sábado, 10 de agosto de 2013

Bastinhas ontem no Redondo: aqui, quem manda, ainda sou eu! E foi mesmo!

Maestro Bastinhas e o forcado João Madeira (Amadores de Évora) foram os
triunfadores da nocturna que ontem encheu o Coliseu do Redondo. Na foto,
com os membros da dinâmica Associação T. Redondense, Maria Angélica,
José Rilhas e Miguel Capinha Alves

Perante toiros complicados, daqueles que impõem a seriedade na Festa e tanta falta têm feito por cá nos últimos anos - seis grandes exemplares da ganadaria de casta portuguesa de Vale Sorraia, propriedade de Mestre David Ribeiro Telles - o Maestro Joaquim Bastinhas gritou ontem bem alto no Coliseu do Redondo que aqui, quem manda, ainda é ele. Em competição com o seu próprio filho, Marcos Tenório Bastinhas (um dos mais sérios candidatos ao trono de Triunfador da Temporada e que ontem mesmo reafirmou essa "candidatura" com uma lide de assombro ao seu segundo toiro) e com João Maria Branco (uma esperança do nosso toureio a cavalo), o "velho" Bastinhas lidou como só ele sabe, com a experiência, a técnica e a maestria, também a contagiante alegria e a usual emoção, o primeiro toiro da noite, acabando por ganhar, muito justamente, o prémio "Simão da Veiga Jr." destinado à melhor lide.
No seu segundo toiro, de pior nota, teve uma lide agradável, mas a grande "pedrada no charco" e o grande exemplo para os "meninos" deu-o o ele no que abriu praça.
Segundo Hugo Teixeira, nosso "correspondente" ontem no Redondo, Marcos Bastinhas teve uma actuação regular no primeiro do seu lote e assinou depois uma grande actuação no segundo, com ferros de parar corações. O jovem Branco andou meio apagado no seu primeiro e deu depois um arzinho da sua graça no segundo, sem contudo estar ao nível de actuações anteriores. Esta terá sido, segundo ainda Hugo Teixeira, a "corrida mais complicada" desde a sua alternativa este ano em Lisboa.
Os toiros não facilitaram a vida aos dois grupos de forcados, Évora e Redondo. Houve mais "estragos" nos eborenses, com vários forcados a recolher à enfermaria e depois ao Hospital de Évora, mas felizmente sem nenhum caso de extrema gravidade. O troféu para a melhor pega, que tinha o nome de Miguel Capinha Alves, glória do Grupo de Montemor e membro da dinâmica Associação Tauromáquica Redondense, organizadora das corridas no Coliseu, foi atribuído ao eborense João Madeira, autor da última pega do seu grupo. Foi brilhante, a todos os títulos, a intervenção dos Forcados Amadores do Redondo, que ontem fizeram três rijas pegas e viveram momento de particular emoção com a despedida de João Luis Rebocho.
O Coliseu do Redondo apresentava uma excelente moldura inteira, com os lugares praticamente todos ocupados, pouco faltando para que esgotasse a lotação. A corrida estava integrada nas bonitas Festas das Flores, que decorrem ainda até domingo.

Foto Hugo Teixeira/cortesia diariotaurino.blogspot.com