Tudo começou há poucas semanas num secretíssimo - ou não tanto como isso... - encontro a três, entre o cavaleiro João Moura, o apoderado Abel Correia e o empresário João Pedro Bolota. Terá sido aí que nasceu a ideia de a empresa "Aplaudir" avançar à conquista de algumas das principais praças de toiros do Alentejo - intenção que Bolota não desmentiu no comunicado da semana passada, embora se recusasse a confirmar de que praças se tratam, por compreensível cautela. O apoio do Maestro Moura a este presumível avanço de Bolota é interpretado em alguns meios taurinos como a formação de uma "frente" que visa reforçar a presença dos Mouras em praças de toiros de nomeada, no caso de se confirmar um ano mais a ausência dos toureiros de Monforte no Campo Pequeno.
Outros analistas interpretam agora a mais que provável "união" de Bastinhas ao gestor da praça de Lisboa, Rui Bento, por interposto António Morgado, como uma forma de tentar travar o avanço "mourista" no Alentejo e mais concretamente na praça de toiros de Elvas (Coliseu Rondão de Almeida), um tauródromo "controlado" pelo toureiro da terra (o que é natural e aceitável) e que seria um dos "alvos" a conquistar pela "Aplaudir" de Bolota - que ninguém se admire que a praça de Elvas possa vir a ser gerida pelo gerente do Campo Pequeno.
Tudo isto são, por enquanto, meras suposições, mas que estão desde já a agitar o meio tauromáquico numa época de defeso, propícia à criação de estratégias que dão azo às mais diversas interpretações...
Fotos João Dinis