Para todos os efeitos, foi uma batalha perdida. Aliás, o facto de a empresa Aplaudir e o Clube Taurino da Póvoa (promotores do espectáculo) permanecerem há vários dias em silêncio, nada fazendo para promover a corrida de toiros - denominada Corrida da Liberdade - que amanhã, domingo, se realizria numa praça portátil na cidade da Póvoa de Varzim, já fazia prever que a mesma não se iria efectuar.
Ontem, num curto e pouco explícito comunicado, as duas entidades promotoras vieram, de facto, confirmar que a corrida não se realiza amanhã. Dizem que fica adiada para Julho do ano que vem...
Evocam a decisão do Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto (que era favorável à realização da corrida) e a "instabilidade das condições metereológicas" que, dizem, "podiam ameaçar a realização da corrida até ao final desta temporada".
O TAF, segundo o comunicado do Clube Taurino da Póvoa, analisou o pedido de instalção da praça de toiros e "deu razão em toda a linha à organização, embora tivesse considerado ser necessária a entrega de um documento do proprietário (do terreno onde a praça ia ser instalada) indicando expressamente a não oposição para a montagem da praça de toiros".
Fica-se sem perceber se terá sido a falta desse documento do proprietário que levou ao cancelamento da corrida em que amanhã iriam participar os cavaleiros Sónia Matias, Filipe Gonçalves e Moura Caetano e os forcados do Montijo e de Alcochete, que lidariam toiros da ganadaria de José Luis Cochicho.