Paulo Caetano defendeu hoje em
declarações à agência Lusa - que todas as semanas, às segundas, tem feito
chegar interessante material sobre tauromaquia às redacções dos orgãos de
comunicação social - que o futuro da tauromaquia, que é a "única"
arte que aproxima o campo da cidade, ficará assegurado quando os portugueses
assumirem como "importante aquilo que é seu".
"É uma questão de as pessoas
conhecerem-se a si próprias e assumirem aquilo que são. E, depois, de o país
assumir como importante aquilo que é seu, neste caso esta identidade, esta
cultura", disse o veterano cavaleiro tauromáquico, já com mais de 30 anos
de profissionalismo e que no próximo dia 31 de Março actuará em Vila Viçosa num
festival tauromáquico com cartel de primeira.
Caetano, que é também vice-presidente da
Associação Nacional de Toureiros (ANDT), atribuiu ainda aos "media"
um papel "importante" nesta matéria.
Para garantir o futuro da tauromaquia,
frisou, é necessário que os "media" portugueses deem "o
verdadeiro relevo, que não têm dado nos últimos anos, infelizmente, a uma
atividade com a dimensão cultural do toureio".
"Cada vez se vê mais páginas de
futebol, desporto de que sou um grande adepto, e mais páginas de crimes e mais
páginas sobre tudo o que são escândalos", criticou.
Pelo contrário, comparou, existem
"menos páginas sobre atividades como o toureio ou sobre teatro ou
pintura".
Para Paulo Caetano, nestas oportunas
declarações à Lusa, "tudo aquilo que é importante" na sociedade está
a ser "relegado" para um patamar de "menos importância" e
essa condição conduz as novas gerações "por caminhos completamente
diferentes".
Foto D.R.