terça-feira, 25 de setembro de 2012

Prótoiro critica "protagonismo" de Macário...


Em comunicado emitido esta noite, a dinâmica Federação Prótoiro critica o (ainda) presidente da Câmara de Faro, Macário Correia (que nos anos 70 participou como 'forcado' numa garraiada do Instituto de Agronomia no Campo Pequeno...) pelo facto de ter procurado protagonismo ao proibir a garraiada agendada para amanhã no Algarve e integrada na Festa do Caloiro da Universidade do Algarve:


Macário Correia, presidente da Câmara de Faro, não obstante a perca de mandato decretada pelo acórdão do Supremo Tribunal Administrativo em 20 de Junho do presente ano, devido a graves ilegalidades, resolveu evidenciar-se, anunciando o "cancelamento" de uma garraiada académica que estava prevista no âmbito da recepção ao caloiro da Universidade do Algarve. Não satisfeito, resolveu sobrepor-se à liberdade dos munícipes (que deixará de representar) e declarou que os espectáculos tauromáquicos não são bem-vindos no concelho.
A Prótoiro repudia veementemente este ataque à liberdade dos cidadãos, neste caso estudantes, de poderem usufruir de uma manifestação cultural tauromáquica de carácter popular, tão enraizada nas nossas comunidades estudantis. O autarca usou o seu poder para pressionar abusivamente a associação de estudantes e impor a sua vontade individual, mostrando um profundo desprezo pela liberdade dos cidadãos e pela vida democrática. Este é mais um exemplo negativo de abuso e autoritarismo revelado por um autarca, procurando limitar as liberdades culturais, algo inadmissível em democracia.
Em Portugal nenhum autarca tem poderes para proibir qualquer evento tauromáquico, seja uma garraiada, seja uma corrida de touros. Neste sentido, e porque o recente caso em Viana do Castelo despoletado pela Prótoiro, veio demonstrar aos autarcas mais pretensiosos e ávidos de protagonismo, que têm de arcar com as consequências das suas decisões ilegais, apelamos a todos os aficionados, estudantes ou não, que tenham conhecimento, ou vejam impossibilitados os seus direitos de exercício das suas liberdades culturais, que os denunciem publicamente e os remetam para a Prótoiro.
A Prótoiro existe para defender a cultura portuguesa e, acima de tudo, a liberdade dos cidadãos.

Federação Prótoiro

Foto D.R.