domingo, 16 de dezembro de 2012

Importante lição de Mário Vinhas em Madrid



Importante e muito apreciada participação do prestigiado ganadeiro português Mário Vinhas numa das recentes Tertúlias de Inverno promovidas pela Associación El Toro e que teve lugar na Casa Patas, na capital espanhola.
Acompanhado por seu neto António, Mário Vinhas fez um emocionante historial da sua ganadaria, daquilo a que chamou o "seu sonho Santa Coloma, linha Buendia, em terras de Portugal", frisando que sempre reconheceu o toiro como "principal protagonista da Festa" e sempre apostou na sua criação "mais por gosto do que para ganhar dinheiro".
Reconheceu que a praça do Campo Pequeno é que "melhor paga" aos ganadeiros: dois mil euros por toiro, apesar de a sua criação "nunca ser inferior aos três mil". A "compensação", disse o famoso ganadeiro, acontece com actividades-extra, como foi o caso da rodagem de um filme de James Bond na sua praça de tentas, na mítica Herdade do Zambujal.
Contou que a ganadaria foi fundada em 1946 e que a aposta no encaste Santa Coloma aconteceu em 1964, através de 40 vacas - hoje em dia, 115 - e sementais de Joaquín Buendia, linha Ibarra. Posteriormente foi aumentando a ganadaria com a mesma origem, graças à boa relação e bom trato que mantinha com Buendia. Já  no ano de 1992 incorporam-se na ganadaria sementais de Los Caminos, Buendia e Ana Romero. Mais recentemente, "entraram" sementais de Rehuelga e La Quinta. Sublinhou Mário Vinhas a importância que teve na ganadaria a compra de um semental a Paco Camino.
Recordou as tentas no Zambujal com a participação do Maestro António Ordoñez e explicou que hoje vivem na herdade quase setenta pessoas: não apenas a Família Vinhas, como também os seus empregados, alguns reformados e seus familiares. Uma maneira de entender e viver a vida.
Disse Mário Vinhas que apesar de viver num país onde a esmagadora maioria das corridas são de cavaleiros, continua ilusionado a criar um toiro para o toureio a pé. E lembrou também que outra das suas paixões é a criação de cavalos Lusitanos, tradição enraizada na Família há muitos anos. Alguns dos seus cavalos são figuras das arenas, como é o caso de "Vidrié", da quadra do rejoneador espanhol Sérgio Galán.

Fotos D.R.