comando. 

Destaque, como já acontecera este ano, para a presença do novilheiro Tomás Bastos (foto de cima), único toureiro português que entra nos cartéis desta primeira feira taurina de referência da temporada espanhola.

São estes os cartéis:

- 6ª feira, 6 de Março - Novilhada. 6 novilhos de Talavante para os novilheiros Tomás Bastos, Olga Casado e David Gutiérrez, aluno da Escola de Tauromaquia de Badajoz, que debuta com picadores.

- Sábado, 7 - Corrida de toiros. 6 toiros de El Puerto de San Lorenzo para os matadores José María Manzanares, Daniel Luque e Juan Ortega.

- Domingo, 8, matinal - Corrida de toiros. 6 toiros de Domingo Hernández (3) e La Ventana del Puerto (3) para os matadores Borja Jiménez, David de Miranda e Marco Pérez.

- Domingo, 8, à tarde - Corrida de toiros. 6 toiros de Victoriano del Río para os matadores Alejandro Talavante, Emílio de Justo e Rocha Rey.

Os festejos iniciam-se às 17h00 e o matinal de domingo às 11h30 (hora espanhola).

Com estes fabulosos cartéis, a Feira de Olivença apresenta-se de novo como uma das grandes referências do início da temporada, combinando a presença das máximas figuras do escalafón, toureiros triunfadores e jovens que marcam o presente e o futuro da tauromaquia.

Olivença volta a situar-se como uma praça chave no calendário taurino, sendo a primeira do ano que congrega os mais destacados toureiros da actualidade, fiel a uma trajectória já com 35 anos marcada pelo equilíbrio entre tradição, figuras consagradas e apoio aos novos valores do toureio.

A venda de bilhetes online e por telefone começa no próximo dia 29 de Dezembro:

- Venda telefónica: de segunda a sexta-feira, das 10h às 14h e das 16h às 19h (hora espanhola), através dos números 0034 689 774 825 e 0034 659 720 888.

- Venda online: www.fitauromaquia.com

As bilheteiras da praça de toiros abrirão de 26 de Fevereiro a 5 de Março, de segunda a sexta-feira, das 11h às 14h e das 16h às 20h. No sábado 28 de Fevereiro estarão abertas das 11h às 14h (hora espanhola). E nos dias de feira, de 6 a 8 de Março, estarão abertas desde as 10h até à hora do início do espectáculo.

Preços especiais para reformados e jovens só nos abonos (bilhetes para todos os espectáculos). Informações em taquilla@fitauromaquia.com (1,5€ em gastos de gestão por entrada em venda online e telefónica).

Em Portugal, os bilhetes estarão à venda, como de costume, na Agência Arena, em Vila Franca a de Xira (telef. 263 272 895).

Fotos D.R. e M. Alvarenga

Ontem, 6ª feira: 8.681 leram o "Farpas"

 

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sexta-feira, 19 de dezembro de 2025

Charraz "saca" Montijo a Jorge e Samuel... e pode acontecer o mesmo em Coruche

Gerida nas últimas três temporadas pela empresa Toiros com Arte (Jorge Dias e Samuel Silva, na foto de cima), a praça de toiros Monumental de Coruche vai a concurso, uma vez que o contrato de adjudicação termina no final deste ano.

Em 2023 houve apenas duas propostas para explorar a praça que é propriedade da Santa Casa da Misericórdia, da Irmandade de Nossa Senhora do Castelo e do Lar de São José: uma da vencedora da Toiros com Arte; e outra da Associação Nossa Praça, composta por ex-forcados e aficionados locais, que a tinham gerido anteriormente.

O concurso para adjudicação deverá ser anunciado até final do ano - mas já tem um forte candidato, ao que consta. José Maria Charraz (foto também em cima), que acaba de ganhar também a gestão da Monumental do Montijo, sucedendo a Jorge Dias e Samuel Silva, pode protagonizar idêntica situação na Monumental do Sorraia.

Aguarde-se.

Fotos M. Alvarenga


Murteira Grave volta em 2026 à Feira de Azpeitia

Em equipa que ganha, não se mexe! A empresa da praça de toiros espanhola de Azpeitia (foto) já anunciou que, pelo terceiro ano consecutivo, se lidarão toiros das mesmas ganadarias que ali triunfaram - Ana Romero, Loreto Charro e a portuguesa de Murteira Grave - na Feira de San Ignacio de 2026, no final de Julho, início de Agosto.

Murteira Grave lidou ali pela primeira vez em 1985 e desde 2019 de maneira consecutiva, protagonizando em 2024 um feito histórico com o indulto do toiro "Almirante".

Foto "Aplausos"

José Luis Zambujeira regressa à gestão da praça de Beja

José Luis Zambujeira (foto), aliado a João Anão (empresa Tertúlia Óbvia), deverá voltar em 2026 à gestão da praça de toiros de Beja, onde já esteve em anos anteriores. Ainda não é oficial, mas é a solução que está sobre a mesa.

Ferreira Paulo (Cachapim) vendeu a Tito Semedo (que já era co-proprietário da praça) a sua parte, tendo agora o cavaleiro 75% da propriedade da mesma, pertencendo os restantes 25% aos herdeiros (Mulher e filho) do saudoso António Paes de Sousa.

Tito Semedo deverá agora adjudicar a praça (nos últimos anos gerida por José Maria Charraz) ao seu antigo apoderado José Luis Zambujeira.

Fotos M. Alvarenga