segunda-feira, 19 de março de 2012

"Joselito" confessa em livro passagem pelo mundo da droga



"Se não tivesse lutado para ser toureiro, a esta hora estaria na prisão ou tinha morrido de overdose" - directo e frontal, assim começa José Miguel Arroyo "Joselito" a desvendar as suas vivências mais íntimas num livro, "Joselito o verdadeiro", lançado esta semana em Espanha pela Editorial Espasa.
Ao longo de 300 páginas, o famoso matador de toiros, retirado das arenas e hoje ganadero, que recentemente foi homenageado na Arruda dos Vinhos no âmbito do Encontro Internacional de Escolas Taurinas, relata a sua infância "precária e cheia de carências" e confessa que "a rua foi a sua escola", relatando de forma impressionante os seus "encontros com o mundo da droga":
"Conhecia quase tudo sobre o tema e conhecia cada variedade de haxixe. O melhor era o libanês, 'el rojizo', mas havia outro 'verdoso', o marroquino, muito bom".
O livro é também uma homenagem à sua outra família, que lhe brindou apoio incondicional. A Martín Arranz, a quem considera "o seu espelho e a pessoa mais honesta que conheci na vida" e a Adela, "uma mulher que desempenhou o papel de mãe nesses anos tão decisivos".
Um livro apaixonante onde "Joselito" recorda que esteve várias vezes "à beira do abismo" e que o mundo dos toiros foi a sua salvação, mundo que "segue sendo a minha vida, porque nele se encontram os valores humanos que tanto me acompanharam: o esforço, a capacidade de sacrifício, a responsabilidade, o valor, a honestidade, a entrega e o companheirismo".

Fotos D.R.