Mesmo sem grande triunfo, fica na história como a primeira portuguesa que toureou na Plaza México |
O primeiro ferro de Ana Batista ontem na Plaza México |
A cavaleira de Salvaterra executou bem as sortes e evidenciou excelente equitação - realçam os críticos |
Na generalidade, a crítica elogiou a faena de Ana e perdoou-lhe o falhanço a matar |
Forcados Queretanos pegaram ao segundo intento o toiro de La Punta lidado por Ana Batista |
A generalidade da crítica mexicana, presente ontem na Plaza México, "desculpou" ontem Ana Batista por haver falhado com o rojão de morte, alegando que o facto de não se matarem os toiros em Portugal lhe não tem permitido "acertar" nessa sorte e cortar mais orelhas nas suas actuações naquele país.
Ontem, na sua apresentação na maior praça do mundo - que, pelo menos, fica registada na história como sendo a primeira toureira portuguesa a tourear naquele cenário - Ana Batista terminou a sua faena silenciada e com divisão de opiniões.
Para o cronista José Mata, no site "toros en el mundo", a toureira lusa "esteve bem, registou uma comparência harmoniosa, plena de luz e sentimento, sempre toureando o toiro, conduzindo muito bem os seus elegantes cavalos, que além de uma grande doma, demonstram o valor que têm para estar diante da cara de um toiro".
José Mata considera a nossa cavaleira "um magnífico expoente da arte do rejoneio" e frisa que "executou bem as sortes e demonstrou o porquê de o toureio a cavalo ser uma arte inequívoca".
Foi bom o toiro de La Punta, com 502 quilos, colaborante e dando bom jogo. Pegaram-no ao segundo intento os Forcados Queretanos.
A cavaleira portuguesa, usando uma casaca verde, abriu praça e depois tourearam os três matadores. A corrida arrastou-se por quatro horas e lidou-se um total de... 9 toiros! Um a cavalo por Ana, seis de Barralva a pé e ainda dois "sobreros" que dois dos matadores "regalaram" ao público.
O espanhol Alejandro Talavante (foto ao lado), silenciado no seu primeiro e no segundo ainda tentou dar a volta por sua conta, mas o público mandou-o recolher; no "sobrero", cortou a única orelha da tarde e mesmo essa, protestada. Joselito Adame foi silenciado no primeiro, saíu aos médios, mas o público protestou e mandou-o para dentro e foi também silenciado no "sobrero". "El Payo" foi silenciado em ambos. Assistiram cerca de 15 mil espectadores.
Fotos Emílio Méndez e Tadeo Alcina