O reencontro, anteontem na Monumental, com dois amigos de três décadas: Auledo Gomes e Silveirinha! |
Lapas - fantásticas! Apanhámos um "barrigão" delas! |
Pedro Pinto, Filipe Pires (cabo fundador do Grupo de Forcados Amadores do Ramo Grande) e Miguel Alvarenga - o regresso à Terra das Bravos |
A Tauromaquia presente no artesanato terceirense |
Praia da Vitória em festa - até ao próximo domingo |
Cracas e cavacos no "Rei do Marisco" nas Festas da Praia |
Domingo, no dia da nossa chegada à Ilha Terceira, Pedro Pinto com Manuel Pires e Filipe Pires nas Festas da Praia... que para nós foram as primeiras das festas de cracas e de lapas! |
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Um Império na Praia da Vitória |
"Tudo vale a pena se a alma não é pequena" - Fernando Pessoa |
Miguel Alvarenga e Fatucha Pinto Bessa também junto a Vasco da Gama |
A emblemática Igreja da Misericórdia em Angra do Heroísmo |
E o mar - sempre o mar! |
Uma "largada" de patos... à corda! |
O Pedro Pinto com uma montanha de cracas à frente... |
Na "Adega de São Mateus" com o Pedro Pinto - onde almoçámos na 2ª e outra vez na 3ª feira. Sempre cracas e lapas... para (não) variar! |
Toureiros e forcados com o director de corrida Rogério Silva na tarde de 2ª feira, quando se decidiu adiar a corrida para o dia seguinte |
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Foram quatro dias de cracas... ao almoço e ao jantar! Só faltou mesmo comê-las também ao pequeno-almoço... |

Miguel Alvarenga - Apaixonei-me pela Ilha Terceira, a Terra dos Bravos, já lá vão 32 anos, quando ali aterrei pela vez primeira nas Festas da Praia da Vitória nos primeiros dias de Agosto de 1987, Luis Rouxinol acabara de tomar a alternativa em Junho em Santarém e actuava também pela primeira vez nos Açores, em duas corridas, formando cartel (e que cartel!) com Paulo Caetano, João Carlos Pamplona, dois matadores-figurões de Espanha, Dámaso González e "Niño de la Capea" (precisamente dois dos últimos grandes ídolos do Campo Pequeno, no tempo em que a aficion lusitana tinha ídolos) e ainda o então novilheiro Manuel Moreno, os Forcados Amadores Lusitanos (comandados por Francisco Costa Montezo) e também os da Tertúlia Terceirense. As corridas realizaram-se numa praça portátil instalada na Praia - onde agora existe um projecto, oxalá um dia se concretize, para a construção de uma praça coberta multiusos.
Essa minha primeira incursão na Ilha Terceira ficaria marcada pela brutal colhida que sofri no areal da Praia da Vitória, quando fotografava pela primeira vez uma tourada à corda - que felizmente não teve consequências de maior para lá do grande susto que apanhei... e que ainda hoje muitos terceirenses recordam: "Você foi o fotógrafo que há mais de trinta anos enfardou ali valentemente na praia...".
Nesse tempo conheci amigos que guardei para a vida. O Carlos Parreira, o Auledo Gomes, o Silveirinha, que faziam parte da comissão organizadora das corridas, assim como os saudosos Almerindo e Valdemar Barcelos. E também nunca mais vou esquecer a gentileza, a educação, a amizade e as boas maneiras desse grande Senhor da crítica tauromáquica que foi o meu bom amigo Ricardo Jorge. É sempre uma festa reencontrar esses amigos, como anteontem aconteceu na praça ao rever o Silveirinha e o Auledo.
Deixei para sempre o meu coração e a minha paixão nesta fantástica Terra dos Bravos. Onde, nos últimos trinta anos, voltei tanta vez - e sempre para matar saudades e recarregar baterias. Umas vezes pelas Sanjoaninas de Angra, outras pelas Festas da Praia, algumas com toda a equipa do meu querido amigo Gonçalo da Câmara Pereira para cantarmos fados no Clube Praiense e também no Teatro Angrense.
As fotos frente aos mais emblemáticos monumentos de Angra, as visitas ao Zé Maria na "Adega de São Mateus" (divinas mariscadas!), as cracas e as lapas também no "Beira Mar" em São Mateus, as ruas enfeitadas da Praia nas suas festas e o mar, sempre o mar - são voltas obrigatórias sempre que chego à "minha" querida Ilha Terceira.
A aficion aos toiros dos terceirenses é qualquer coisa de fantástico - e é inigualável. Ali não há protestos que valham aos anti-taurinos... ali vive-se a Festa no seu esplendor máximo. E único. Com respeito pela tradição.
As imagens que aqui quis partilhar convosco retratam os quatro dias (era um, mas acabaram por ser quatro - e ainda bem!) que vivi ne Terra dos Bravos, na companhia da Fatucha e do meu querido Pedro Pinto (que daqui a nada aqui vem também relatar a sua vivência nestes dias únicos), que comigo deu os primeiros passos no jornal "Farpas" (de que foi director-adjunto) e se manteve desde então fiel aos princípios jornalísticos e também aos princípios de loucura que tive o gosto, enorme, de um dia lhe ensinar...
Desta vez e também na companhia de dois novos amigos recentes da Terceira. Recentes, mas bons. E para sempre. O cabo fundador do Grupo de Forcados do Ramo Grande, Filipe Pires e o seu primo Manuel, cabo actual, apenas e só um dos maiores forcados da actualidade em qualquer parte do mundo.
Obrigado a todos pela amizade. Por essa forma tão distinta e tão hospitaleira como me (nos) recebem sempre. Como bem dizia anteontem o José Macedo Tomás, cabo dos Forcados Amadores de Coruche, os dois grupos da Ilha Terceira "podem ter muitas diferenças, mas são iguais na forma de bem receber, eu vou recebê-los em Setembro em Coruche e não sei se consigo fazê-lo da mesma forma como eles aqui nos receberam".
E a verdade é esta - na Terra dos Bravos é tudo tão diferente. E tão bom.
Volto em 2020, se Deus quiser.
Fotos M. Alvarenga, Fátima Pinto Bessa e Pedro Pinto